Hospedeiros do Estado

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VISTO, LIDO E OUVIDO, coluna criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Falar em aparelhamento do Estado, remete-nos a expressão “Aparelho”, que nos idos dos anos sessenta e setenta, significavam algo como ninho onde se reuniam grupos de militantes da esquerda, para traçar planos para derrubar o governo, no caso aqui, os militares.

Hoje em dia, a expressão mudou de substantivo para adjetivo, conferindo a palavra um sentido mais amplo, transformando o que era um simples “Aparelho”, em aparelhamento. Note que com o passar o tempo a expressão ganhou ainda maior periculosidade, já que esses “Aparelhos”, onde os filhinhos de papai da época, sonhavam com a implantação, no Brasil, da ditadura do proletariado, deixaram de ser lugares clandestinos e fechados, vindo a se instalar, abertamente, no coração das instituições públicas.

E é nesses lugares que os “aparelhos” podem provocar mais danos, agindo como hospedeiro a infectar o organismo do Estado. Dessa forma é possível dizer que os “Aparelhos” geraram o aparelhamento. Não por outra, essa ação de aparelhamento é sempre feito com mais eficiência, quando a bandeira vermelha está no Poder. Interessante notar aqui, que mesmo estando geograficamente situada no Poder, as esquerdas não perderam o vício de querer derrubá-lo. É como estar num barco e querer afundá-lo em alto mar, para fazer, com os destroços, outra embarcação.

É a insanidade, intoxicada por uma construção e interpretação errônea da dialética, onde os meios servem sempre para justificar os fins. A operação Lava Jato, desnudou esse com portamento doentio, na cara da população. Durante aquele acontecimento, tornado o maior caso de corrupção da humanidade, a esquerda, mesmo estando no governo, não se intimidou em servir-se do dinheiro desviado dos cofres públicos, para corromper as elites políticas e empresariais do país, visando destruir o próprio Estado por dentro. “Fê-lo porque quê-lo”, diriam, só não pagou como devia por esse desatino, porque cuidou antes de aparelhar o Estado, trazendo para o coração das instituições o antigo “Aparelho”.

Segue no mesmo devaneio de implantar no país a tal da ditadura do proletariado, agora batizado com eufemismos mais palatáveis para os distraídos, como “socialismo do século XXI” . O risco agora é muito maior do que no passado, já que esses militantes, depois de treze anos no Poder, aprenderam que não pode tomar e derrubar o Estado democrático aparelhando apenas as instituições civis. É preciso, e a história da Venezuela ensina isso, aparelhar sobretudo as Forças Armadas, as Polícias do Estado, trazendo esse pessoal armado para seu lado, fazendo valer, pelo poder do fogo, seus desígnios obscuros.

A má notícia, aqui, se é que se pode falar em más notícias nesses tempos cabulosos, é que esse movimento já vem sendo realizado, pelas beiradas. Esconder da população que o aparelhamento das Forças Armadas segue como planejado pelo mesmo “Aparelho” que voltou a ser instalado no Palácio do Planalto, serve apenas a um propósito: deixar que esse fenômeno nefasto ocorra sem atropelos e sem maiores alardes e sem a contestação da nação. É esse verdadeiro ovo da serpente, que está ser chocado, bem na Praça dos Três Poderes, que urge denunciar, antes que venha à luz, antes que seja tarde demais.

A frase que foi pronunciada:

“A falsidade é suscetível de uma infinidade de combinações; mas a verdade só tem uma maneira de ser.”

Jean-Jacques Rousseau

Planaltina

Produtores rurais do Pipiripau agora têm a sede da Embrapa renovada para os atendimentos. A entrega foi feita pelo governador Ibaneis. Na região são440 propriedades rurais e por volta de 800 produtores, segundo o GDF.

Mudanças

Agora é a hora de os pais se debruçarem sobre o Projeto de responsabilidade educacional do senador Flavio Arns. Entre críticas e elogios o certo é que não há reciclagem que sobreviva a um protocolo de passar de ano o aluno completamente despreparado. O nível de escrita, interpretação de textos e até do estudo de inglês é estarrecedor. Nesse momento histórico a participação dos pais é fundamental.

Importunar

Uma só festa na Torre Digital foi capaz de incomodar Asa Norte, Lago Norte e Paranoá sem que as autoridades tomassem providências para evitar nova reincidência. Bastava aplicar a lei do Silêncio, já que a festa foi da tarde do dia anterior até 6h da manhã do dia seguinte. Talvez a solução seja uma lei impondo que todo responsável por festa rave ou similar seja obrigado a distribuir fones de ouvido para cada convidado, assim como se faz com óculos em filmes de 3 dimensões. Que curtam a festa sem incomodar quem paga os impostos em dia.

História de Brasília

Viaturas do IAPFESP servem mais às famílias do que à repartição. Prova? Contem-se as horas de trabalho durante a semana, as horas de serviços domésticos, os passeios aos domingos e feriados, tudo isto com gasolina do govêrno. (Publicada em 21.03.1962)

Circe Cunha

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Circe Cunha

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