Governança ao invés de privatizações açodadas

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VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960 Com Circe Cunha e Mamfil

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Charge do Genildo

Ficasse firmado na Constituição, logo em seu preâmbulo, que todos os recursos públicos, emanados da força de trabalho do povo brasileiro, por se tratar de riquezas de alta relevância capaz de garantir a vida e o futuro da população, devem ter destino absolutamente justificável, aplicado com transparência e rastreado pelo próprio contribuinte, muitos problemas seculares de nosso país seriam evitados na origem.

Com isso, mordomias nababescas e corrupção sistêmica, duas pragas oriundas e permanentes nas altas cúpulas do poder, assim como a má gestão de recursos, seriam banidas ou ao menos minoradas. A essa altura, todos já perceberam que está na malversação do dinheiro público grande parte dos problemas financeiros do Estado, justamente naqueles quesitos relativos ao bem-estar da sociedade. Não é possível haver justificativa plausível quando se destina milhares de reais para a compra de guloseimas e outros acepipes requintados, como vinhos caríssimos e outros mimos, também a preço de ouro, apenas para uma pequeníssima parcela do funcionalismo público, enquanto faltam leitos e remédios em hospitais, merendas e materiais didáticos nas escolas, por absoluta falta de verbas.

Nas altas esferas da administração federal, os altos salários, seguidos das generosas aposentadorias, demonstram, de modo claro, a pouca sensibilidade para reais problemas do país e as flagrantes injustiças na repartição dos recursos da União. Fossem estabelecidas, ao menos, prioridades, poderíamos contornar o problema. Enquanto não forem atendidas as necessidades básicas como escolas modernas, hospitais de qualidade, segurança, moradia digna e outras benesses necessárias e urgentes, nenhum recurso deveria ser gasto, de modo supérfluo em outras áreas. O desrespeito e o modo perdulário como são gastos os recursos da população, priorizando sempre o atendimento do topo da pirâmide da administração pública, soa, ao brasileiro comum, como uma afronta.

A questão é como estabelecer uma convivência pacífica entre um Estado absolutamente rico e poderoso e uma população pobre e desassistida, forçada ainda a bancar essas desigualdades. O dinheiro, como dizia o filósofo de Mondubim, não suporta desaforos. Esse descompasso entre o que pagam os brasileiros de impostos, tributos, tarifas e contribuições, entre outras cobranças, é agravado ainda quando se verifica que muitas obras de vital importância para o cidadão, financiadas com recursos públicos, muitas inclusive ultrapassando as cifras de centenas de milhões de reais, tão logo começam a apresentar problemas que o governo considera momentaneamente incontornável, são imediatamente postas à venda, dentro da bacia das almas das privatizações. Essa é realmente uma situação grave de desrespeito e desprezo pelo dinheiro do contribuinte.

Privatizar ou entregar à iniciativa privada, que todos já conhecem bem o perfil, setores como o fornecimento de água potável, coleta de esgoto, fornecimento de energia elétrica ou transporte de massa, como o metrô, todas elas obras caríssimas e que sorveram, por anos, montanhas de recursos preciosos, a particulares para que explorem esses serviços com vista, obviamente, em lucros fabulosos, parece insano e até criminoso. Ao bom gestor, cabe sanear essas empresas, eliminando altos salários, mordomias, incúrias, nomeações políticas e outras distorções, deixando essas empresas em condições de fornecer os serviços solicitados pelo cidadão.

Falar em privatização quando se sabe da importância estratégicas dessas empresas para a vida das pessoas é um contrassenso suspeito. Muito mais barato é a adoção das chamadas boas práticas administrativas de gestão, conhecidas por governança ou compliance. Infelizmente esse tipo de fórmula não consta do manual político, por excesso de itens de ética pública.

A frase que foi pronunciada:

“A moral e a ética são duas invenções humanas que dependem muito do espaço geográfico que você ocupa.”

Augusto Branco, poeta e escritor

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Sempre limpo

Até agora ninguém entende qual a finalidade dos banheiros públicos na estação 108 do metrô. Os seguranças da área desconhecem o paradeiro das chaves e o local fica trancado.

Insubstituível

Outro fato interessante acontece no HRAN. A informação é que uma funcionária dos Recursos Humanos faleceu e quem precisa de documentos e declarações não têm a quem recorrer.

Foto: sindsaude.org.br

Mudanças

Entre as novidades do Estatuto da Criança, está a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas. Menores de 16 anos não viajam desacompanhados; apenas se tiverem autorização. Tecnologia de ponta ajudará a identificar menores desaparecidos.

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Jc – Jornal Do Comércio

Ecosociólogo

Sem se intimidar com a potência da comunicação digital, Eugênio Giovenardi tem um excelente blog intitulado “O Observador”. Assista uma entrevista, dada ao Correio Braziliense no Projeto Pioneiro, com o ecosociólogo a seguir.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Foi proibida a pesca no Lago, mas ninguém se lembrou de prender os caçadores que espantaram as garças que enfeitavam as margens, e o pântano do Jardim Zoológico. (Publicado em 19.11.1961)

Circe Cunha

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Circe Cunha
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