Gaia, um planeta perdido em si mesmo

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Furacão Helene provoca estragos em Boone, na Carolina do Norte, nesta sexta-feira (27). — Foto: Jonathan Drake/Reuters

          É certo que as estações do ano, assim como todos os fenômenos relativos ao comportamento atmosférico, sempre chamaram a atenção dos seres humanos, que viram, nessas mudanças naturais, uma oportunidade e um aprendizado capaz de contribuir para sua própria sobrevivência sobre o planeta.

  Infelizmente, toda essa atenção com os fenômenos naturais parece ter sido perdida ou deixada de lado ao longo da caminhada dos homens pela história. Com a revolução industrial e com o acelerado processo de urbanização mundo afora, a preocupação com a chamada meteorologia foi deixada a cargo dos especialistas e do homem do campo, que ainda se servia dessas informações para cuidar do preparo da terra, da semeadura e da colheita.

O crescimento vertiginoso da população mundial e o consequente consumo e abuso dos recursos naturais levaram-nos ao ponto em que nos encontramos atualmente e que podem ser resumidos pelo alerta provocado pelas mudanças climáticas em âmbito planetário. Aqueles que cuidam desses estudos afirmam que, a partir do início deste século, inauguramos uma nova era, a qual foi classificada como Antropoceno, ou seja, a era em que a humanidade passou a influir diretamente sobre os destinos da Terra.

Não por outra razão, dizem que a massa dos objetos construídos pela humanidade, também chamada massa antropogênica, superou em peso a massa dos seres vivos, ou biomassa, pela primeira vez desde o surgimento do homem sobre o planeta. Isso sem contar a massa de lixo. Somando toda massa de plástico produzida até agora, seu peso já é o dobro de todos os animais terrestres e aquáticos existentes.

Em 1900, o peso dessa massa antropogênica era apenas 3% do peso atual; desde então, o peso dessa massa tem, segundo a revista Nature, dobrado a cada 20 anos. Essa massa, esses valores, hoje, já correspondem a impressionantes 30 gigatons de peso, o que, segundo os cientistas, equivale a cada indivíduo reproduzindo seu peso por semana. Para o cientista holandês e prêmio Nobel de química em 1985, Paul Crutzen, o antropoceno, que segue ao holoceno, é uma nova era geológica, caracterizada pelo impacto do homem sobre o planeta. E pensar que todo o crescimento dessa massa antropogênica se deu durante o século XX, especialmente depois da Segunda Grande Guerra.

Para um pequeno planeta como o nosso, que hoje já é visto como um verdadeiro ser vivo solto no espaço e que alguns chamam de Gaia, ou Mãe-Terra, os efeitos trazidos pelo crescimento da população e do consumo dos bens naturais, têm sido danosos para o planeta, provocando, além da acumulação na atmosfera dos gases de efeito estufa (GEE), outras consequências negativas que culminariam nas mudanças climáticas, alterando todo o ecossistema planetário.

Mesmo sentindo, na pele, as consequências dessas mudanças bruscas, como temperaturas altíssimas, degelo, furacões, inundações e outros efeitos desastrosos, boa parte da humanidade ainda não se deu conta de que as alterações irreversíveis a curto prazo já foram deflagradas e há pouco o que podemos fazer sem uma alteração radical e mundial dos costumes.

O desmatamento contínuo, a uma taxa de 13 milhões de hectares por ano, assim como a perda da biodiversidade, onde mais de 35 mil espécies estão em risco de extinção, faz desse antropoceno uma era de grandes desafios e que pode pôr fim à epopeia da breve existência da espécie humana sobre o planeta.

A frase que foi pronunciada:

“Enquanto o homem continuar a ser destruidor impiedoso dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor.”

Pitágoras

Imagem: reprodução

Em tempo

Faixas de pedestres, bocas de lobo, pinturas no asfalto, semáforos, árvores podadas, morros de contenção de água e tudo o que for necessário fazer para enfrentar a chuva que já vai chegar.

Foto: TV Globo/Reprodução

Dinheiro fácil

A diferença cobrada em estacionamentos em Brasília chega a ser um escândalo. Em Centros Clínicos, por exemplo. No Centro Clínico Lucio Costa, 610/11 Sul, em 10 minutos cravados de estacionamento, o valor pago foi de R$9,50. Já no Centro Clínico Linea Vita, na 616 Sul, há um espaço de 15 minutos de tolerância, ou seja. R$ 0 por 15 minutos.

Foto: achoumudou.com

História de Brasília

O tapume do Ministério da Marinha na W-3 está irregular. Está tomando o passeio, quando não havia necessidade disto, e põe em perigo a vida dos pedestres. (Publicada em 18.04.1962)

Circe Cunha

Publicado por
Circe Cunha
Tags: #AquecimentoGlobal #AriCunha #Brasília #CirceCunha #DesastresNaturais #HistóriadeBrasília #Mamfil #MeioAmbiente

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