De todas as invenções da humanidade, nenhuma parece ser tão surpreendente e significativa como a fotografia. A captura da imagem e a impressão em folha de papel foram, talvez, o primeiro passo dado pelo homem na longa jornada pelo túnel do tempo. Das primeiras imagens de Niépce, de 1825, às atuais, enviadas pela sonda Rosetta a 320 milhões de quilômetros da Terra, o que se tem é o registro fiel de um tempo e sua preservação para a posteridade.
Dessa forma, podemos parafrasear a expressão latina usada pelo vice-presidente, Michel Temer, em carta a Dilma Rousseff: “Verba volant, imaginem manent” (As palavras voam, as imagens ficam). Nesse sentido, as fotografias feitas durante as comemorações da descoberta do pré-sal em 2007, em que o então presidente Lula carimba suas mãos lambuzadas de óleo nas costas da ministra de Minas e Energia e futura sucessora, acabaram, meio sem querer, se transformando em registro preciso de uma era.
Naquelas imagens, muito além da propaganda oficial e ufanista, está impresso, para os futuros cidadãos, o enredo, pari passu, da maior tramoia republicana de todos os tempos. Na sequência de fotos feita, em que o óleo negro é usado como panaceia para as agruras que se anunciavam, alguns dos principais protagonistas da maior razia cometida contra a empresa aparecem sorridentes, não pelo evento da descoberta das grandes jazidas em si, mas sobretudo pelas possibilidades pantagruélicas que se descortinavam para cada um.
Registradas, para sempre, estão também as fotos em que Lula, devidamente fantasiado com o uniforme da estatal, olha extasiado para as próprias mãos tingidas pelo óleo bruto. Seu olhar se assemelha ao de um garimpeiro extasiado diante de um veio promissor. “Tô feito!”, parece exclamar na foto emblemática.
Mas é na imagem em que o presidente deixa carimbada nas costas de Dilma Rousseff a impressão de suas mãos sujas, que está contido todo o resumo e epílogo dessa história urdida longe dos holofotes e que viria a ser revelada, em capítulos sequenciais, a partir da instauração da Operação Lava-Jato.
Para qualquer detetive atento, aquelas imagens, muito mais do que pistas seguras para processo de investigação, representam prova robusta de crime praticado contra a Petrobras. Ali na foto estão os principais suspeitos, segundo denúncias veiculadas na imprensa, de fraude contra a petrolífera, estimada hoje em meio trilhão de reais.
A frase que foi pronunciada
“A criança que ri na rua, a música que vem no acaso, a tela absurda, a estátua nua, a bondade que não tem prazo — tudo isso excede este rigor que o raciocínio dá a tudo, e tem qualquer cousa de amor, ainda que o amor seja mudo.”
Fernando Pessoa
Incrível
As imagens das chuvas em Brasília compartilhadas no WhatsApp mostram o caos entre carros e pessoas. Mesas de bares pista abaixo, tesourinhas com cortinas d’água, mulheres e crianças resgatadas.
Chuvas
Agora é o momento de a Administração da UnB encher os buracos do enorme estacionamento do Centro Comunitário de árvores. Afinal, já está tudo preparado. Isso evitaria de vez que motoristas desavisados caíssem nas crateras.
Graça
Nasce mais uma bisneta. Júlia, filha da economista Danielle Kineipp e de Fabiano, que leva meu nome e minha profissão. Que o mundo lhe seja bom e que Deus continue a abençoar esta família.
Vale a pena
É preciso enaltecer a iniciativa da Globosat na transmissão dos contos dos irmãos Grimm. Os cenários são deslumbrantes. Figurinos e personagens, sem iguais. Fazia tempo que tanta qualidade não aparecia para a juventude. À tarde, com repetição à noite e maratona de todos os títulos no domingo.
História de Brasília
Há 78 anos, dom Bosco sonhava com Brasília, e nunca poderia pensar que um dia ela existisse, mesmo, e vivesse o dia de hoje como vive. Bom dia, Dom Bosco.(Publicado em 30/8/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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