Bertrand Russell. Foto: en.wikipedia.org
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Muito deve o mundo e as populações a figuras luminares que, na história humana, sempre colocaram sua sabedoria e ilustração a serviço de conduzir as massas em momentos de incertezas e crises. Não fosse pela atuação intelectual desses sábios e filósofos, considerados verdadeiros faróis vivos, há muito a civilização teria naufragado, entre tormentas e guerras sangrentas. Um desses indivíduos que merecem ser revisitados é o filósofo, ensaísta, historiador e matemático Bertrand Russell (1872-1970). Tendo experienciado momentos liberal, socialista e pacifista, Russell soube não se apegar a nenhuma dessas ideologias, como bem cabe a quem entende a filosofia como a única estrada a seguir.
Russell foi um filósofo muito respeitado no seu tempo, a tal ponto que muitos o viam como uma espécie de profeta ou guru. Por sua atuação enérgica contra as injustiças, chegou a ser preso durante a Primeira Grande Guerra (1914-1918). Foi também um crítico ferrenho de déspotas como Hitler e Stalin. Sua inteligência e clarividência podem ter sido adquiridas milagrosamente pela água de batismo, uma vez que seu padrinho era ninguém menos do que John Stuart Mill. Outro filósofo de ponta, adepto da lógica e das ciências econômicas.
Como pacifista que era, Bertrand escreveu, com Albert Einstein, o Manifesto Russell-Einstein de 1955, no qual alertava para as catástrofes que as armas de destruição em massa poderiam causar à humanidade. Foi ele também um dos responsáveis pela mediação no caso do conflito dos mísseis de Cuba, evitando assim que o mundo viesse a sofrer os horrores de uma guerra nuclear sem vencidos nem vencedores. Foi também um crítico duro contra a Guerra do Vietnã.
Mas foi contra Karl Marx (1818-1883) que Russell mais encontrou motivos para críticas. Para ele, uma filosofia deve ser sempre inspirada por sentimentos gentis e nunca hostis. Marx, em sua opinião, não apresentava em seu manifesto e em suas propostas filosóficas nenhuma inspiração movida por sentimentos nobres e gentis. Ao contrário, para Russell, Marx fingia pretender a felicidade do proletariado. O que ele queria, segundo Bertrand Russell, era a infelicidade tanto dos trabalhadores quanto da própria burguesia, a quem dizia desprezar, mas da qual vivia de todos os tipos de favores.
Marx, segundo Russell, queria usar o proletariado como instrumento de vingança contra a burguesia. Foi justamente por esse sentimento negativo, que misturava vingança e elementos de hostilidade, que Marx conseguiu incentivar em sua filosofia, todo um sentimento de ódio contra a burguesia. Com tantos elementos ruins sintetizados num só manifesto, o que Marx conseguiu produzir foi, na visão de Russell, um verdadeiro desastre. “Três paixões simples, porém intensas, têm governado minha vida: a ânsia pelo amor, a busca do conhecimento e uma insuportável piedade pelo sofrimento da humanidade”, disse Russell
As doutrinas, como a história humana tem demonstrado, não são nem verdadeiras nem falsas, mas apenas complemento e instrumento de predições. Russell acreditava que Marx focava muito, em seus escritos, na questão econômica para decifrar os movimentos da história. Dessa forma, o novo materialismo científico, apresentado por Marx. encerrava seus objetivos e tinha como motor propulsor da história apenas a prática e as relações econômicas, e não uma série de outras variáveis de igual importância, como a relação dos homens entre si, independentemente da produção ou de algo ligado a bens.
Observem, finalmente, que, para Marx, a filosofia era, assim como as religiões, uma forma de alienação que entorpece a razão, não havendo que perder tempo com coisas dessa natureza, principalmente se elas não lidam com coisas concretas. Marx sustentava que o ser humano é todo dotado de ação transformadora, trabalho, e não de passividade e contemplação de ideias. Mesmo negando a filosofia como um ato passivo, Marx, na visão de Bertrand Russel, não foi capaz de ver na prática a materialização de seu pensamento, pelo menos com relação à tão pretendida felicidade humana, uma vez que, em todos os lugares onde tentaram implantar suas ideias ou parte delas, o que os homens acabaram encontrando foi uma sucessão de fracassos, em que a classe proletária passou a sofrer todo o tipo de repressão e empobrecimento ao se ver escravizada pela elite dirigente do partido socialista. Eis aí uma verdade incontestável.
A frase que não foi pronunciada:
“O toma lá dá cá não começa entre empresários e políticos, começa com os eleitores. É preciso cortar o mal pela raiz.”
Dona Dita
Erro médico?
O caso chama a atenção do leitor acostumado a acompanhar a página de óbitos no jornal. O número de mortes de crianças com menos de um ano começa a acender a luz de alerta.
História de Brasília
A reunião foi na Câmara. Logo depois, mais de 300 “reservas” eram efetivadas sem concurso, enquanto os que haviam prestado essa exigência ainda aguardam nomeação. (Publicada em 29/4/1962)
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