Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com
com Circe Cunha e Mamfil
Segundo o filósofo de Mondubim, quem muito se ocupa em dar explicação muita coisa esconde em seu porão. Todo o tempo que nossos políticos consomem fazendo coisas que o público não pode ver, mas que a imprensa curiosa acaba registrando, é gasto de igual modo, nos longos rituais de explicações, nas notas oficiais, nos desmentidos categóricos e nas repetidas negação dos fatos.
De alguma forma, essa parece ser a rotina que tem consumido, ultimamente, muitas horas do presidente Temer. Acostumado a negociações à luz de velas e conversas ao pé de ouvido, em que os diálogos são sempre mantidos na linha invisível do segredo, o presidente tem sido, constantemente, flagrado em situações, para dizer o mínimo, pouco republicanas.
À primeira vista, o que parece é o presidente, mal-acostumado ainda ao cargo que lhe caiu no colo por acidente de percurso, insiste em praticar, no Executivo, as mesmas manias que exercitava, do outro lado da rua, no parlamento.
Na verdade, o que o público vai percebendo é que o presidente tem sido vítima de sua própria performance, recebendo pessoas fora da agenda oficial, a altas horas da noite, para encontros que não foram devidamente registrados nas portarias dos palácios, como se, de alguma forma, buscasse manter bem longe dos mil olhos da nação essas reuniões pouco usuais.
O que o presidente parece não ter entendido ainda é que, no cargo em que se encontra, dado o momento de extrema crise e da desconfiança com que a sociedade brasileira olha para seus políticos, mais do que manter a liturgia do alto posto que ocupa, é preciso, não só ser probo, mas também parecer probo diante de todos.
Como se não bastassem os deslizes primários, ainda por cima o presidente, num rompante amador, vem a público querendo impor uma concepção muito particular de presidencialismo, ao afirmar: “Eu converso com quem eu quiser, na hora que eu achar mais oportuno e onde eu quiser”. Se nem o mais livre dos andarilhos que vaga pelos acostamentos das estradas deste país tem tal prerrogativa, muito menos teria alguém cingido por tão importante função.
Para arrematar o que no mundo racional não pode ser arrematado, Temer, em mais uma dessas sessões explicativas, deixou brechas, nas entrelinhas, que até um psicanalista amador decifraria com facilidade: “O fato de conversar com você não quer dizer que você vá me proteger, nem o contrário”, afirmou Temer, explicando por que recebeu, em sua residência, às altas horas e fora da agenda, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Explicar mais o quê?
A frase que não foi pronunciada
Vender a Casa da Moeda? A sabedoria popular diz: “Quem dá o que tem, a pedir vem”.
Roldão Simas Filho, ex- químico da Petrobras
Roupa lavada
» O ministro Toffoli confirma que cabe à Justiça Militar julgar casos de violência doméstica nos quais militares estejam envolvidos. Os casos não são poucos. A manifestação do ministro do Supremo veio com um pedido de habeas corpus elaborado pela defesa de um sargento do Exército condenado por ameaçar sua mulher, também sargento. O caso aconteceu em São Paulo.
Respirar
» Sucesso total a pousada de Laísa Freire, na Serra da Mantiqueira, perto de Campos de Jordão (SP). Lugar charmoso com apenas quatro apartamentos, ou um chalezinho completo.Tudo perto de cachoeiras e trilhas pela Mata Atlântica. O destaque é para a cozinha. Quem quiser fugir da capital é o caminho indicado. Mais informações pelo portal www.oryba.com.br.
Ruim
» Ricardo Guirlanda manda a prova. A água da Caesb saindo da torneira e criando uma espécie de espuma ao cair na bacia. Muito estranho. Mais estranho ainda é conferir, atrás da própria conta emitida pela companhia, que todos os índices de potabilidade exigidos estão normais.
Boa
» Uma coisa ninguém pode reclamar da Caesb. Se o cliente cometer o engano de pagar a conta em duplicidade, no mês seguinte, o desconto é automático. Não é necessário fazer ofício para pedir o ressarcimento, nem entrar em filas de triagem. Isso é uma desburocratização e tanto.
Pena
» Um vídeo norte-americano muito bem elaborado mostra como o telefone evoluiu em 200 anos e como os carros evoluíram em 200 anos. Mas, para a educação, a foto de 200 anos atrás eram mesas e carteiras, quadro-negro e professora. Exatamente como hoje. Sem valorizar o talento de cada aluno, sem conhecer os alunos, sem respeitar a criatividade, sem impulsionar os sonhos.
História de Brasília
Os funcionários transferidos para Brasília desde a inauguração, em sua maioria, ainda não receberam as duas horas de extraordinário. (Publicada em 4/10/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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