Entre o remédio e o veneno

Compartilhe

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

Gráfico: Previsões para 2020 — Foto: Economia G1

Aos poucos, o noticiário vai abrindo espaços para os efeitos trazidos pelo processo de quarentena sobre a economia. Não só no Brasil, mas em todo o mundo. Aos poucos também, a pandemia vai cedendo lugar às análises de economia. Na batalha final entre os gráficos da vida e da economia, a orientação das curvas prossegue ainda em sentidos contrários. À medida que sobem os índices de internados e mortos em decorrência da virose, decaem os números na economia, indicando aquilo que alguns temiam como uma premonição.

Em algum ponto do tempo e espaço, a performance dessas linhas irá se cruzar mais uma vez. No primeiro cruzamento, a linha de infectados, que subia, interceptou a linha da economia que declinava. Num segundo momento essas linhas farão o caminho inverso, com o declínio no número de mortos e uma escalada nos índices econômicos, mas isso, preveem os mais otimistas, acontecerá somente a partir do final do segundo semestre de 2021. Até lá, o que se projeta é uma recessão mundial, que para dizer o mínimo, será inesquecível, como foi a de 1929, que antecedeu e acelerou todo o processo que culminou com a Segunda Grande Guerra. Muita gente que considera uma afronta trazer para o debate dois assuntos aparentemente díspares, no que seria um desrespeito à vida humana, se esquecem que sem a saúde da economia, as possibilidades de uma existência minimamente digna são desprezíveis ou inexistentes.

A piorar uma situação vindoura nos números da economia, é preciso lembrar ainda, que bem antes do alastramento do vírus pelo mundo, muitos analistas, que se dedicam a estudar a saúde da economia mundial, já alertavam para uma imensa bolha que se formava, por conta do desencontro imenso entre o lastro real das moedas, versus um sistema financeiro que parecia estar negociando com riquezas abstratas e virtuais.

Um desses indicadores de uma economia de fantasia seria representado pelo o que os economistas chamam de índice de volatilidade. A questão nesse caso específico é que praticamente todas as economias mundiais, com exceção da chinesa, parecem compartilhar o mesmo destino de paralisação das máquinas de produção, o que coloca uma boa parte do planeta num mesmo patamar deficitário ou de pobreza.

Sobre essa questão, somente um rearranjo em âmbito mundial poderá abrir caminhos para uma melhora nas economias nacionais. Esse é também um problema que nos remete ao passado imediato que muitos querem hoje ver esquecido. Trata-se da globalização das economias e seus efeitos nefastos às economias nacionais, principalmente no que diz respeito a questões de soberania, dependência e outros quesitos, que bem ou mal nos conduziram até aqui, nessa quarentena forçada e que poderá ser, ao mesmo tempo um remédio para a pandemia, e um veneno para o futuro de nossas vidas.

A frase que foi pronunciada:

“Cada povo tem na sequencia histórica a sua função, no vario e grande drama da civilização o seu papel. Uns em cada momento na evolução da humanidade são protagonistas e heróis a outros cabem, no complemento e execução da obra comum, ofícios mais modestos, mas não menos necessárias atribuições. É o princípio harmônico e fecundo da divisão do trabalho aplicado à cooperação mútua das nações, no empenho de fundir e aperfeiçoar a civilização no decurso das idades. E deste modo a noção da pátria individual se esconde na penumbra da humanidade.”

Latino Coelho, general do exército português. Lisboa, 1825-1891

Imagem: wikipedia.org

Livro

Lançado, em tempos de coronavírus, o livro com áudios on-line “Solfejo Racional – O método completo e definitivo do professor Bohumil Med. Detalhes a seguir.

Pauta

No Brasil e no mundo, o turismo é um dos setores vitimados pelo Covid-19. Mas o visitante que precisou adiar a viagem pela comemoração do aniversário de Brasília pode, por enquanto, visitar virtualmente as instalações do Congresso Nacional, com seu acervo cultural e histórico distribuído por salões, corredores e gabinetes. Basta acessar a visita virtual por meio do site Visitas Virtuais. Ali são mostrados todos os espaços que fazem parte das tradicionais visitas guiadas.

Foto: congressonacional.leg

Aplausos para a cidade

Bruno Mello, apresentador da CBN abriu uma campanha muito carinhosa para o aniversário de Brasília. Ele sugere o maior aplauso do mundo, no aniversário da cidade. No dia 21 de abril às 19h, pare aonde estiver e bata palmas para a cidade que acolheu você.

Cartaz divulgado no perfil oficial do jornalista Bruno Mello no Instagran

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Há, entretanto, uma solução, e esta está contida numa exposição de motivos feita pelo sr. Felinto Epitácio Maia, ao então presidente Jânio Quadros, para a construção de casas num plano de quatro anos. (Publicado em 05/01/1962)

Circe Cunha

Publicado por
Circe Cunha
Tags: #CâmaraDosDeputados #CongressoNacional #Coronavírus #COVID-19 #CriseDoCoronavírus #CriseEconômicanoBrasil #GovernoBolsonaro #HistóriadeBrasília #MinistérioDaEconomia #MinistérioDaSaúde #RecessãoEconômica #SenadoFederal AriCunha Brasília CirceCunha desemprego mamfil

Posts recentes

  • ÍNTEGRA

Fim da fome ou da corrupção?

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…

1 dia atrás
  • ÍNTEGRA

Quando não há necessidade de currículum

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…

5 dias atrás
  • Íntegra

Em busca da nascente

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…

6 dias atrás
  • ÍNTEGRA

As portas da percepção

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…

1 semana atrás
  • ÍNTEGRA

Na carteira de ativos digitais

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…

1 semana atrás
  • ÍNTEGRA

O seu voto representa você?

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…

2 semanas atrás