Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com
com Circe Cunha e Mamfil
Nem despontou no horizonte, mas, para 2018, é possível observar o grande nervosismo dos vários postulantes aos cargos eletivos aqui na capital. Alguns candidatos mais afoitos e indiferentes à legislação vigente se encontram em plena campanha fora de hora, distribuindo brindes, santinhos, cestas básicas e estampando a cara em outdoors pela cidade, na esteira da crença de que quem se apresenta primeiro ao eleitor tem mais chance de ser lembrado na hora de colocar o voto nas urnas.
Um desses postulantes alheio à lei eleitoral se apresenta inclusive como herdeiro do clã Roriz, usa o mesmo sobrenome famoso e, pelas fotos postadas nas redes sociais, está em plena campanha, fazendo o que acredita ser política, mas que não passa de burla a lei e de flagrante oportunismo. A falta de uma fiscalização efetiva faz com que ele e outros candidatos se lancem abertamente em campanha, visitando creches, hospitais, asilos, comunidades carentes e todo os lugares, nos quais parece possível garimpar votos.
Uma vez feito esse trabalho desleal e tendo colhido os votos necessários às suas pretensões, somem na poeira da estrada e vão cuidar exclusivamente de seu pé de meia, como muitos que o precederam. Para outros mais meticulosos a “corrida para o Buriti”, como assinalou o CB (15/9), começou também, só que nos bastidores, por meio da movimentação do tabuleiro político local, na busca de aliados e na definição de nomes e siglas coligadas que possam dar algum fôlego aos pretendentes aos cargos eletivos.
Com o desgaste da classe política se acentuando a cada eleição e com os constantes casos de corrupção, que vêm à tona a todo momento, a escolha dos vários candidatos vai se realizando pelo método de exclusão de nomes. Mesmo a escolha do atual governador se deu por exclusão dos demais concorrentes, quer por antipatia da população, quer por questões judiciais que os impediram de seguir na disputa.
Herdeiro de uma das mais conturbadas administrações, Rollemberg ainda não teve tempo suficiente nem sequer de arrumar a casa nem de consolidar uma base de apoio político coerente e sólida. Com isso, as opções dos eleitores vão recaindo sobre aqueles nomes menos desgastados e, de preferência, sem pendências com a Justiça.
Operações da Polícia Federal, em Brasília, como a Caixa de Pandora, Drácon, Panatenaico, Lava-Jato, Étimo, Xepa e outras, serviram para orientar a população mais antenada sobre os possíveis nomes que deverão ser definitivamente descartados diante das urnas. Trabalho realizado pelo Instituto de Pesquisa e Análise de Dados, a pedido do CB, em julho deste ano, mostrou que 91% dos brasilienses não sabiam em quem votar, sendo que 67% consideravam a gestão de Rollemberg ruim ou péssima, com tendência de piora desses números. Saúde, segurança pública, falta de empregos, assim como educação, corrupção, transportes públicos e crise hídrica eram lembradas pelos brasilienses como os grandes problemas da capital.
Desgastados e sem credibilidade perante a população, as opções do eleitorado local vai, mais uma vez, recair sobre os menos piores. Mais difícil do que vencer os pleitos, é vencer o desânimo do eleitor diante da crise ética, social e econômica que vem se abatendo sobre todos.
A frase que não foi pronunciada
“Vote no meu passado!”
Dica da cartilha imaginária Eleições 2018
Cepas e Oscips
» Grande parte do que seria obrigação do governo é compartilhada com o terceiro setor. Mais de 18 mil crianças são assistidas nessas condições. O Conselho de Entidades de Promoção e Assistência Social do DF e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) estão unidas para que a parceria com a Secretaria de Educação mantenha os compromissos.
Aguardem
» Fátima Bueno prepara uma preciosidade para Brasília. Um livro sobre a música na capital entre 1960 e 1980. Depois de longa pesquisa, o lançamento será no início de novembro.
Ouro
» Coral Brasília leva o talento para Kalamata, cidade balneária na costa do Mediterrâneo, com aproximadamente 80 mil habitantes. Fica a 220km de Atenas. O grupo, sempre aplaudidíssimo, sob a regência de Deyvison Miranda, promete trazer medalhas desse festival.
Importante
» Aprovada na CAS do Senado, a profissão de gerontólogo pode ser regulamentada. O projeto do senador Paulo Paim recebeu um substitutivo pelo senador Elmano Férrer e, agora, segue para a Câmara dos Deputados. A importância desse profissional aumenta em países desenvolvidos, onde laboratórios farmacêuticos são proibidos de premiar médicos que indiquem seus produtos a pacientes.
Melhoria
» O Setor Hoteleiro Norte merece uma repaginada. Sem calçadas para os pedestres e completamente desamparados pela segurança da cidade, os turistas têm poucas opções para conhecer Brasília.
História de Brasília
Um pediatra explicou que as crianças da Superquadra 108 têm mais saúde que as das demais, porque a conservação dos jardins sempre molhados corrige a falta de umidade que o ar deve ter. (Publicado em 6/10/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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