Num futuro, não tão distante, historiadores vão se deparar com documentos oficiais e chegarão a conclusão absurda de que nossa geração deixou descritas nesses papeis, a narrativa que traça parte de nossos esforços vãos para tentar deter o rompimento de uma enorme barragem com a utilização de esparadrapos.
´Todos sabem e as autoridades mais ainda, que a construção de novos e moderníssimos presídios ou de Unidades de Internação, resolve a questão apenas na ponta final da linha, deixando as razões do problema intocável e sem solução. Dessa forma e diante de uma questão que diz muito sobre o futuro e a segurança de todos nós, não podemos persistir na elaboração dessas ações como se estivéssemos delineando soluções num livro de areia à beira mar, sujeito à ação das ondas e dos ventos e tendo que reescrevê-lo indefinidamente.
Uma observação por cima dos muros dessas prisões, pode revelar alguns indícios que nos levem a identificar de onde vem e por que chegam cada vez mais pessoas para serem detidas nessas unidades.
Quando finalmente forem erguidas todas essas unidades, com os custos que cada uma delas tem para a sociedade, outras sete serão precisas por de pé para seguir o ritmo da demanda que não para de crescer. Nessa toada, chegará o momento em que cada bairro necessitará de não uma unidade prisional, mas de duas ou três para abrigar infratores de idades cada vez menores.
Os próprios promotores de justiça, responsáveis pelas Medidas Socioeducativas (Premse) reconhecem que “ a construção das unidades é essencial para evitar a superlotação em face do aumento anual do número de adolescentes envolvidos com a prática de atos infracionais graves.” Essas novas unidades, dizem, são indispensáveis para a “preservação dos direitos fundamentais dos adolescentes e jovens”. Talvez esteja escondida nessa frase uma das causas do aumento dessas populações de internados.
Nesses documentos que ficarão para o futuro as palavras obrigações ou deveres, que deveriam ser impostos à esses novos albergados desde o início. Um aspecto que chama a atenção para o nosso país e que o difere muito das nações do primeiro mundo. O tratamento que damos aos nossos menores de idade, principalmente nossas crianças. Quem visita alguns desses países, logo observa que é extremamente raro observar nessas localidades crianças andando sozinhas, sem a presença de adultos, mesmo quando em companhia de responsável, é raro encontrar crianças perambulando fora do horário das aulas.
Nessas localidades quando as autoridades se deparam com crianças andando soltas, imediatamente os pais ou responsáveis ou mesmo a escola são notificadas e a situação é devidamente verificada. Casos de descuido com menores não são aceitos sob qualquer hipótese, sendo os responsáveis inqueridos pela justiça.
O zelo com essa parcela da sociedade, que afinal será a sociedade futura, se explica e se justifica plenamente. Não há tergiversações de qualquer tipo, sendo que as penalidades para os responsáveis são pesadas e aplicada de imediato, inclusive retirando a guarda desse menor.
A frase que foi pronunciada:
“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês a minha carga e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração e vocês encontrarão descanso interior. Pois a minha carga é suave e leve.”
Jesus Cristo
Desapareceu
O motorista da empresa São José, Cleuton Batista de Souza entrou mais cedo no trabalho, bateu o ponto às 23h30 e não foi mais visto. Uma semana sem notícias. A família clama por socorro.
Ambiente
Na W3 Norte, a McDonald’s instalou um centro de compostagem com o carimbo de empresa sustentável.
Salvou
Bela iluminação a da Torre de TV. Com a Esplanada sem luzes natalinas, a Torre roubou a cena. Ponto para o BRB.
História de Brasília
Um engenheiro da Capua & Capua explicando o que houve no Bloco 29 da Asa Norte: “Realmente, a estrutura de concreto tendo sofrido movimentos clássicos não foi acompanhada pelos tijolos, criando, durante a deformação do concreto armado tensões internas à tração, que cresceram à proporção que aumentavam as deformações elásticas estruturais”. Entenderam? Nós também. (Publicada em 16/02/1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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