VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960 Com Circe Cunha e Mamfil
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Dados fornecidos pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura de 2018 dão conta de que no Brasil a fome atinge mais de 5,2 milhões de pessoas, o que equivale quase a população total de um país como o Uruguai. Note que esse é um dado colhido de modo protocolar com base em números oficiais, sempre elásticos e, não raro, subestimados. De fato, esse quantitativo se aproxima da casa dos 20 milhões, contando aí aquelas pessoas que fazem apenas uma refeição por dia, sem grande potencial nutritivo. Para um país com 14 milhões de desempregados, segundo também dados oficiais, essa é uma realidade até esperada. Por situações como essas, o Brasil segue em 75º lugar entre os países com menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Diante de um quadro desolador como esse, não será exagero se o Brasil vier a integrar o Mapa da ONU, referente a países onde se verificam o fenômeno da fome, já que os indicadores relativos tanto de pobreza, como de desemprego, vêm aumentado de modo contínuo nesses últimos anos.
Essa realidade torna-se ainda mais paradoxal quando se sabe que o Brasil é um dos grandes celeiros de alimentos do mundo, fornecendo grãos e proteínas para diversos países, graças ao chamado agronegócio, gerador de divisas e um dos setores que tem passado ao largo dessas crises. Ocorre que esse é um setor, por excelência, concentrador de renda, beneficiando de imediato apenas uma pequena parcela da população.
A agricultura familiar, que poderia resolver boa parte do problema da fome dos brasileiros, infelizmente não recebe, nem de longe, os mesmos incentivos concedidos aos grandes produtores. Guilherme Scartezini, especialista em negociação durante processos de licenciamento ambiental e projetos de responsabilidade social, é uma excelente fonte sobre o assunto.
Para complicar uma situação que em si própria já é difícil, o Brasil ainda é um dos grandes recordistas em desperdício de muitos produtos, sobretudo de alimentos. O mais incrível é que por detrás dessa situação existe um fator que acaba por impulsionar o desperdício de alimentos e que eles identificam como sendo a “cultura da fartura” que faz com que cada brasileiro chegue a descartar até 40 quilos diretamente no lixo a cada ano. De acordo com esses especialistas no assunto, esse desperdício seria suficiente para alimentar 13 milhões de pessoas.
Pesquisa realizada no início desse ano pela Embrapa e com apoio da Fundação Getúlio Vargas indicou que o lema popular do “melhor sobrar do que faltar” está presente desde a ida ao supermercado até ao preparo dos alimentos, onde tudo é exagerado. Com isso, os alimentos são estocados, preparados em grandes porções e não são reaproveitados com eficiência, indo parar na geladeira para depois serem jogados no lixo.
Essa situação ocorre tanto entre as classes mais abastadas, como entre as famílias de baixa renda. Esse desperdício irracional tem reflexos não apenas nas finanças das famílias, como impactam também o meio ambiente na forma de desperdício de água para produzi-los, adubos, defensivos, alargamentos das fronteiras agrícolas e outros esforços que também são desprezados, gerando prejuízos para todos.
Segundo a FAO, o desperdício de alimentos no mundo tem impacto grave de cerca de 8% na emissão de gases de efeito estufa no planeta. Fossem direcionados de forma sistêmica para as famílias que necessitam de alimentos, não haveria fome no planeta e principalmente no Brasil onde 8,7 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçados a cada ano, sendo que esse descarte chega a ser de 353 gramas por domicílio a cada dia.
A frase que foi pronunciada:
“No Brasil, o elevado desperdício de alimentos convive com a insegurança alimentar, uma combinação infeliz para um país onde 22,6% da população enfrenta algum nível de insegurança alimentar e com 54,8 milhões de pessoas vivendo com até US$ 5,5 por dia, linha de pobreza proposta pelo Banco Mundial”.
Gustavo Porpino, analista da Embrapa e líder da pesquisa sobre desperdício, realizada no âmbito dos Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil.
Cilada
Último amigo que chegou confirma que no Aeroporto de Brasília não há mais o quiosque que vende revistas. Cuidado! De posse dos seus dados oferecem revistas. Poucos dias depois começam a debitar contas no seu cartão de crédito. Para desfazer a operação é um Deus nos acuda. O banco diz que a responsabilidade é do cartão, a bandeira do cartão afirma não poder fazer nada e a editora da revista desconhece o contrato.
Dica
Depois de tantos protestos de motoristas com a insegurança pela qual passam os ciclistas, veio de Celina Mariano a ideia: liberar o autódromo para treino dos ciclistas. Assim, ficariam livres de qualquer perigo e, com certeza, alcançariam performances fenomenais.
Não percam!
Atenção, ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e Vanessa Chaves de Mendonça, Secretária de Estado de Turismo do Distrito Federal. Hoje é dia de Poeira e Batom no Cine Brasília, às 20h. História da cidade pela vivência das mulheres que todos merecem conhecer. Contato com Tânia Fontenele.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Depois de construir toda Brasília, o sr. Israel Pinheiro está enfrentando, agora, uma situação das piores perante sua obra. É que está organizando uma firma particular, e não encontra um lugar para se instalar, reclamando a todos os seus amigos, os altos preços dos imóveis no Distrito Federal. (Publicado em 21.11.1961)
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