Desde 1960 »
aricunha@dabr.com.br
Com Mamfil e Circe Cunha
Whatsapp 61 9922CIRCE
Na selva inóspita em que se encontram embrenhados empresários e políticos, o verdadeiro valor ético de uma desculpa vai depender diretamente do tamanho da punição que se anuncia à frente. Neste caso, os pedidos de desculpas divulgados em nota pela imprensa, tanto da Odebrecht como da JBS , possuem um valor, digamos, de cunho empresarial, já que, por uma questão de garantia e preservação de espaços no mercado, é preciso se render a certos ritos formais de praxe.
É, mais ou menos, como os cartões de Natal enviados por políticos, em que até a assinatura do missivista é reproduzida mecanicamente por carimbo. Por trás das formalidades e dos textos recheados de frases até tocantes como: “Assumimos aqui um compromisso público de sermos intolerantes e intransigentes com a corrupção” ou, “o que mais importa é que reconhecemos nosso envolvimento, fomos coniventes com tais práticas e não as combatemos como deveríamos”. Assim, anunciam apenas um vasto e desolado deserto de boas intenções.
Nesse caso, as desculpas soam como propaganda das empresas, em que o reconhecimento da culpa é usado como pedestal para proclamar falsos sentimentos de pesar pelos erros. Desculpas insinceras funcionam assim como verniz que mantém polida, entre o público, a imagem de bom mocismo dessas empresas. Ao fim e ao cabo, empresários desse calibre e políticos desse matiz se merecem e nasceram um para o outro.
O propalado presidencialismo de coalizão que, à primeira vista, parecia ser formado por uma composição natural e ocasional de forças políticas para o bem do país não passa de uma espécie de supermercado do Estado, onde os representantes do povo e os donos das empresas discutem o valor de cada mercadoria disposta nas estantes.
Para os eleitores traídos, fica a mágoa de que os políticos nem ao menos tiveram a consideração de pedir desculpas. Fica absolutamente patente que, com os atuais Legislativo, Executivo e Judiciário que o Brasil vai adentrar o século 21, trajando as vestes e os trejeitos do século retrasado. No capitalismo do tipo cartorial, em que a riqueza das empresas é construída à sombra do Estado, o que mais chama a atenção são os vetores em sentidos opostos: ao crescimento exponencial da riqueza e do patrimônio de empresários e políticos, corresponde o empobrecimento progressivo de largas parcelas da sociedade, prejudicadas com a subtração de oportunidades e de recursos. É graças à miséria de muitos que essa dupla de embusteiros vem, há décadas, fazendo seu pé-de-meia. Desculpem-me as exceções, mas os números que provam essa realidade estão aí para confirmar essa história da infâmia.
A frase que não foi pronunciada
“Sim! Prevarico e faço parte de uma organização que corrói o país. Mas nós não invadimos o Congresso Nacional. Chegamos aqui com o seu voto. Continuamos a contar com sua memória curta. Muito obrigado.”
Alguém anotou para pregar no espelho do banheiro até o dia das eleições
Homenagem
» Dib Francis foi laureado pela Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura, em parceria com o Instituto Biográfico do Brasil. Auditório Honestino Guimarães do Museu Nacional, Brasília-DF.“Dedico essa honraria a todos os meus colegas, músicos, sobretudo os músicos eruditos, uma categoria nem sempre reverenciada na real medida de sua augusta dedicação”, disse o professor e pianista homenageando a classe.
Copabacana
» Por falar em piano, a Editora Multifoco lança o livro Falando de piano com Linda Bustani e Luiz Eça. Assinado pela nossa Moema Craveiro Campos. Dia 24, às 18h. Pena que dessa vez será na Av. Atlântica 3744, no Bar Garota de Copacabana.
Lembranças
» Clarisse Rocha Ribeiro deu uma declaração pelo Facebook sobre o colégio Indi que converge com a opinião de pais que tiveram filhos estudando por lá várias décadas atrás. A diferença do Indi para as outras escolas é que a criançada se sente em casa enquanto estuda. Quando os pais buscam, sempre tem o que fazer para aproveitar mais um pouquinho dos amigos e dos professores.
Pela Paraíba
» Pelas linhas de Josué Sylvestre, no livro Meio século de vida pública sem mandato ou com?, o tempo passa sem que se perceba. As histórias de Campina Grande e da Paraíba, entre 1950-1985, o volume 1, conta o escriba que Alouízio Afonso Campos, era advogado, economista, administrador, político e milionário. No início da jornada pela disputa de voto, Aluízio delineou um discurso certeiro que agradava toda a gente. Repetia de cidade em cidade. Os aplausos eram sempre efusivos. João Agripino, também na lida, quando chegou com Josué em Guarabira, pediu para falar primeiro. Depois do discurso reaproveitado pelo amigo Aluízio, saiu-se com essa: Mas mago do Catolé, você não quer gastar nem ideias?
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O avião apenas tocara no solo (18:27 horas) e uma enorme explosão se ouviu. A seguir, uma labareda vermelha dominou a cauda do aparelho, por onde deveriam descer os passageiros. (Publicado em 28/09/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…