Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com
com Mamfil e Circe Cunha
Se os autores se dessem ao trabalho de perscrutar a opinião dos cidadãos, eleitores e contribuintes sobre que pontos devam ser realmente acrescentados , mudados e suprimidos nas diversas propostas de reformas que anunciam, muito trabalho teria sido poupado de nossos doutos representantes. Ninguém entende e tem mais sensibilidade para a realidade desse país do que o povo real que habita essas plagas, pois é longe dos hostes oficiais que pulsa o coração da nação.
É tal o descompasso entre o que deseja a população e o que pretendem os áulicos, que qualquer projeto, nascido intramuros e elaborado por uma casta sob a mira da lei, não trará bons frutos. Pior é constatar que o conjunto de reformas que começam vir a lume, à primeira vista, atendem apenas à acomodação e ao alicerçamento do status quo, deixando de lado os interesses dos brasileiros. Quem se dispuser a prestar atenção aos indicadores atuais, apresentados pelos impostômetros espalhados pelas maiores cidades do país, verá que apenas nesses primeiros oito meses foram transferidos compulsoriamente da população para o azeitamento da máquina pública perdulária cerca de R$ 1,347 trilhão.
A maior fatia dessa fábula de dinheiro será destinada ao sustento burocrático dessa gigantesca engrenagem, na forma de salários, ajuda de custos, benefícios, indenizações, gratificações e outros infinitos termos que designam o custeio pessoal. Obviamente que no meio do caminho, segundo organizações não governamentais, cerca de R$ 200 bilhões terão se esvaído tranquilamente pelo ralo da corrupção. O que sobrar desses recursos tomará caminhos diversos que passam ao largo das necessidades da sociedade.
Ano após ano, essa situação tem se agravado. Somente para a quitação de uma das maiores cargas tributárias do planeta, cada brasileiro necessita trabalhar, ao menos, 155 dias consecutivos. Não é por outra razão que o Brasil ocupa hoje a vexaminosa 30ª posição no quesito índice de retorno dos impostos para o bem-estar social da população. Um exemplo desse descompasso, que coloca em posição antípoda população e seus dirigentes, ocorre todos os dias. Agora mesmo chega a notícia de que o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) autorizou o pagamento retroativo de auxílio-moradia para os conselheiros e procuradores, no valor de R$ 1,6 milhão. Isso para servidores que recebem salários em torno de R$ 30 mil mensais e têm morada própria.
Enquanto isso, a assessora especial para assuntos de rouparia da primeira-dama, Marcela Temer, segundo divulgação na imprensa, recebeu apartamento funcional. Para recompor esses descalabros, o governo reduziu ainda o valor do salário mínimo de R$ 979 para R$ 969, buscando, com isso, economizar uns R$ 3 bilhões por ano, além de vetar dispositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que previa a aplicação de recursos para cumprir as metas definidas no Plano Nacional de Educação (PNE). Preferiu manter os reflexos negativos tanto na educação de base quanto nas instituições de ensino superior e na comunidade acadêmica nacional. Para os brasileiros, obrigados a bancar essas injustiças flagrantes, resta aceitar, como fato consumado, que o dinheiro que falta na planície é encaminhado para o planalto, onde a vida continua sendo uma festa no céu, com convites exclusivos.
A frase que foi pronunciada
“Não se julga suficiente que a lei garanta a cada cidadão o livre e inofensivo uso de suas faculdades para o seu próprio desenvolvimento físico, intelectual e moral. Exige-se, ao contrário, que espalhe diretamente sobre a nação o bem-estar, a educação e a moralidade.”
Frederic Bastiat, economista e jornalista francês (1801-1850)}
Quadro triste
» Curiosa a participação da professora Clarita Chumbens no portal do Sinpro. Diz a mestra que, enquanto o sindicato se engaja nas próximas eleições, a categoria é jogada em uma luta inglória deixada cada vez mais abatida. A esperança que os sindicatos pensassem nos professores, suas angústias e na realidade, se perdem entre a realidade de querer transformar a categoria em mucamas do PT, atendendo a ordens suicidas dos caciques enumerem as vitórias dos professores obtidas pelo sindicato. Não existem, praticamente.
Missa
» Hoje, será celebrada a missa de sétimo dia em memória de Celina Leite Ribeiro Kaufman, ao meio-dia, na Igreja São José, Rua Dinamarca, no Jardim Europa, São Paulo.
Proatividade
» Estamos no exato momento em que os especialistas do GDF deveriam conferir as vias pavimentadas de todo o DF, que corre o risco ter o asfalto arrancado pelas chuvas de setembro, por falta de escoamento. As redes pluviais também precisam de limpeza e manutenção.
Civismo
» Atenção, professores. As visitas no Senado Federal estão ao alcance de todos. Basta entrar no site do parlamento e verificar as datas disponíveis. O portal é amigável. Basta procurar na internet com as palavras- chaves: “Congresso Nacional”, “agendamento”, “marcar visita”.
Mais sinalização
» Com o desvio obrigatório para o acesso ao trevo norte, falta sinalização para caminhões altos. Nas tesourinhas, volta e meia veículos de grande porte ficam presos pelo teto. O perigo é alterar a estrutura das pontes.
História de Brasília
Em frente à Americana, a Novacap construiu um restaurante, que seria unidade de vizinhança, para servir à Superquadra 107. Até hoje, não foi arrendado, o que significa: capital parado, que não rende juro. (Publicada em 3/10/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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