De vento em popa

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  • com Circe Cunha e Mamfil

Vídeos que circulam atualmente e em grande quantidade nas redes sociais, têm chamado a atenção de todos para uma calamidade seríssima que parece ter tomado conta da maioria de nossas universidades públicas. Nas imagens, mostradas sem cortes e com muito de realismo fantástico o que se vê são prédios públicos de instituições de ensino superior em avançado estado de ruínas, parcial ou totalmente destruídos por pichações, com muita sujeira e móveis quebrados por todo o canto.

À primeira vista as instalações, do que um dia foi uma faculdade ou coisa parecida, custeada a duras penas pelos contribuintes, parecem abandonadas, tal como aqueles lugares inóspitos e escondidos da sociedade e que habitualmente usados como refúgio por viciados e moradores de rua.  As inscrições, garatujas e cartazes, com apelo do tipo revolucionário espalhados nas paredes, dão conta de que nesse verdadeiro sítio arqueológico moderno, vivem s homens, mulheres e outras espécies das cavernas. É uma gente totalmente abduzida, que se esgueira cotidianamente por corredores e salas escuras e mal cheirosas, naquilo que seria um ambiente onde irão se formar as futuras lideranças do país.  São pessoas, na sua grande maioria oriundas da classe média e alta da sociedade.

Em ambiente com esse, em visível estado de destruição, pouco há o que fazer. São os alunos e mesmo professores que querem tudo do jeito que está. Em algumas outras alas, perdidas no imenso edifício público, alunos e mesmo professores são surpreendidos fumando maconha, sem a menor cerimônia. Um desses vídeo makers, que ousou transpor os portões desse centro de alto saber, pergunta a turma enfumaçada se achavam correto o uso de entorpecentes dentro de um prédio público de ensino. O professor tomou a frente da questão e disse sem a menor cerimônia: depende do que você entende por entorpecente. A turma ri e debocha do anônimo cineasta do sub mundo.

Noutras imagens, alunos são confrontados com questões básicas do tipo: Você sabe definir socialismo ou a diferença entre esse sistema e o capitalismo? Silêncio geral, para a agitação de neurônios. Ninguém sabe ou arrisca um palpite, afinal o que importa esse tipo de assunto se o futuro, acreditam eles, lhes reserva um Estado revolucionário e plenamente satisfatório. Não se sabe o que muitos mestres do ensino superior têm prometido aos seus alunos, mas seja o que for, não é nada do que possa imaginar a sociedade brasileira, que nada sabe sobre o que se passa nas universidades de nosso país.

Em outros vídeos são mostrados comparativos entre as principais universidades do mundo, seus prédios centenários, seus alunos e professores, alguns laureados com Prêmio Nobel em várias áreas do conhecimento. Nesses ambientes do primeiro mundo, podem ser vistos alunos de terno e gravata sentados em salas de aula repletas de recursos didáticos e outras parafernálias da tecnologia científica. Não há pichações, sujeira ou cartazes com apelos e apoios à Países como a Coreia do Norte e outros outsiders do mundo atual.

Nesses ambientes de ensino e pesquisa, o futuro pode ser vislumbrado sem maiores dificuldades. Países com esse nível de universidades dão garantias de que permanecerão no primeiro mundo, cada vez mais distantes e alheios ao que se passa nesses tristes trópicos. Ao menos pode ficar a lição de que em muitas de nossas universidades os planos e projetos para sabotar o futuro vão de vento em popa.

A frase que foi pronunciada:

“As crianças aprendem com tudo e qualquer coisa que veem. Eles aprendem onde quer que estejam, não apenas em locais especiais de aprendizagem.”

John Holt

ANVISA

Marcelo Mário Matos Moreira, servidor da Anvisa, deve ficar com a Quinta Diretoria da instituição definitivamente. Tem o jogo de cintura político e o conhecimento científico, qualidades necessárias para a boa gestão. Além de sério e  competente é especialista em regulação.

Referência em tecnologia

Silvio Meira, professor emérito do Centro de Informática da UFPE, é eleito um dos 20 melhores influenciadores de inovação e tecnologia no iBest 2023, recebeu também o título de Eminente Engenheiro do ano de 2023. Meira é um dos grandes estudiosos do impacto da tecnologia na vida humana. É constantemente consultado pelas ideias de trazer o mundo do trabalho, educação e esferas governamentais para lidarem com a velocidade da informação.

História de Brasília

Começaram, novamente, os despejos dos apartamentos invadidos. Como sempre, começaram por baixo. Enquanto isto, um ex-oficial de gabinete do sr. Jânio Quadros, continua com o apartamento sem morar em Brasília, e oficial de Justiça com o despejo na pasta. (Publicada em 24.03.1962)

Circe Cunha

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Circe Cunha

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