De olhos bem fechados para outubro

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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        Fechar os olhos à realidade em volta é o mesmo que andar descalço sobre um chão forrado de cacos de vidro. Do mesmo modo, de nada adianta parte da mídia fingir que não enxerga a extensa folha corrida ou capivara, no jargão policial, apresentada pelo candidato das oposições e que não para de surpreender a todos pelo acréscimo constante de crimes de toda a natureza.

Não bastasse o diálogo “cabuloso” que esse ex-mandatário mantinha com as lideranças do crime organizado, conforme revelado por escutas feitas pela própria polícia, a votação surpreendente que o seu substituto, Haddad, receberia da população carcerária nas eleições de 2018, não deixa margem para dúvidas de que estamos diante de um candidato favorito, pelo menos, entre os quase um milhão de presos que cumprem pena nas penitenciárias de todo o país. Mais de 82% desses cidadãos, que, em tese, não deveriam ter o direito de votar, preferem, segundo pesquisa do Globo, que esse candidato assuma o comando do país.

Não é por outro motivo que, em suas declarações em comícios, volta e meia surgem menções à liberação das drogas, da “injustiça” sofridas pelos “meninos” que roubam celulares, ou quando se mostra orgulhoso por sua cruzada, para libertar, da cadeia, os sequestradores do empresário Abílio Diniz. As ilações de que esse candidato sempre manteve interlocuções com o mais ativo e perigoso grupo do crime organizado são antigas e se sucedem, desde que subiu a rampa do Palácio do Planalto em 2002.

A mais importante e conhecida jornalista investigativa da Espanha, Cristina Segui, que, há décadas, dedica-se com afinco a acompanhar os bastidores da política ibero-americana, vem fazendo denúncias sérias da conexão existente entre os partidos de esquerda em seu continente e, principalmente, na América do Sul, com o narcotráfico latino-americano. A Segui cita, em sua pesquisa, Lula e Dilma Rousseff como políticos que receberam ajuda financeira para alavancar o Partido dos Trabalhadores, desde seu surgimento nos anos oitenta.

Toda essa revelação bombástica, e que não recebeu atenção devida da imprensa brasileira, teria surgido a partir da prisão do ex-chefe de inteligência do governo chavista da Venezuela, Hugo Carvajal, conhecido como El Pollo. Extraditado para os EUA, Pollo falou o que sabe e o que presenciou na Venezuela e em outros países como o Brasil, Espanha e Portugal. Há, segundo Cristina Segui, uma extensa rede internacional, formada pelos mais poderosos carteis de drogas, para apoiar, financeiramente, os partidos de esquerda nos dois lados do Atlântico, pois sabem que a ascensão dessas siglas ao poder ajuda a dar proteção ao comércio ilegal de drogas e armas, fazendo vista grossa dessas atividades, ao mesmo tempo em que recebem partes dos lucros com essas transações.

        Essa é, de fato, uma longa e tenebrosa história que deveria merecer uma investigação parlamentar aprofundada aqui no Brasil, mas que, misteriosamente, continua sem o mínimo de atenção. O perigo trazido por essa associação criminosa entre esses cartéis é o da formação de verdadeiros Narco-Estados, como ocorre hoje em países como a Venezuela. Para dar ainda maior tensão a uma situação que em si já é bastante delicada e nefasta, investigações recentes, feitas pela Polícia Federal e que resultou na prisão do maior e mais procurado contabilista do crime organizado do Brasil, mostrou que esse técnico em finanças era também quem fazia as declarações de imposto de renda do ex-presidente Lula há anos, sendo que, no prédio onde estava instalada sua “consultoria”, funcionava também o escritório do Lulinha, outro craque em finanças.

Para dar ainda mais um tom cinzento a todos esses fatos, recentemente, o notório Marcos Valério, o homem da mala petista, preso e condenado no escândalo do mensalão, resolveu revelar, em delação premiada, os estreitos laços existentes entre o PT e a maior organização do crime que age no país, dando detalhes sobre essas amizades perigosas. Apenas um pouco de todos esses fatos já seriam, num país sério, motivo para parar tudo e dar início a investigações aprofundadas. Mas, em se tratando de Brasil, onde tudo acaba em pagode e roda de samba, todo esse cenário de mau augúrio, que se prenuncia para outubro, é considerado exagero. A fusão do PCC, formando a sigla política PTCC, para a Segurança Nacional, não passa de fake news.

A frase que foi pronunciada:

“Não é o que você olha que interessa. É o que você vê.”

Henry David Thoreau

Henry David Thoreau. Foto: Benjamin D. Maxham

I Encontro Regional de Palhetas Duplas do Centro-Oeste

Homenagem ao professor Václav Vinecky, na Escola de Música, com entrada franqueada ao público. Ao piano, Marília de Alexandria; oboé, Ravi Shankar e Sandra Romero; Kleber Lopes, Moisés Pena e José Medeiros representarão a OSTNCS, e o professor Lamartine representará o grupo de Choro do IFG- Campus Goiânia. Também a presença de Roseane Cruzeiro, como palestrante. De amanhã ao dia 10, no Teatro Levino de Alcântara, na Escola de Música, às 19h30.

História de Brasília

E as empresas são quase que forçadas a transmitir essas mensagens, apesar das restrições impostas pelo Código de Comunicações. O pessoal da Camargo Corrêa quando quer falar com o sr. José Paulo Viana, usa sinais de fumaça da usina de asfalto, porque o telefone está quebrado há mais de um mês, sem que ninguém o conserte. (Publicada em 02.03.1962)

Circe Cunha

Publicado por
Circe Cunha
Tags: #AriCunha #Brasília #CirceCunha #CongressoNacional #Eleições2022 #ElPollo #EsquerdaNoBrasil #HistóriadeBrasília #HugoCarvajal #Lula #Mamfil #NarcoTráfico #PT

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