VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil
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Com o isolamento social, imposto pela pandemia, aquela parcela da sociedade que ficou confinada em seus lares, inclusive aqueles que encontraram amparo econômico por meio do trabalho em casa, teve, em algum momento, que buscar refúgio e paz de espírito na cultura. Sem esse recurso, que muitas vezes passa despercebido, enfrentar um isolamento, sem dia para terminar e com as ameaças constantes que esse vírus provoca na vida das pessoas, seria um suplício ficar confinado em casa.
Ao contrário do que muita gente acredita, a cultura, incluindo aí tudo o que diz respeito ao universo das artes, não é mero passatempo reservado ao entretenimento e ao lazer. Nem tampouco atividade para o desfrute de uma classe de pessoas privilegiadas. É muito mais do que podemos mensurar. Um povo desprovido de produção cultural, se é que existiu algum na história da humanidade, sobrevive alheio ao mundo ao redor. Pois a cultura é a própria tradução e representação do mundo em que estamos imersos.
Mesmo aquelas civilizações que devotavam todo o seu tempo e o melhor de sua gente às atividades de guerrear e submeter outros povos, como parece ser o caso dos espartanos, na Grécia Clássica, mesmo esses povos baseavam sua cultura na educação e no treinamento militar rigorosos e obrigatórios para todos os cidadãos, num regime conhecido por “agoge”. Eles, que amavam as armas e a guerra, cultivavam a leitura, a música, a escrita e a dança. Assim, agiam também as mais diversas sociedades humanas ao longo da história. Todas, em menor ou maior grau, produziram cultura, até como uma herança social, capaz de agir como elemento aglutinador de identificação entre os indivíduos de uma sociedade, falando de seu passado e acenando para o futuro.
Para a antropologia, a cultura é o elemento que, por excelência, diferencia o homem racional de outros animais. O ser humano é, por conseguinte, um animal produtor de cultura. Aliás, a maioria dos povos que, ao longo de milênios, cresceram, desenvolveram-se sobre o planeta, ou mesmo foram extintos, só puderam ser conhecidos como tal, graças à produção de cultura que organizaram em seu tempo de existência. Ainda dentro das ciências que exploram a existência humana no mundo, a cultura é vista como elemento indutor da própria evolução humana, contribuindo para o aprimoramento de técnicas diversas que tornavam a vida mais proveitosa e, por consequência, mais longeva.
Também, graças à propagação das atividades e do fazer cultural, foi possível abrir caminhos para o combate aos problemas socioeconômicos, melhorando a autoestima dos povos, atraindo novos valores, conferindo identidade, disciplina e outros valores morais e éticos, que foram sendo aperfeiçoados ao longo da jornada humana. Mesmo aspectos outros, como o sentimento de pertencimento a um determinado lugar, a um determinado povo, foi dado por meio do trabalho e do desenvolvimento da cultura.
A frase que foi pronunciada:
“Apenas em Roma pude sentir o que é ser verdadeiramente um homem. A essa elevação, a essa felicidade de sentimento, nunca mais pude me erguer. De fato, comparada à minha situação em Roma, nunca mais cheguei a sentir um real contentamento. Porém, não nos rendamos a pensamentos melancólicos.”
Goethe, autor e estadista alemão
Viva Personas
Pessoas envolvidas com o teatro se reuniram para contar histórias para a criançada internada em hospitais. O grupo conta com mais de 1000 voluntários em 86 hospitais pelo Brasil. Veja mais sobre o assunto no link Artistas e personalidades contam histórias para crianças em hospitais e isoladas em casa.
Registros
Também, a seguir, as fotos da sala de casamento do cartório do 1º Ofício do Núcleo Bandeirante, gerenciado pelo tabelião Dr. Hercules Alexandre da Costa Benício. O número de registros de casamento aumentou consideravelmente na pandemia.
Ontem
Jornalista foi proibido de publicar notícia sobre senador. A decisão foi do TRE de Mato Grosso do Sul e causou estranheza aos eleitores. O jornalista recorreu com a fundamentação de que publicava apenas a verdade. Do outro lado, a opinião do senador: “Para atacar, tem que provar.” O site que hospedava as notícias do jornalista documentou a indignação com o caso. O jornalista é Nilson Pereira, o senador era Delcídio Amaral e o ano era 2010.
Ferramenta
Rádio continua sendo valioso instrumento de comunicação. O Projeto Rondon, no interior do país, conta até com rádio web para transmitir as notícias para as comunidades distantes.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os residentes no Setor Residencial da W-3, também, devem fazer a mesma coisa. Comuniquem, para que possamos anotar e conhecer a extensão do momento de solidariedade às árvores da W-3. (Publicado em 13/01/1962)
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