DESDE 1960 »
aricunha@dabr.com.br
com Circe Cunha e MAMFIL
Que relação haveria entre a colocação do Brasil, como o quarto país mais corrupto do mundo — de acordo com o índice divulgado agora pelo Fórum Econômico Mundial — e a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal rever a decisão que permitiu a prisão imediata de condenados no âmbito da segunda instância? Para o Juiz Sérgio Moro, que coordena uma das maiores operações contra a corrupção de toda a história do Ocidente, tem tudo a ver. “Um sistema de justiça que não chega ao fim de um dado criminal em um período razoável, é um privilégio de impunidade daqueles que se podem servir deste sistema de justiça e que, normalmente, são os poderosos.” Em outras palavras, o que o juiz diz é que a capacidade de entrar com recursos protelatórios e com todo tipo de chicana, por meio de exclusivíssimos escritórios de advocacia, é uma possibilidade aberta apenas para os muito endinheirados.
Aliás, esses mesmos escritórios nunca tiveram tanto serviço contratado e tantos lucros como nestes tempos de Operação Lava-Jato e congêneres, inclusive, o aprofundamento das investigações tem feito com que essa e outras operações em curso, tenham seus prazos de conclusão estendidos sine die. “Existe um grau de imprevisibilidade porque, nessas investigações, eventualmente, provas novas vão surgindo em relação a novos crimes e simplesmente os procuradores, a polícia e o juiz não podem virar o rosto de lado e deixar de lidar com o que for aparecendo. De forma que há essa imprevisibilidade”, afirmou o juiz, para quem o Brasil vive hoje “tempos excepcionais”, com a Justiça tendo de enfrentar uma verdadeira corrupção sistêmica que tomou de assalto todo o Estado.
Há um ano, quando ainda não se conhecia em profundidade o tamanho do rombo provocado pela corrupção nos governos petistas, a força-tarefa do Ministério Público já detectava que eram aproximadamente de R$ 200 bilhões os valores desviados dos cofres públicos a cada ano por conta dos esquemas de corrupção espraiados por toda máquina do Estado. O grau de corrupção é um dos indicativos negativos que apontam para os entraves ao crescimento econômico de um país e deixam evidências de que há um descontrole na administração do Estado, o que afasta a possibilidades de investimentos estrangeiros sérios e põe em risco a credibilidade de uma nação em honrar seus compromissos.
No início de 2016, segundo a Transparência Internacional, o Brasil havia despencado para a 76ª posição, numa lista de 168 países afetados pela percepção acentuada de corrupção. Mesmo na América Latina, o Brasil só perde a posição de primeiro colocado para a Venezuela, um país totalmente arrasado por uma sequência de governos larápios e ineptos. A situação no continente, segundo o Fórum, chegou a tal ponto que, hoje, ao lado dos imensos problemas da AL, a corrupção é disparada o maior desafio a ser enfrentado com urgência.
A corrupção, com seus braços longos, alcança nos só a possibilidade de novos negócios, mas afeta, sobretudo, a qualidade da educação, a prestação de serviços básicos para a população, além de prejudicar a instalação de infraestrutura necessária ao desenvolvimento, inclusive, com sérios reflexos sobre o meio ambiente e o aumento da poluição. Por seus efeitos deletérios, a corrupção figura muito mais do que um crime hediondo ao roubar o que uma nação tem de mais precioso, que é o futuro de toda uma geração.
A frase que foi pronunciada
“A arte não é um espelho para refletir o mundo, mas um martelo para forjá-lo.”
Vladimir Maiakóvski
CNSeg
» Dr. Márcio Coriolano, presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, assinou protocolo de intenções em prol do desenvolvimento e da execução conjunta de projetos relacionados à Educação em Seguros. A atual gestão tem por objetivo levar a toda a população uma nova cultura em relação à Educação em Seguros: Planejamento das finanças, proteção patrimonial, previdência privada, saúde complementar e capitalização.
Na capital
» O evento da CNSeg, em Brasília, será em 19 de outubro. Um café da manhã no Hotel Windsor. Representantes dos Três Poderes, corretores e pessoas ligadas à educação financeira são o público-alvo nesse momento. Os presentes vão tomar conhecimento do que tem sido feito para combater a desinformação sobre o mercado de seguros.
Mobiliza
» Esse programa de informação e educação fornecido à população é consequência direta da Estratégia Nacional de Educação Financeira, formada por vários parceiros, além da Cnseg, como a Superintendência de Seguros Privados, a Comissão de Valor Mobiliário, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar, Febraban, ministérios da Fazenda, da Educação, do Trabalho e da Justiça.
História de Brasília
» Os discursos do sr. Anísio Rocha, no Parlamento, não repercutem da maneira que o parlamentar desejaria. Não haveria, para o representante pessedista, outra posição senão essa, e é por isso que sua opinião pouco pesa. Está defendendo causa própria. (Publicado em 15/9/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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