Contribuição acinte

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Circe Cunha circecunha@outlook.com

Juntas, as 17.068 entidades sindicais, registradas no Ministério do Trabalho, arrecadaram, apenas nos últimos 5 anos, com a contribuição obrigatória de um dia de serviço de cada brasileiro, R$ 15 bilhões. A proliferação desenfreada de sindicatos foi a maneira encontrada nos 13 anos do governo petista para estender a influência e ascendência de seu partido sobre todos os trabalhadores do país, não com o intuito de aperfeiçoar as relações patrão/empregado, mas objetivando unicamente o controle hegemônico da legenda.
A abundância de recursos e a facilidade de obter registro sem burocracia ou necessidade de prestar contas do montante arrecadado ao Tribunal de Contas da União explicam a multiplicação de entidades sindicais em nosso país. É o dinheiro fácil do contribuinte, arrancado do bolso de cada brasileiro, que favoreceu também a proliferação de outras entidades parasitárias, como partidos políticos e organizações não governamentais, que, antes de cuidar da defesa dos interesses daqueles que insinuam representar, tratam de defender os próprios interesses, principalmente, em muitos casos, das cúpulas dirigentes.
Obviamente, distorções dessa natureza só foram possíveis graças à leniência interesseira dos legisladores e à complacência da Justiça, sempre pronta a dar a sentença final a essa turma. Para se ter uma ideia desse absurdo, a Inglaterra, berço da Revolução Industrial e do sindicalismo, possui apenas 168 sindicatos. A Alemanha, o gigante industrial europeu, tem oito sindicatos. A vizinha Argentina, perto de 60. O máximo que se conseguiu com essa farra de entidades ditas representativas foi a explosão de sindicatos pelegos, atrelados ao governo e de olho na contribuição gorda do imposto.
Para alguns historiadores, a situação reflete ainda um resquício de nossa história fascista recente, que fez do aparelho sindical um apêndice do Estado paternalista. O mais estranho é que pela legislação vigente, contida na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mesmo os trabalhadores e empresas que não estão associados a sindicatos são obrigados a pagar, anualmente, a forçada contribuição sindical.
É chegado o momento, com a reforma trabalhista, de se discutir a modernização dos sindicatos brasileiros à luz do que vem sendo feito em outras partes do mundo, onde essas entidades já encontraram, nos valores democráticos universais, novas formas de organizar as classes trabalhadoras, libertas das ideologias partidárias e, principalmente, do Estado e do pobre contribuinte, chamado a bancar qualquer aventura inventada pelos donos do poder.

A frase que foi pronunciada
“Na luta do bem contra o mal, é sempre o povo que morre.”
Eduardo Galeano

FNPL
» Tiririca, como deputado, participou da criação do vale-livro. O deputado Rafael Motta já deu parecer favorável ao projeto de lei que cria o Fundo Nacional Pró-Leitura.

Refinamento
» Convite de Celina Kaufman para a abertura da Exposição Figurative Expressions. Trata-se de uma parceria da Art&Art com a SV Gallery de Nova York. Em São Paulo, na Alameda Lorena,1748.

Sem fronteiras
» Por falar em São Paulo, o escritório Almir Pazzianotto Pinto Ltda. já é sucesso no Facebook.

Sem saída
» Cobrança de R$ 2,3 bilhões é o que a força-tarefa da Lava-Jato quer de volta aos cofres públicos. O Partido Progressista é que vai pagar a conta por causa do propinoduto da Petrobras. Se a mesma penalidade ou outra maior for estendida também a outros partidos, o perigo é que eles resolvam quitar essas multas com o dinheiro do próprio contribuinte, por meio do fundo partidário.

Já acontecidos
» Há um balão na descida do Paranoá pessimamente sinalizado. Os carros que seguem em altíssima velocidade a caminho do Plano deveriam parar para a pista preferencial. Nada previne acidentes por ali.

Uma pena
» Durante oito horas, o trânsito, nas imediações do Palácio do Buriti, ficou interrompido por conta da manifestação dos professores da rede pública, causando um transtorno e um prejuízo imenso aos brasilienses bem na hora de pico. Ameaçando invadir o Palácio, entrando em confronto aberto com os policiais que faziam a proteção do local, além de desrespeitarem a decisão da Justiça, que considerou a greve ilegal. Por essas e outras é que a cada dia a categoria perde o apoio e o respeito do cidadão.

História de Brasília
Desde que assumiu a Presidência da República, o sr. João Goulart tem, no Aeroporto de Brasília, um convair da Varig à sua disposição. (Publicado em 24/9/1961)

Circe Cunha

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Circe Cunha
Tags: Política Brasil Brasília ari cunha MAMFIL circecunha

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