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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil

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Charge do Renato Peters, repórter de esporte da TV Globo

Para os que buscam o bom senso e o equilíbrio entre opostos e as vicissitudes da vida, o melhor caminho a seguir é aquele situado no meio, onde se pode observar, com mais justeza e equidistância, as nuances de cada lado da estrada. O filósofo de Mondubim costumava ressaltar essa posição com o ditado: “Nem tanta fome ao pão, nem tanta sede ao vinho.” Sintetizado numa palavra, seria a tal da temperança, qualidade difícil de ser encontrada hoje em dia nos homens públicos desse país.

Através dessa virtude, que muitos consideram inata, é possível ao indivíduo manter-se tranquilamente sempre dentro de seus limites éticos, o que o torna naturalmente protegido contra todos os tipos de tentações desse mundo. Fora dessa qualidade, o que se tem é o vício do radicalismo, que reduz no indivíduo a capacidade de enxergar o mundo em volta de si, conduzindo a uma posição de miopia, obrigando a perceber somente o que deseja, da maneira como quer.

O Brasil, que já experimentou nessas últimas décadas o sabor amargo do radicalismo de esquerda, com todas as suas consequências ainda bem visíveis, passa agora a ter que conviver e aturar com o outro lado da moeda, onde pululam, com mesmo ardor irracional, os radicais de direita. Invasões de terra, facadas, mortes mal explicadas, cuecas cheias de dinheiro, apartamentos para abrigar notas de R$100, fugas ensandecidas, apoio à doação para governos antidemocráticos, autoridades que ao discursar para outros países deixavam os tradutores de cabelo em pé e radicais em êxtase. De nada adiantaria qualificar esses radicais, de um lado e de outro, de insanos ou de massa de manobra, ou qualquer outro epíteto negativo. São o que são e vivem dessa ilusão, como um leitmotiv de suas existências vazias. É o que sempre se soube: quem não constrói seu porto seguro interno, vai buscar em outrem onde lançar as âncoras de seu barco.

Com isso, novamente as cenas se repetem, mesmas pregações, com sinais trocados, os mesmos insultos e agressões, tudo placidamente ignorado pelo governo de turno e seu grupo de apoio ideológico, como era feito no passado. O vermelho cedeu lugar ao verde e amarelo, sequestrado inescrupulosamente da bandeira nacional. As recentes agressões ao pessoal da saúde, que fazia um movimento silencioso na Esplanada dos Ministérios, seguidos da carreata pregando o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo e pela volta dos militares ao poder deu a deixa para que jornalistas fossem também agredidos. O acampamento formado por simpatizantes do atual governo, armado em frente ao Congresso Nacional e pregando abertamente o extermínio da esquerda é apenas o mais do mesmo. Um déjà-vu.

Travestidos de paramilitares, esses arruaceiros pretendem arregimentar um grande número de “novos insurgentes” para treiná-los em técnicas de revolução não violenta e desobediência civil, técnicas de estratégia, inteligência e investigação, organização e logística de movimentos contrarrevolucionários, entre outras táticas de agitação. Trata-se, a exemplo do antigo exército de Stédile, de um grupelho do tipo Brancaleone, onde, além das trapalhadas de praxe, podem provocar ainda mais ruídos e desentendimentos nesse governo já, por si só, instável e belicoso.

A frase que foi pronunciada:

“Nós deveremos ser lembrados na história como a mais cruel, e, portanto, a menos sábia, geração de homens que jamais agitou a Terra: a mais cruel em proporção à sua sensibilidade, a menos sábia em proporção à sua ciência. Nenhum povo, entendendo a dor, tanto a infligiu; nenhum povo, entendendo os fatos, tão pouco agiu com base neles.”

John Ruskin, escritor e desenhista.

Foto: wikipedia.org

Mãos pelos pés

Faz tempo que essa coluna insiste na peçaneta. Felizmente começaram a trocar as mãos pelos pés. Veja a seguir projetos populares de PVC para que ninguém toque no recipiente de álcool em gel quando for usá-lo. Veja também o que a Associação Nacional dos Inventores criou para aumentar a higiene em hospitais.

Só de maldade

Sistema automatizado do Ministério da Saúde liga para as residências de todo o país com questionário sobre o Coronavírus. Bandidos gravaram a ligação e, no final, avisam que estão enviando um código para validar as perguntas. Caso os desavisados digitem esse código no celular, o WhatsApp deixa de funcionar. Veja no link Golpe no WhatsApp convence vítimas o que aconteceu com um jornalista.

Imagem: tecnologia.ig.com

Criatividade

Como o brasileiro, não tem igual. Para poder andar livremente de bicicleta pelas calçadas da cidade sem ser importunado, os criativos usam uma mochila de entrega de comida mesmo sem ter nada dentro.

Foto: entregador.ifood.com

Solidariedade

Contribuintes têm até o dia 30 de junho para entregar a declaração do Imposto de Renda. Uma oportunidade de praticar a solidariedade em comunidades afetadas pela pandemia. Veja a seguir como fazer.

–> Imposto Solidário: doações contribuem com comunidades afetadas pela pandemia

Menos de 3% das pessoas destinam o imposto a instituições sociais. Site ensina passo a passo de como destinar o imposto para instituições sociais

O período para entrega da declaração do Imposto de Renda (IR) foi estendido até o dia 30 de junho no Brasil, devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O compromisso, que pode ser visto por muitos brasileiros como burocracia, também é uma oportunidade de praticar a solidariedade. Por meio da declaração, os contribuintes podem destinar até 3% do imposto para instituições e projetos de alto impacto social. Até o momento a Receita Federal recebeu apenas 35% das declarações.

Segundo dados da Receita Federal, menos de 3% dos contribuintes fazem doações com o Imposto de Renda. Como a grande maioria da população não conhece os benefícios de destinar, esse ano as instituições temem que esse número seja ainda menor. “O dinheiro do contribuinte já seria pago ao governo de qualquer maneira, e o imposto solidário abre portas para que ele possa destinar para um projeto que conhece e ainda acompanhar como o valor é aplicado. O mais interessante é que o valor retorna ou é abatido para a pessoa na restituição em 2020 ou no próximo ano”, explica o gerente de Parcerias e Marketing do Marista Escolas Sociais, Rodolfo Schneider.

Segundo o especialista, se a pessoa tiver imposto a restituir, o valor doado é acrescentado ao montante (calculado já no sistema da Receita) e ele o recebe no período de restituição. Se o contribuinte tiver imposto a pagar, o valor doado é descontado do débito.

Site ensina passo a passo de como doar

Com a intenção de explicar o passo a passo para efetuar uma doação via imposto de renda, o Marista Escolas Sociais, que atende mais de 7 mil crianças, adolescentes e jovens em 20 Escolas e Unidades Sociais nos Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, preparou um site detalhando todas as etapas. Ao acessar impostosolidario.org.br, o contribuinte pode entender todos os processos e conhecer instituições que poderão ser beneficiadas.

Educação é uma das áreas impactadas

Um dos projetos disponíveis para receber os recursos via Imposto de Renda é o “Educação – O futuro é para todos”, que beneficia mais de 2 mil crianças, adolescentes e jovens de 0 a 17 anos. A iniciativa oferece educação gratuita em cinco escolas sociais localizadas em áreas de vulnerabilidade social na Zona Leste de São Paulo, Santos e Ribeirão Preto.

As doações podem promover a expansão de laboratórios, projetos de educomunicação, capacitação de educadores, revitalização de espaços e melhorias no acervo das bibliotecas. Mais de 40% das famílias atendidas nos locais estão abaixo da linha da pobreza e vivem do trabalho informal, sendo fortemente atingidas pela pandemia do coronavírus.

Durante o período de isolamento social, as Escolas Sociais têm promovido atividades para todos os alunos, de acordo com a realidade de cada família, sendo disponibilizadas de forma impressa e retiradas na escola ou enviadas via redes sociais e whatsapp.  Para o aluno Gustavo Henrique do Nascimento Santos, de 14 anos, estudante do Marista Escola Social Irmão Lourenço,  na Zona Leste de São Paulo, as atividades têm ajudado a manter a rotina. “Tem sido muito bom. O plantão dos professores tem ajudado bastante, é muito importante termos essa oportunidade”, revela.

Marista Escolas Sociais

Marista Escolas Sociais atende gratuitamente 7700 crianças, adolescentes e jovens por meio de 20 Escolas Sociais, localizadas em cidades de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Os alunos atendidos nas Escolas Sociais têm acesso a uma educação de qualidade e gratuita que vai desde a educação infantil até o ensino médio, além de projetos educacionais e pedagógicos que acontecem no período contrário às aulas. https://maristaescolassociais.org.br/

Estranho

Desde a manhã até o último jornal, em vários canais de TV, por streaming ou rádio, jornais,  Covid-19 é imbatível na primeira colocação como assunto ou destaque. Estranho mesmo é que a palavra que designa o país responsável por essa revolução mundial não é citada em nenhuma matéria.

Charge do Alex

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Mas Brasília vive, Brasília continua, nos seus 600 mil metros quadrados de construção já realizados, nos seus 240 quilômetros de esgotos já plantados, nos seus 90 milhões de litro d’água de reserva, no seu milhão e meio de metros quadrados de asfalto de primeira. (Publicado em 06/01/1962).

Circe Cunha

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Circe Cunha
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