Criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960
Com Circe Cunha e Mamfil
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Questões como impactos ambientais e outras avaliações de infraestrutura ficam para posteriori ou nem isso. O que parece nunca ocorrer, nesse caso, é o estabelecimento de políticas sérias para o atendimento de moradias para professores, bombeiros, policiais e outras categorias profissionais que depois de décadas de serviço não conseguem adquirir a tão sonhada casa própria.
Como as medidas de expansão a qualquer custo se tornaram um mote da maioria das campanhas ao governo do DF, a única saída encontrada por cada governador que chega ao cargo é alargar as áreas residenciais, mesmo contrariando pareceres dos órgãos de planejamento e de preservação ambiental. Não se discute aqui a necessidade primária de moradia para muitas famílias na capital. O problema é que essa questão sensível, e que deveria envolver sobretudo e apenas planejadores com expertise no assunto, virou, dentro das velhas tradições, um assunto de caráter restritamente político. Constrói-se, nesse sentido, zonas residenciais inteiras apenas para atender apoiadores de campanhas, simpatizantes, correligionários ou outros financiadores eleitorais. Medidas como essas, se repetem a cada eleição, beneficiando, de forma direta, grandes empreendedores e grupos milionários ligados ao setor de imóveis.
Desde a emancipação política da cidade, essa coluna vem alertando para a gravidade dessas expansões sem freios para o futuro da capital. Muito mais importante e urgente do que discutir longamente os diversos e complexos documentos como PDOT, LUOS, e mesmo a Lei Orgânica do DF, é fazer acrescentar nessas escrituras oficias, dispositivo que vetassem políticos de passagem pela cidade, de legislar e decretar ordens de serviço sobre questões envolvendo expansão e construção de novas áreas residenciais.
Assuntos desse nível de complexidade deveriam caber, restritamente, a conselhos formados por técnicos gabaritados nas diversas áreas do planejamento urbano. O problema aqui é adequar a área do quadrilátero do DF, que é fixada de forma permanente, com as promessas feitas pelas sucessivas administrações políticas que virão sucessivamente a cada nova eleição.
A frase que foi pronunciada:
“De longe, a maior e mais admirável forma de sabedoria é necessária para planejar e embelezar cidades e comunidades humanas.”
Sócrates
Agenda
Brasília sedia o 5º Seminário Internacional Água, Floresta, Vida e Direitos Humanos. O evento é promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela Escola Superior do Ministério Público (ESMPU). Os avanços e desafios da proteção ambiental no Brasil e no mundo, à luz dos direitos humanos, são os principais assuntos em discussão.
Cuidados
Coincidentemente com o Seminário Internacional Água, Floresta, Vida e Direitos Humanos, foi publicado no DODF, o decreto nº 39.469, de 22 de novembro de 2018, que rege sobre a autorização de supressão de vegetação nativa, a compensação florestal, o manejo da arborização urbana em áreas verdes públicas e privadas e a declaração de imunidade ao corte de indivíduos arbóreos situados no âmbito do Distrito Federal.
Atraso
Realmente muito triste a saída dos médicos cubanos do Brasil. Mais de 200 profissionais deixaram o país em voo fretado. O domínio do governo cubano sobre a vontade do cidadão é pavoroso. Vida sem liberdade só como punição por crimes e não como forma de governo.
Boa escolha
Rafael Parente é a grande expectativa para a educação no DF. Quer resgatar a educação da capital como nos áureos tempos, onde servia de parâmetro para todo o país.
Be a bá
Partindo para a prática, um conselho de estudantes da UnB criou uma comissão para discutir diretrizes de convivência da comunidade universitária. Parece algo impensável para se debater em um centro de estudos científicos, mas já que é assim, uma cartilha para os novatos com regras básicas de comportamento diretamente proporcional às punições cabíveis seria um começo.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Trecho de um bilhete que recebemos: “Já teve o prezado amigo a oportunidade de ouvir a característica do programa da Rádio Nacional sobre os trabalhos da Câmara e Senado? Aquele que diz assim, lugubremente: “Brasília chamando, Brasília chamando…” duas ou três vezes. Uma coisa horrível, de um mau gosto enervante. Decisivamente incompatível com o caráter vibrante na irradiação que sugere àquele prefixo”. (Transcrito na íntegra). (Publicado em 05.11.1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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