Desde 1960
aricunha@dabr.com.br
com Circe Cunha e MAMFIL
Territorializar o atendimento à saúde da família, dando uma atenção primária in loco aos casos de menor complexidade e com isso desafogar as emergências dos hospitais públicos. Esse é o novo modelo de saúde que o GDF deverá implantar nos próximos dias para conter a crise avassaladora que a anos vem acometendo o setor de saúde pública na capital.
O secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca, especialista em medicina da família, pretende trazer para Brasília um modelo parecido que vem funcionando a alguns anos e com certo sucesso na cidade do Rio de Janeiro. A ideia do novo titular da pasta é driblar a falta crônica de recursos e partir para um modelo de atendimento alternativo de assistência à saúde, fazendo dos atuais centros de saúde uma porta de entrada da população que busca atendimento médico. A falta de médicos e de recursos, somada ao aumento exponencial na demanda por saúde, tem lotado emergências e hospitais, prejudicando a todos indistintamente.
Governos passados tentaram a implantação da fórmula de saúde da família, antecipando o atendimento, filtrando casos e orientando as pessoas sobre procedimentos básicos de saúde e higiene. Motivos de ordem política e a má vontade de sindicatos fizeram desandar o projeto e ele foi simplesmente abandonado, depois de desperdiçarem grandes somas de recursos públicos. Por essa razão, o novo modelo trazido agora desperta reservas, não pela qualidade do projeto em si, que parece sensato e adequado, mas pelas dúvidas quanto ao seu prosseguimento nos próximos governos, já que nessa área o tempo de maturação de qualquer modelo é que vai confirmar se ele é ou não bom para a população.
Em longa entrevista concedida aos jornalistas Ana Maria Campos, Cristine Gentil e Otávio Augusto, trazida pelo Correio, o secretário Humberto Fonseca ressaltou que o melhor investimento que se pode fazer na área de saúde é justamente junto às famílias, porque é nelas que se gasta menos e com melhores resultados. Em sua avaliação a pequena cobertura de saúde preventiva dada in loco às famílias está na raiz do problema que aflige a capital. “Temos apenas 30,7% de cobertura de atendimento as famílias e mesmo assim com baixa qualidade e resolutividade”, afirma o médico, para quem a maioria dos problemas pode ser resolvida pela atenção primária.
É importante que o novo titular da pasta, para aumentar as chances de sucesso de seu projeto, faça também uma ponte de entendimento com a área educacional, programando junto aos professores um amplo processo de educação para a saúde, em sintonia como o novo modelo de saúde que se quer implantar. Lembrando aqui que nenhum modelo de saúde que se preze pode passar ao largo das escolas.
O repente que foi travado: Neco versus Chica Barrosa
“Eu agora estou ciente,/que negro não é cristão:/Pois a alma desta gente/saiu debaixo do chão,/e lá na Mansão Celeste,/não entra quem é ladrão!”. Cheia do mais puro humanismo, Barrosa rebateu com humildade: “Mas, seu Neco, a diferença/entre nós só é na cô,/eu também fui batizada,/sou cristão como o senhô!/ de lançar mão no alei,/nunca ninguém me acusô!/de ir o preto para o céu,/seja o branco sabedô;/e, lá na Mansão Celeste,/ se quiser Nosso Senhô:/vai o branco pra cozinha,/e o preto para o andor!” Adiante, Neco Martins destila mais veneno: “De onde veio esta negra/com fama de cantador?/Querendo ser respeitada/como se fosse um senhor/pois negro na minha terra,/só come é chiquerador!” Chica Barrosa emenda: “Mas seu Neco, me permita/dizer o que foi notado:/que num beco sem saída/quando deixo encorrentado:/vem o branco contra mim/façanhudo e tão irado,/tome, agora, um bom conselho,/numa tão boa hora, dado./Não é preciso mostrar-se:/carrancudo e agastado,/branco que canta com preto,/não pode ser respeitado!” A cantoria prossegue esquentando cada vez mais. Incendiada de inspiração, Chica Barrosa dá outra resposta genial ao oponente: “Branco só canta comigo/com talento no gogó/com lelê, com catuaba,/com gancho, forquilha e nó,/e depois de haver mamado/na nêga dum peito só!”
Uma pauta preciosa para documentários enviada pelo amigo Nonato de Freitas.
Francisca Maria da Conceição, a Chica Barrosa, conhecida como a “rainha negra do repente”, foi a maior “cantadeira” (cantadora) do Nordeste de todos os tempos. Natural de Pombal – PB, nasceu em 1867 e morreu assassinada a facadas, na mesma cidade, em 1916. Alta, robusta, simpática, bebia e jogava como qualquer boêmio. Uma mulher revolucionária para seu tempo. Poucos homens a venceram no repente. Travou uma peleja histórica com Neco Martins, rico fazendeiro e excelente repentista. A cantoria se deu em 1910, na Fazenda Siupé, de propriedade de Neco, a duas léguas de São Gonçalo do Amarante (CE), sua terra natal. A cantoria durou a noite inteira. Ninguém sabe ao certo quem foi o vencedor da memorável peleja.
Maioridade penal
Quem quiser participar de um grupo de discussão para o registro das opiniões sobre maioridade penal, os juízes Sérgio Ribeiro, presidente do Fórum Nacional da Justiça Juvenil, e Daniel Konder de Almeida criaram um grupo no aplicativo WhatsApp para centralizar as opiniões que se transformarão em propostas legislativas. Basta enviar a solicitação, com número do telefone e nome para danielkonder@tjrj.jus.br.
De ouvido
Antes de dormir, Ruth Passarinho separa, com a filha Isadora, os brinquedos duros que podem machucar e deixa só alguns bichinhos de pelúcia na cama. Durante a triagem Isadora entrega um dos brinquedos. Toma mamãe. Esse aqui é maduro!
História de Brasília
A primeira versão é a de que o presidente vinha recebendo forte pressão das Forças Armadas, contrariadas que estavam, com a sua política internacional adotada. Dizem, então, que ele foi deposto. (Publicado em 16/9/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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