Ao policial o que lhe é devido

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

        Quem conhece sabe: não é fácil a vida de policial neste país. Principalmente num país que desponta como campeão mundial isolado em violência urbana. Vivemos, à semelhança de outros países que estão em conflito aberto, numa verdadeira guerra civil, com parcelas significativas de nossas metrópoles, ocupadas e dominadas pelas mais diferentes facções do crime organizado, com leis próprias e um estatuto de regras draconianas impostas por esses facínoras, com tribunais do crime, com execuções sumárias e todo um clima de terror, que somente essas comunidades locais submetidas conhecem.

 A lei do silêncio é regra que não pode ser descumprida, sob pena de morte. Aos fins de semana, em suas festas tribais, hordas de traficantes e outros meliantes desfilam pela comunidade portando armamento sofisticado e de grosso calibre, que nem o Exército Brasileiro sonha em possuir. Atirando para o alto, dão proteção às feiras livres das drogas, que são vendidas e consumidas ao ar livre por parte dos jovens nessas comunidades.

Nesses territórios exclusivos, só é possível entrar com autorização expressa desses criminosos. Para aquela parte da comunidade que, em segredo, não aprova esse estilo de vida e que teme por seus filhos, a solução é se trancar em casa, dormindo debaixo da cama, com medo dos tiroteios ou de outros justiçamentos que podem ocorrer por qualquer motivo e a qualquer hora. Nesse ambiente, onde o valor da vida é menor do que o grama de cocaína, a desconfiança de tudo e de todos é total. Não se confia em bandido, mas também não se acredita em governos, prefeitos ou vereadores e quaisquer outras instituições do Estado.

É, em ambientes de terror como esse, que milhares de policiais, em todo o país, são obrigados a adentrar, por ordens superiores, portando armas obsoletas e outros equipamentos de proteção ineficazes, ficando expostos à artilharia pesada dos bandidos.

Uma consulta aos números, sempre crescentes, de policiais que perdem a vida todos os dias neste país em confronto com esses marginais, pode dar uma pequena noção da periculosidade dessa profissão. Para esses profissionais, os riscos de vida são permanentes, dentro e fora da rotina de trabalho. Qualquer um desses profissionais surpreendidos por bandidos são imediatamente executados.

Centenas ou talvez milhares de policiais que morrem a caminho de casa, depois de um dia de trabalho, dão uma mostra dos riscos que essas atividades trazem para eles e suas famílias. Quantas viúvas, órfãos, pais e mães choram por seus filhos, mortos impiedosamente por criminosos. Quantos profissionais, que por sua atividade de alto risco, tendo que conviver diariamente com a violência, não acabam internados em clínicas de doenças mentais, acometidos dos mesmos traumas que os soldados retornados de uma guerra.

Do mesmo modo que a esses profissionais não lhes é concedido o direito de matar, também não lhes é concedido o direito de viver. Vivem, por isso, numa corda bamba e corroída pela indiferença do Estado, expostos em manchetes de jornais de forma parcial.

Ao não darmos o devido valor a esses profissionais, o que estamos induzindo é o fortalecimento do crime e dos criminosos, dentro de uma justiça que, por desvios de conduta, acolhe e até beneficia criminosos com regalias jamais vistas em outros países, como progressão de pena, saídas temporárias, visitas íntimas, conversas particulares com advogados e outros aviões do crime e uma série de outras regalias impensáveis em nações desenvolvidas.

Dentro desse ambiente de guerra contínua, não pode haver meias medidas. Ou se apoia a polícia ou o bandido. Obviamente que as falhas nessa e outras profissões devem ser corrigidas, pois é sempre bom estar atento que o pior tipo de bandido é aquele que está escondido sob a farda de um policial. Para esse tipo específico de criminoso, as penalidades devem ser exemplares e dobradas. É preciso entender que a noite de sono tranquilo, neste país dilacerado pela violência, só tem sido possível porque a polícia está de prontidão nas ruas, zelando por você e sua família.

A frase que foi pronunciada:

“Entenda, nossos policiais colocam suas vidas em risco por nós todos os dias. Eles têm um trabalho difícil a fazer para manter a segurança pública e responsabilizar aqueles que infringem a lei.”

Barack Obama

Foto: washingtonpost.com

Direito assegurado

Apague a luz! Se continuar com os olhos abertos, vai estar perfeitamente situado no ambiente. Com Covid e sem Covid, os hospitais públicos da cidade continuam com pacientes deitados em macas pelos corredores. Não é possível que o volume de impostos cobrados não seja suficiente para dar dignidade às pessoas que usam o serviço do saúde oferecido pelo estado. É hora de acender a luz e cobrar uma realidade diferente.

Foto: EFE/ SEBASTIAO MOREIRA

História de Brasília

Para uma elevação de preços tão violenta, cabia às firmas distribuidoras e ao próprio Conselho Nacional do Petróleo uma nota explicativa, pois o gás engarrafado, que custava, por quilo, 45,1 passou a custar 57,75, sofrendo, assim, um aumento de quase dez cruzeiros por quilo. (Publicada em 01.03.1962)

Circe Cunha

Publicado por
Circe Cunha
Tags: #AriCunha #Brasília #CirceCunha #HistóriadeBrasília #Mamfil #Policiais #PolíciaNoBrasil #SegurançaPública #ViolêncianoBrasil

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