Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com
com Circe Cunha e Mamfil
Agiu de maneira corretíssima a inteligência da Receita Federal, que, em conjunto com a prefeitura do estado de São Paulo, declarou guerra às centenas de pontos de comercialização de mercadorias contrabandeadas e falsificadas espalhados por toda a cidade que há muito tempo vinham negociando, abertamente, todo tipo de produto ilegal.
Sob o falso pretexto de esse tipo de comércio ser difícil de ser extinto e, bem ou mal, acabar gerando muitos empregos diretos e indiretos, os sucessivos governos, na maioria das metrópoles brasileiras, sempre fizeram vista grossa a essa atividade ilegal. Como consequência, a grande maioria das cidades do país foi literalmente invadida pelo comércio de produtos falsificados e contrabandeados.
Difícil encontrar uma cidade em território nacional onde esse tipo de atividade não esteja instalado e lucrando alto. Com o empoderamento desse comércio criminoso, os grandes grupos que comandam essas atividades passaram a investir pesadamente na proteção de seus negócios, subornando e corrompendo autoridades e fiscalização, de modo a blindar as atividades da ação da Justiça. A situação chegou a tal ponto que é comum hoje que muitas grandes empresas estrangeiras se neguem a estabelecer relações comerciais normais com o Brasil, por considerá-lo excessivamente leniente com o contrabando e a falsificação de produtos.
Para essas empresas, o Brasil evoluiu rapidamente a fim de se igualar a países como o Paraguai, onde esse tipo de comércio chega a receber proteção explícita das autoridades. Os malefícios que tais atividades criminosas acabaram por gerar para as finanças dos estados particularmente e para o país como um todo são assustadores. Estudo elaborado pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) mostram que somente no ano de 2016 o contrabando provocou perdas para o Brasil que ultrapassam fácil os R$ 130 bilhões. Isso, numa estimativa conservadora. Se analisassem as patentes brasileiras surrupiadas ou entregues ao exterior, as cifras aumentariam espantosamente.
Um dos muitos fatores que explicam a invasão de produtos piratas e contrabandeados para o Brasil é a obsolescência e abandono de nossas fronteiras terrestres e a pouca e eficaz fiscalização existente em portos e aeroportos. Um fenômeno que chama a atenção é que a penetração insidiosa do comércio ilegal tem provocado o retraimento e mesmo o desaparecimento dos lojistas tradicionais e legais em várias localidades, o que deixa antever o dia em que todo comércio regular do país passará a ser exercido por piratas e contrabandistas.
Em Brasília, a triste realidade representada pelo crescimento do comércio de produtos contrabandeados e falsificados ganhou impulso justamente por ação efetiva dos governos passados. Alguns deles não apenas fecharam os olhos para as práticas, como até mandaram construir gigantescas estruturas, com dinheiro do contribuinte, para instalar e abrigar, com conforto, as atividades ilícitas.
É preciso notar que o contrabando é indutor de diversos outros crimes, além de gerador potencial de prejuízos incalculáveis às finanças públicas. O exemplo de São Paulo tem que ser aplicado também urgentemente na capital dos brasileiros em nome da dignidade, da cidadania e do futuro das novas gerações.
A frase que foi pronunciada
“O discurso é socialista, mas a prática é egoísta.”
Baiano, amigo de longa data
Entrada Franca
» Com o apoio do Correio Braziliense, o Clube da Bossa Nova de Brasília e Sesc apresentam no sábado, 16 de setembro, às 11h30,no Teatro SESC Sílvio Barbato (Setor Comercial Sul), De tudo um pouco. Com a participação de Mylene Sivieri, nas vozes de Alessandro Nascimento e Davi Ramiro. Sempre num alto astral, com muitas vagas à disposição em horário para a toda a família. Vale aplaudir.
Ataque ao tucano
» Deputado peemedebista Fábio Ramalho não foi atendido pelo ministro tucano da Secretaria do Governo, Antonio Imbassahy. Durante uma solenidade, não se conteve. Soltou o verbo contra Imbassahy, deixando o ambiente constrangedor.
Coerente
» Se não houver recurso na CCJ do Senado, um projeto de lei pode alterar a LEP (Lei de Execução Penal) sobre as despesas com o monitoramento eletrônico, que, a partir da aprovação, seria de responsabilidade do condenado. O autor é o senador Paulo Bauer, que defende ainda que o valor seja abatido do trabalho do preso.
Dados
» Segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional, são 18 mil condenados que usam tornozeleiras. O gasto mensal é de R$ 300 por pessoa.
Diminutivos
» Sites cariocas anunciam a prisão do ex-governador Garotinho pela Polícia Federal. Ele foi levado para Campos. Garotinho estava sendo investigado pela Operação Chequinho, sobre compra de votos supostamente liderada por ele.
História de Brasília
O abastecimento do leite, em Brasília, não melhorou coisa nenhuma. As filas às 7 horas da manhã nos supermercados são uma amostra do que está acontecendo há mais de três meses e ninguém procura uma solução para o caso. (Publicada em 5/10/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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