Foto: Diego Indriago/Pexels
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
jornalistacircecunha@gmail.com
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Segundo estimativas do Sindhobar, hoje, há mais de 12 mil bares e restaurantes em todo o Distrito Federal. Entre eles, aproximadamente 8 mil são bares onde são vendidos bebidas alcoólicas e tira-gostos para uma clientela crescente, que inclui desde jovens até idosos, todos apreciadores, moderados ou não, de bebidas destiladas ou fermentadas.
O que, à primeira vista, parece apenas uma recreação para a população esconde um fato nada saudável e, o que é pior, devastador para a saúde pública e para a segurança da cidade. Bebidas alcoólicas não podem, ou jamais deveriam ser, consideradas como recreação. Mesmo sabendo que esse setor do comércio responde por mais de 100 mil empregos diretos e indiretos, não é segredo nenhum que o consumo de álcool é um dos maiores responsáveis pela violência, pela desagregação familiar e por uma série de problemas que só terão solução satisfatória quando a população se conscientizar de que o que parece ser uma espécie de brincadeira, ou passatempo dos indivíduos é, na realidade, ou uma chave de cadeia, ou um prego de caixão, ou uma cama de hospital, ou de um hospício.
Se hoje os brasileiros bebem demais, os brasilienses bebem muito mais e com maior frequência. Talvez isso explique o fato de que os bares e os botecos se multipliquem como moscas em nossa cidade. O Distrito Federal experimenta uma febre de alcoolismo que não distingue os personagens, tenham eles casas para morar, ou estejam em situação de rua. Todos bebem e bebem muito. Paralelo a esses estabelecimentos, não é difícil encontrar, misturados aos consumidores, traficantes de drogas de todo o tipo e para todos os bolsos. Onde quer que existam aglomerações de bares, o sossego dos moradores é perturbado, a segurança, comprometida e toda área em torno se transforma em terra de ninguém.
Os moradores de locais próximos aos bares conhecem essa realidade de perto e não se atrevem mais a reclamar contra os proprietários desses estabelecimentos ou registrar ocorrências em delegacias. Ligar para a polícia, nesses casos, é perder tempo. Depois de encherem a cara, os beberrões saem sem rumo, urinando onde querem, brigando e fazendo arruaças sem temor algum das autoridades. Depredam o que encontram pela frente, pois tudo isso para eles é diversão. Álcool e violência generalizada têm andado de mãos dadas nesses últimos anos, aumentando as ocorrências policiais e as ocupações de leitos em hospitais.
Os estragos trazidos pelo consumo exagerado de álcool têm provocado, como não poderia ser diferente, prejuízos incontáveis à economia da capital. O GDF, que, durante muito tempo, fez cara de paisagem ante o problema, resolveu agora, diante que uma situação que escalou para o patamar de calamidade pública, tomar as primeiras providências no sentido de abrandar um problema que não para de crescer. Portaria baixada pelo governo da capital restringe o horário de funcionamento dos distribuidores de álcool em toda a região. Pelo documento, os estabelecimentos só poderão funcionar das 6h à meia-noite. Trata-se de um primeiro passo no sentido de minorar esse problema, mas ainda não é ideal.
O certo, para muitos moradores que vivem esse drama de perto, seria o fechamento dos bares juntamente com o comércio: às 18 horas. Toda essa preocupação tardia do GDF faz algum sentido quando se verifica que o Distrito Federal ocupa, hoje, o segundo lugar no ranking nacional de consumo excessivo de álcool, perdendo apenas para Salvador, na Bahia. Não apenas os adultos bebem muito, como cada vez mais esse hábito é visto também entre os jovens.
Pelos levantamentos da Secretaria de Saúde, mais de 25% dos adultos bebem regularmente, o que é considerado um índice preocupante. Outros dados mostrados no último levantamento indicam que, dos 135 homicídios ocorridos em janeiro e fevereiro deste ano, quase 25% ocorreram próximos aos estabelecimentos de venda e consumo de álcool.
Para os mais radicais, o simples fato de o consumo de álcool induzir casos de violência diversos, como homicídios, abuso sexual, uso de armas, furto, violência doméstica e tantos outros, seria suficiente para a decretação até mesmo de uma lei seca em todo o Distrito Federal, acabando com o mal pela raiz. É como dizem: “Bebida não traz felicidade, apenas traz mais dinheiro para quem vende”. Talvez o dia em que os proprietários desses estabelecimentos forem obrigados a custear o tratamento médico para seus clientes ou as custas processuais dos crimes cometidos por eles, a situação chegue a um bom termo.
A frase que foi pronunciada:
“A pior e mais devastadora doença da humanidade é o alcoolismo. A bebida, como droga lícita, é incentivada pelo marketing, glamourizada pelos meios de comunicação, pela música, e sinal de status social, em algumas culturas.”
Guto Maia
Roleta-russa
Perfeitamente perceptível que quem resolveu instalar os pardais ao longo da DF-005 não conhece a área em absoluto. Se conhece, a intenção é arrecadar. Não fazem sentido tanta variação de velocidade no percurso e imposições totalmente descabidas.
Ponto cego
Quem aguarda o ônibus na parada da plataforma superior da Rodoviária, sentido Asa Norte, é impedido de visualizar a vinda do transporte. Um totem de comercial, mal localizado, atrapalha a visão dos passageiros, forçando a chegar mais perto da pista para enxergar o próximo veículo.
História de Brasília
Há uma onda de moscas em Taguatinga. Isso é resultado da falta de higiene nos bares e restaurantes. (Publicada em 29/4/1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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