A grande família

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: vaticannews.va

Tomando a família como célula-mater da sociedade, como definido corretamente pela maioria dos sociólogos, é de se presumir que quaisquer alterações comportamentais nesse importante núcleo consanguíneo vão provocar mudanças drásticas também na coletividade. Assim como são as famílias, assim também é a sociedade. Fugir dessa máxima é impossível, já que o corpo social é formado de pessoas que, por sua vez, têm origem no seio familiar. Assim, temos que a sociedade é composta pela união de famílias diversas, com origens diversas, interesses próprios e comuns, todas reunidas de acordo com padrões preestabelecidos, segundo normas de convivência que miram hipoteticamente a paz e a harmonia entre todos. Pelo menos, do ponto de vista teórico é assim.

De acordo com esse conceito, é possível buscar as raízes da desestruturação da sociedade na própria família. É lá que estão as causas primeiras a justificar o sucesso ou o fracasso dos grupos sociais. Por esse modelo, é possível inferir ainda que aqueles que, por algum motivo, geralmente político-ideológico, desejam o aniquilamento da sociedade, a primeira ação a ser posta em prática é o desfazimento das famílias, quer usurpando suas funções primárias, quer tomando a formação de seus membros uma tarefa a ser realizada exclusivamente pelo Estado. E é aí que a coisa toda desanda.

O Estado é uma entidade fictícia, orientando-se de acordo com os interesses específicos de grupos no poder. A família, por sua vez, é algo real e onipresente. Por isso é que tomar a educação do indivíduo com base apenas nos interesses do Estado é algo capaz de conduzir e apressar o colapso de uma sociedade. Os regimes nazistas e comunistas tentaram, ao longo do tempo, adotar o modelo de formação dos indivíduos com base, unicamente, nos interesses do Estado. Deu no que deu.

O discurso do costume, da família e do patriotismo não deve ser combatido, enfrentado, mas acolhido com coragem na sua manutenção, onde a pretensão continue ao poder que emana do povo. O contrário disso é algo sempre presente nas estratégias de controle da sociedade e algo fundamental para aqueles que buscam a hegemonia totalitária do Estado sobre o indivíduo.

No sentido oposto, vemos que aqueles países que investiram na segurança e no bem-estar das famílias, proporcionando amparo real do Estado a esses grupos, são também aqueles que apresentam os melhores e mais duradouros Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Segurança alimentar, boa educação e atendimento de saúde pública de qualidade formam o tripé a sustentar as nações do chamado primeiro mundo.

Se a independência das famílias em relação ao poder do Estado é fundamental para o pleno e natural desenvolvimento desse núcleo, também é importante salientar que, sem o apoio institucional do Estado no amparo às famílias mais carentes, todo e qualquer esforço para a constituição de uma sociedade sadia é vão.

Há aqui uma fronteira muito delicada que jamais deve ser ultrapassada, mas que a falsa modernidade que caracteriza os Estados centralistas insiste em levar adiante. O que ocorre em nações como o Brasil, em que a pobreza e o assistencialismo político andam sempre de mãos dadas, é que o Estado insiste em formatar os indivíduos de acordo com os projetos ideológicos em andamento. Nesse sentido, a educação pública levada a cabo pelo Estado na atualidade tem tido um papel prá lá de questionável ao querer introduzir nas escolas conceitos e formulações pseudoeducativas que contrariam e até se chocam frontalmente com a educação típica e histórica das famílias brasileiras.

Não vale a pena aqui entrar nessas questões em pormenores, o que se constata, no entanto, é que, nos certames internacionais, que avaliam a qualidade da educação de cada país, o Brasil se coloca normalmente nas últimas posições. O fato é que, nessa grande família chamada nação brasileira, há o que preconizam aqueles que estão no poder momentaneamente, e há o que, de fato, realizam as famílias, ao buscar proteger seus membros das investidas inconvenientes e interesseiras do Estado.

A frase que foi pronunciada:
“Nossos filhos devem aprender a estrutura geral de seu governo e, então, devem saber onde entram em contato com o governo, onde isso toca suas vidas diárias e onde sua influência é exercida sobre o governo. Não deve ser algo distante, assunto de outra pessoa, mas eles devem ver como cada engrenagem na roda de uma democracia é importante e carrega sua parcela de responsabilidade pelo bom funcionamento de toda a máquina.”
Eleanor Roosevelt

Portrait of American diplomat and former First Lady Eleanor Roosevelt (1884 – 1962), early to mid 1940s. (Photo by Stock Montage/Getty Images)

Pauta
Publicada no DODF, a regulamentação do processo eleitoral para escolha de conselheiros escolares, diretores e vice diretores das unidades escolares da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal.

Foto: Mary Leal/ SEE-DF

História de Brasília
Não dê cheques sem fundos. Não aceite cheques sem fundos. Amigos não dão cheques sem fundos. Respeite as instituições bancárias. (Publicada em 11/4/1962)

Circe Cunha

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Circe Cunha
Tags: #AriCunha #Brasília #CirceCunha #Família #HistóriadeBrasília #Mamfil #Sociedade

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