VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960 Com Circe Cunha e Mamfil
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Como enunciado pelo título acima, o processo educativo, por suas características próprias e por sua natureza intrínseca nas relações humanas, acaba sendo sempre um ato e uma ação política, quer os governos de plantão queiram ou não. Isso não quer dizer, absolutamente, que a educação seja uma ferramenta de doutrinação política, do ponto de vista das ideologias, como erroneamente vem sendo feito no Brasil nesses últimos anos.
A verdade, e muitos podem até discordar, é que desde março de 1964, com a tomada do poder pelos militares no Brasil, rompendo a normalidade constitucional, sobretudo após o falecimento do primeiro presidente da República daquele período, Castelo Branco, as escolas públicas, especialmente as universidades, foram transformadas em espécie de trincheiras ideológicas contra o que chamavam de ditadura militar. Mesmo o grande expurgo ávido de professores e pesquisadores em muitas instituições de ensino superior acusados, na ocasião, de algo vago como “subversão”, serviu apenas para intensificar e aguçar os protestos contra o regime no poder. Mesmo as invasões, promovidas pela polícia política (DOPS) e outras, em campi universitários, como ocorreu aqui mesmo na Universidade de Brasília, ocupada por quatro vezes pela polícia, resultando na prisão de mais de uma centena entre alunos e professores, serviram apenas para acirrar os ânimos do alunado e de parte dos docentes, criando um ambiente propício para a disseminação das ideias e dos ideólogos da esquerda, nacionais e internacionais.
Com isso, o partido comunista e suas vertentes, mesmo na condição de clandestinidade, passaram a ter suas ideias acolhidas, de bom grado, dentro desses estabelecimentos de ensino. Naquela ocasião é correto afirmar que o pensamento e as doutrinações de esquerda dentro dessas universidades eram correntes e não havia movimentos internos capazes de se contrapor a essas tendências. Estudantes e professores eram, majoritariamente, adeptos do pensamento da esquerda. Até mesmo as bibliotecas passaram a abrigar, de forma absoluta, obras de escritores e pensadores da esquerda.
Não é de todo errado afirmar que as universidades pelo país foram empurradas para essa situação, por conta justamente da repressão. Esse processo de dominação das ideologias de esquerda nas universidades públicas é uma realidade que já perdura há mais de meio século, sendo uma tendência que, de certa forma, encontra-se já enraizada e estabelecida em muitos desses centros de ensino superior. Pretender acabar com essa tendência, da noite para o dia, por meio de decreto ou por orientação da burocracia com assento momentâneo no Ministério da Educação, é uma tarefa impossível a curto e médio prazos.
Na realidade, pouco adiantaria banir o pensamento de esquerda da educação brasileira, colocando seus autores, como Paulo Freire, como responsáveis pela decadência evidente da educação nacional, impondo uma nova metodologia mais aceita ou digerível pela direita. O problema, e muitos educadores sabem disso, não está nem a Leste nem a Oeste, ou seja, o nó na educação do país, não é obra dessa ou outra ideologia, mas tão somente decorrente do abandono relegado ao processo educacional, em todos os seus níveis, ao longo dessas últimas décadas, o que torna a questão muito mais complexa e trabalhosa.
A escola sem partido é, portanto, uma fantasia tola. Da mesma forma, professores que agem como doutrinadores políticos, deixando de lado o papel de educador, colaboram, ao seu modo, para formar e transformar legiões de alunos em correligionários desses partidos e não cidadãos cônscios e críticos do mundo em volta.
Doutrinação não é educação; possuem origem e finalidades distintas. Enquanto a primeira se ocupa tão somente em arregimentar massa para um objetivo determinado por uma cartilha específica, a segunda cuida dos princípios básicos e universais que movem as verdadeiras democracias do nosso mundo.
A frase que foi pronunciada:
“Se você quer saber como é um homem, dê uma boa olhada em como ele trata seus inferiores, não seus iguais.”
– JK Rowling, autora da saga Harry Potter
MP 863/18
Participação de até 100% de capital estrangeiro nas companhias aéreas sediadas no Brasil. Duas correntes se sobressaíram. A do deputado federal gaúcho Marcel Van Hatten, que defende a liberdade econômica das empresas para definir quanto cobrar e que serviço oferecer; e, no lado oposto, o deputado federal Celso Russomanno, que afirma que cobrar pela bagagem é uma configuração clara de “venda casada”. Seguem abaixo o e-mail e o telefone dos dois deputados para você atacar ou acatar a ideia sobre cobrança de bagagem em viagens de avião.
E- mail: dep.marcelvanhattem@camara.leg.br
Telefone: (61) 3215-5271
E-mail: dep.celsorussomanno@camara.leg.br
Telefone: (61) 3215-5960
MP 881/19
Em contraponto, a MP 881 assegura empresas na cobrança de preços, reforçando “garantias livres de mercado” intitulada como MP da Liberdade Econômica. O alcance se dá tanto no direito civil como empresarial. Se for aceito o preço dado, deverá ser acatado inclusive judicialmente. É o fim da intervenção.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O Ministério da Agricultura, sempre o mais pobre do “país essencialmente agrícola”, está dando uma nova demonstração de sua pobreza; é, atualmente, em Brasília, o único órgão federal que não dispõe de ônibus para a condução dos seus funcionários. (Publicado em 21.11.1961)
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