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Atual chefe da OMS, Tedros Adhanom, e o Presidente da China, Xi Jinping, em Pequim.
Imagem: POOL

Foi necessária a instauração de uma crise de saúde profunda e sem paralelo na história da humanidade para que as feridas pútridas, camufladas por décadas nos organismos internacionais, e mesmo em muitos governos, começassem a serem expostas, de forma crua, à luz do sol e ao conhecimento de bilhões de pessoas mundo afora.

Há males que vêm para o bem, já diria o filósofo de Mondubim. No caso específico dessa pandemia, é preciso, no entanto, que a doença dê lugar à cura e o tempo ceda também espaço à sedimentação da verdade. Para correções de rumo, talvez até radicais, faz-se necessário que sejam feitos em alguns organismos internacionais, mormente a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Todo um novo e fundamental capítulo dessa crise deverá ser, num futuro breve, dedicado a essa organização, de forma a clarear tanto os rumos políticos e ideológicos que passaram a ditar as ações dessa entidade nos últimos anos, quanto sua eficácia e seriedade frente a um tempo de grandes mudanças que se anuncia. Por enquanto, o que se tem à mão são fatos incontestes que irão, pouco a pouco, se juntando para formar um quadro real do que é hoje a OMS e outros organismos supranacionais do gênero, para que se esclareça a responsabilidade e a efetividade de cada um desses entes na atualidade.

De um lado, temos países como os Estados Unidos, Austrália e outros exercendo forte pressão internacional para a realização de uma ampla investigação tanto sobre a origem do vírus, quanto em relação a uma possível conexão política entre a direção da OMS e o Partido Comunista Chinês (PCC), que comanda aquele país com mão de ferro. A essas investidas para esclarecer os fatos, desde a sua origem, o governo chinês tem reiterado que repudia o que chama de politização da crise de saúde. Já se sabe que a China demorou para alertar o mundo sobre a periculosidade da Covid-19, mascarando, propositalmente, dados científicos sobre a doença. Também reprimiu, duramente, médicos e pesquisadores locais que tentaram alertar para a gravidade desse vírus, segundo relatos postados nas redes sociais. Na sequência, também isso é fato, expulsou jornalistas internacionais baseados na China, quando esses começaram a investigar o caso. Da mesma forma, aquele governo impediu que cientistas internacionais fossem pesquisar, in loco, o que tinha ocorrido.

Com relação à OMS, fala-se, inclusive, em uma possível conexão entre essa entidade e o governo comunista chinês. O fato de a OMS ter, desde o princípio, chancelado a avaliação da China de que o vírus era inofensivo aos humanos, retardando, com isso, a declaração do estado de pandemia, serviu para agravar o problema. Estudo da Universidade de Southampton, no Reino Unido, avaliou que se o governo chinês houvesse adotado medidas corretas, uma semana antes do aparecimento do covid-19, teria infectado menos de 66% da população mundial até fevereiro deste ano. Caso as medidas fossem adotadas, três semanas antes, o alastramento da doença teria sido reduzido em cerca de 95%.

Internamente, naquele país, já há inclusive uma avaliação, por parte da população, de que o Estado é composto hoje por burocratas desonestos e sem preparo. Há, por enquanto, apenas suspeitas de que o vírus possa ter sido produzido em laboratório para propósitos ainda obscuros. Nada é conclusivo até o momento. Irrefutável até o momento é o estrago econômico com alcance mundial feito até agora, o que promove em alguns países a busca de fundamentação para punir o país asiático por crime contra a humanidade. Foi o que disse o secretário federal do partido político Liga e ex-ministro do Interior italiano, Matteo Salvini. Ele o chamou de “vírus do PCC” (Partido Comunista Chinês) e disse que a China “cometeu um crime contra a humanidade”, durante um discurso no Senado italiano em 26 de março.

Mais recentemente, na quinta-feira dessa semana, especialistas em direito internacional evocam o princípio da ‘responsabilidade de proteger’ do país asiático. De acordo com especialistas em Direito Internacional, como a professora emérita da Universidade Paris Nanterre e membro da Sociedade Francesa pelo Direito Internacional, Sandra Szurek, há base legal para responsabilizar o Estado Chinês por todo o prejuízo humano e material causado a partir de 2019. A Organização Mundial da Saúde também está na mira dos acadêmicos e advogados. Há questionamentos judiciais perfeitamente cabíveis a esse respeito. Pela negligência, imprudência e imperícia nas ações e omissões que retardaram a prática de uma rotina em escala global a tempo de evitar os estragos causados na economia mundial.

Membros da OMS não foram à China ver in loco o que estava ocorrendo. Isso foi um erro crucial, concordam os analistas. Em Washington, já se sabe que o atual chefe da OMS, o etíope Tedros Adhanom, que não é médico e nem cientista, é filiado a um partido marxista radical em seu país que recebe ajuda financeira diretamente da China, o que teria claros reflexos no papel dessa organização frente à crise e que supostamente explica o apoio velado desse organismo àquele governo.

De concreto, já se sabe que os EUA cortaram a ajuda financeira à OMS com o pretexto de má gerência e dissimulação sobre a disseminação do coronavírus. Para o governo americano, essa sequência de erros causou e ainda causará muitas mortes desnecessariamente.  É o que o tempo diz.

A frase que foi pronunciada:

“Não existe absurdo que não encontre o seu porta-voz”

Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling, filósofo alemão

Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling. Imagem: wikipedia.org

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A área proibida para estacionamento no aeroporto cresceu muito. Isto quer dizer que há, agora, mais lugar para o estacionamento dos chapas brancas, porque os guardas não têm autoridades para aplicar a lei em todos os casos. (Publicado em 06/01/1962)

Circe Cunha

Publicado por
Circe Cunha
Tags: #China #COVID-19 #CriseEconômica #CriseMundial #HistóriadeBrasília #OMS #PandemiaDoCoronavírus #PartidoComunistaChinês #SaúdeNoMundo #TedrosAdhanom AriCunha Brasília CirceCunha mamfil

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