ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Quando o assunto é o gasto público com a máquina administrativa do Estado, a primeira constatação que surge é que, de todas as variantes desse tema, a ausência de bom senso tem sido, desde sempre, a questão principal. Para onde quer que o cidadão volte o olhar, o que se divisa é a utilização perdulária dos recursos do contribuinte para a manutenção de uma superestrutura de gestão, nos três Poderes e nos níveis municipal, estadual e federal.
Gastos com verba indenizatória, que só para ficar dentro dos limites do Distrito Federal, sorvem compulsoriamente do contribuinte a fábula de R$ 300 milhões a cada legislatura e que, não rendem, absolutamente nenhum benefício direto ao brasiliense. Que interesse, tão premente, teria o cidadão da capital em custear aluguel e manutenção de carros e escritórios políticos, a compra de combustível, a divulgação da atividade parlamentar, a contratação de consultorias especializadas entre outros gastos mirabolantes, destinando para isso, a cada um dos 24 distritais, o valor mensal de penduricalhos mais R$ 25,3 mil?
O eleitor já sabe que, nesse caso e em outros semelhantes que envolvem recursos extraordinários, a própria Casa não irá se mexer e o melhor é transformar logo a proposta, por uma Câmara Legislativa mais barata, em projeto de iniciativa popular.
Esse tipo de gasto, adotado tanto pelo Congresso Nacional, como pela totalidade das assembleias estaduais, consome, a cada mês, recursos preciosos e necessários que poderiam acudir diversas áreas sociais. Por uma dessas razões irrazoáveis, próprias de nossa cultura administrativa e governamental, grande parte dos órgãos de gestão ostentam orçamentos que vão muito além daqueles destinados à sobrevivência dessas próprias comunidades.
O absurdo que faz com que esses diversos organismos da administração pública se transformem em verdadeiros Estados dentro do Estado, dificulta não só o controle desses gastos, criando castas insustentáveis no funcionalismo, mas, sobretudo desvia, de sua finalidade precípua, o dinheiro do cidadão, retirando-lhe as condições mínimas à uma vida com dignidade.
A paralisação dos juízes federais, prontamente apoiada por entidades como a Ajufe, Anamatra, ANPR, ANPT, entre outras, deixou patente o alto grau de dislexia que parece acompanhar a administração pública, que dificulta essa categoria de compreender e fazer uma leitura mais precisa da realidade atual do país e expõe uma situação que, para a grande maioria dos cidadãos, já ultrapassou às raias do aceitável.
Querer impor, pela força coercitiva de um movimento paredista, que penduricalhos como o famigerado auxílio-moradia, inclusive para a imensa maioria que possui casa própria, é de uma falta de sensibilidade só não maior do que uma falta de civismo e senso do momento em que passa o Brasil. Falar em dignidade remuneratória para uma categoria que recebe o teto dos proventos, só não soa mais fantástico por que estamos num país chamado Brasil.
A frase que foi pronunciada
“Um minuto de silêncio por Marielle.”
Você e eu
Outdoors
No lugar de ser apenas um veículo para frases inúteis, os painéis de avisos pela cidade deveriam servir de alerta sobre crianças perdidas, por exemplo. Outros países utilizam esse recurso contando com a participação maciça da população. Fica a ideia.
História de Brasília
Já começaram a ser entregues as persianas dos apartamentos do IAPC na Asa Sul. Isso porque os da Asa Norte já foram entregues com persianas. (Publicado em 17/10/1961)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam) Hoje, com Circe…
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