O Brasil conquistou dois troféus do prêmio de “Fóssil Colossal” dos últimos 5 anos na categoria “Não protege sua população dos impactos das mudanças climáticas” e “Reduz a participação da sociedade civil”. A irônica homenagem é um reconhecimento simbólico e não oficial que destaca um país por ações prejudiciais ao clima. Segundo os organizadores, o troféu é dado aos países que se esforçaram mais para fazer menos e que deram o seu melhor para praticar o pior pelo meio ambiente.
O anúncio aconteceu nesta sexta-feira (11/12), véspera da Cúpula de Ambição Climática (CAN), que marcará o aniversário de 5 anos do Acordo de Paris, e é um evento preparatório para a COP26, que será realizada na Escócia em 2021.
Esta é a terceira vez em que Bolsonaro leva o Brasil a receber o prêmio da CAN. Em 2018, o país levou o troféu depois de o então presidente eleito ter anunciado que o país não sediaria a próxima conferência climática e por ainda ameaçar tirar o Brasil do Acordo de Paris; em 2019, pela tentativa de legalizar a grilagem. Na cerimônia de hoje, o país foi descrito como uma nação governada por “Jair Capitão Motosserra Bolsonaro” que parece estar tentando “transformar os pulmões do mundo no pior lugar do planeta para ser uma árvore.”
O “Fóssil Colossal” é uma variação do tradicional troféu “Fóssil do Dia” da Rede Internacional de Ação Climática (CAN), que reúne mais de 1,3 mil organizações ambientais de todo o mundo. Ele é dado durante as COPs (cúpulas do clima da Organização das Nações Unidas) como reconhecimento aos países que mais obstruem as negociações. Como 2020 marca os primeiros cinco anos desde que o acordo foi fechado e como a conferência não foi realizada por causa da pandemia, os organizadores optaram por premiar com um “Fóssil dos últimos 5 anos” quem se destacou no período.
Na quinta-feira (10/11), a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que o Brasil não estará entre os participantes da Cúpula da Ambição Climática porque a atualização de seus compromissos com Paris (as NDCs) foi considerada inferior à meta existente. O Acordo exige que a revisão das metas eleve a ambição climática dos países, e pelas regras da cúpula de amanhã, apenas os atores que tenham planos ambiciosos poderiam se apresentar.
Os Estados Unidos também foram premiados duplamente “por não contribuir com o financiamento climático” e por ter sido “o pior país para o clima dos últimos 5 anos”. Na cerimônia, foi destacado que os EUA são o único país a sair do Acordo de Paris, embora seja um dos principais responsáveis pelos níveis de emissão de gases de efeito estufa que estão alterando a dinâmica climática do planeta.
A Austrália, que também não foi convidada para o evento de amanhã, recebeu o prêmio da CAN por não se comprometer com a meta de 1,5ºC de aquecimento máximo da Terra até 2050. A cerimônia de premiação destacou que o país é um dos maiores exportadores de carvão e tem se negado a integrar o esforço internacional para abandonar essa fonte fóssil e altamente poluidora de energia. O Japão também levou um prêmio por manter projetos de carvão, enquanto a Rússia foi premiada por perseguir seus ativistas ambientais.
* Com informações do ClimaInfo
As mudanças climáticas podem extinguir espécies de plantas e animais nos lugares mais biodiversos do…
O vidro pode ser totalmente reaproveitado no ciclo produtivo, porém é necessário melhorar sua coleta…
A Bio Mundo lança uma coleção de potes de vidro retornáveis, que visam reduzir o…
Dados de fevereiro de 2021 da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) mostram que o…
Consulta pública pretende colher subsídios para uma proposta de regulação, a ser apresentada ao Banco…
Criado em 2014, o INMA incorporou o Museu de Biologia Prof. Mello Leitão, um dos…