Presidente Jair Bolsonaro discursa daqui a pouco na Organização das Nações Unidas (ONU) e o tema será meio ambiente. O vídeo já está gravado. Enquanto a proteção da natureza e dos recursos naturais são discutidos na Cúpula das Nações Unidas sobre Biodiversidade, esculturas de gelo dos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump (Estados Unidos) estão derretendo em Nova York. A ação é um protesto contra as políticas antiambientais adotadas por esses governos, que alimentam ativamente o colapso da biodiversidade e a crise do clima.
Bolsonaro tuitou contra a posição do candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre a Amazônia. Em debate ontem, com Donald Trump, Biden disse que as florestas estão sendo destruídas. “Aqui, R$ 20 bilhões de dólares, para parar de desmatar a Amazônia”, afirmou. O vice-presidente Hamilton Mourão, coordenador do Conselho da Amazônia, não achou que isso sinalizou qualquer ameaça, enquanto Bolsonaro disse que foi um ataque à soberania nacional.
Ativistas do Greenpeace Estados Unidos posicionaram as esculturas de gelo em tamanho real na frente do prédio da Organização dos Nações Unidas ONU), onde a reunião seria realizada, com cartazes dizendo: “Líderes da extinção: destruindo um planeta em crise”. “Um milhão de espécies estão em processo de extinção e o derretimento das esculturas simboliza, sobretudo, os efeitos das omissões e ações contraditórias adotadas por esses governos no planeta, verdadeiros vilões do clima e da biodiversidade”, afirmou Cristiane Mazzetti, da campanha de florestas e gestora ambiental do Greenpeace Brasil.
O Brasil, além de abrigar a maior floresta tropical do mundo, está entre os países mais biodiversos do planeta. “No entanto, o governo federal está promovendo ativamente uma agenda antiambiental, alimentando a crise da biodiversidade e ameaçando os direitos dos povos indígenas, que são verdadeiros guardiões de áreas naturais”, completou Mazzetti.
A Cúpula das Nações Unidas sobre Biodiversidade tem como objetivo reunir líderes do mundo inteiro para discutir ações urgentes para a proteção da biodiversidade, que segue sob risco com declínio acelerado de espécies. O último relatório da ONU sobre biodiversidade aponta uma encruzilhada no país e como causa está um desenvolvimento baseados na extração dos recursos naturais, incluindo produção agropecuária insustentável, sobrepesca e queima de combustíveis fósseis.
O relatório diz ainda que o Brasil precisa tomar ações ambiciosas para evitar o colapso da biodiversidade. Dentre os caminhos sugeridos, estão a reforma de sistemas alimentares e o fim da conversão de habitats naturais, o que inclui o fim do desmatamento e das queimadas.
“Com a gestão de Bolsonaro, no entanto, o país não só perdeu protagonismo, como tem atuado na direção oposta, enfraquecendo a capacidade de fiscalização, resultando em um aumento da destruição nesses territórios. A criação de novas áreas protegidas segue estagnada, como Bolsonaro já anunciou que o faria, ainda em campanha”, afirmou a especialista do Greenpeace.
O desmatamento e os incêndios dispararam em todo o Brasil desde que Bolsonaro assumiu o poder. A Amazônia e o Pantanal vivem a crise de queimadas da década. Somente até o dia 29 de setembro deste ano, foram 31.349 focos de calor registrados na Amazônia, um aumento de 60% em relação ao mesmo período em 2019, e no Pantanal mais de 3 milhões de hectares, ou mais de ⅕ do bioma já foi consumido pelo fogo em 2020.
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