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Lesa-pátria: APIB responde à acusação do general Heleno em rede social

Publicado em Povos indígenas

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil promete medidas cabíveis e diz que as acusações são irresponsáveis, pois colocam em risco a segurança pessoal de Sonia Guajajara, líder indígena

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Augusto Heleno, publicou mensagem em rede social acusando a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) de crime de lesa-pátria. A APIB rechaçou a declaração, também via rede social, e promete tomar as medidas cabíveis. “As acusações, além de levianas e mentirosas, são irresponsáveis, pois colocam em risco a segurança pessoal dos citados”, sustentou a APIB.

Em post no Instagram, o general Heleno publicou: “A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil está por trás do site defundbolsonaro.org, cujos objetivos são publicar fake news contra o Brasil; imputar crimes ambientais ao presidente da República;e apoiar campanhas internacionais, em prol de um boicote mundial contra produtos brasileiros. A administração da organização é de brasileiros filiados a partidos de esquerda. A Emergency APIB é presidida pela indígena Sônia Guajajara, militante do PSol e ligada ao ator Leonardo DiCaprio, crítico ferrenho do nosso país. O site da Apib se associa a diversos outros, que tb (sic) trabalham 24 horas por dia, para manchar a nossa imagem no exterior, em um crime de lesa-pátria.”

Em nota pública, também divulgada no Instagram, a APIB respondeu com o título “A omissão lesa a pátria”. “Enquanto o governo federal assiste passivo aos incêndios criminais que tomaram o país, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Heleno, publicou em suas redes sociais uma grave acusação. Disse que a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e uma de suas lideranças, Sonia Guajajara, cometeram crime de lesa-pátria”, está no post.

“A APIB rechaça a declaração. E entende que o maior crime que lesa nossa pátria é a omissão do governo diante da destruição de nossos biomas, das áreas protegidas, das queimadas ilegais, da grilagem, do desmatamento e da invasão de nossas terras e do roubo das nossas riquezas. Às vésperas da Assembléia Geral das Nações Unidas, o mundo todo está testemunhando esse crime — grande demais para ser ocultado. Em vez de atacar indivíduos que trabalham pela proteção do meio ambiente e garantia dos direitos dos povos indígenas, as autoridades deveriam neste momento cumprir seus juramentos constitucionais e apresentar à nação um plano para enfrentar esses incêndios que afligem o país. E assim proteger, inclusive, a economia e a reputação nacional. As acusações, além de levianas e mentirosas, são irresponsáveis, pois colocam em risco a segurança pessoal dos citados. A APIB estudará as medidas cabíveis.”

 

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