Após o aumento da pressão para saída de Ricardo Salles do Ministério do Meio Ambiente (MMA), tanto de investidores estrangeiros e grandes empresas quanto de dentro do próprio governo, o ministro tem dito a aliados que vem sendo “fritado” pela ala militar. Para ele, o grupo quer colocar alguém de sua confiança no cargo. O próprio Salles, ciente da fritura que está sofrendo e do desgaste desde a declaração de que queria aproveitar a pandemia para “passar a boiada”, tem admitido estar cansado do MMA.
Pelo menos, a pressão das grandes empresas e das instituições financeiras mundiais — preocupadas com o afrouxamento da fiscalização contra o desmatamento e as queimadas na Amazônia — surtiu efeito. O governo de Jair Bolsonaro deve decretar nos próximos dias uma “moratória absoluta” das queimadas na região da Amazônia por 120 dias. Essa medida afetará também o Pantanal.
O vice-presidente Hamilton Mourão, coordenador do Conselho da Amazônia, disse que Salles está confeccionando o decreto, que deve ser encaminhado “o mais rápido possível” para avaliação do Palácio do Planalto.
Com a moratória por 120 dias, o governo dobra o tempo de medida semelhante adotada no ano passado. Em 2019, a proibição foi de 60 dias. O aumento no prazo pretende mostrar, aos fundos de investimentos e grandes empresas que estão pressionando por políticas ambientais efetivas, uma maior preocupação do governo na preservação da Amazônia.
Resta saber, se será mais uma política “para inglês ver”. Os números das queimadas e do desmatamento dirão. Enquanto isso, Salles segue no balança mas não cai tradicional do governo Bolsonaro, que segura além da conta ministros e secretários antes de admitir o que todos já sabem: depois da fritura vem a queda.
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