No maior esforço pelo clima apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e liderado por CEOs, as principais multinacionais reafirmam seus próprios compromissos baseados na ciência de alcançar uma economia de carbono zero e pedem aos governos que correspondam à sua ambição.
Um grupo de 155 empresas, que somam US$ 2,4 trilhões em valor de mercado e representam mais de 5 milhões de funcionários, assinaram um comunicado pleiteando junto aos governos ao redor do mundo o alinhamento de esforços pelo clima na recuperação econômica frente à crise instaurada pela covid-19 aos estudos mais atuais em relação às ciências climáticas.
À medida que os debates sobre pacotes de recuperação em todo o mundo aumentam nas próximas semanas, as empresas, que fazem parte da iniciativa Science Based Targets (SBTi), pedem políticas que aumentem a resistência a choques futuros, apoiando o esforço pelo clima, para manter o aumento da temperatura global até 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, em linha com o alcance de emissões líquidas zero antes de 2050.
No Brasil, as empresas que já participam da iniciativa são Movida, Grupo Malwee, AES Tietê, Lojas Renner, Natura, Nelm Advogados e Baluarte. A iniciativa SBTi é uma colaboração entre o Pacto Global da ONU, o World Resources Institute e o WWF.
“É muito importante neste momento não só pensar na retomada, mas em como retomar. Por isso, estamos trabalhando para engajar as empresas globalmente desde o começo das nossas ações. Agora, precisamos combinar as questões econômicas com uma mudança profunda de atitude em prol do futuro do planeta. O cenário já era problemático e não podemos piorá-lo”, afirmou Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global.
As 155 empresas já estabeleceram, ou se comprometeram a estabelecer, metas de redução de emissões baseadas na ciência. Ao assinar a declaração, eles reafirmam que suas próprias decisões e ações permanecem fundamentadas na ciência, enquanto pedem aos governos que “priorizem uma transição mais rápida e justa de uma economia cinza para uma economia verde”.
“Os governos têm um papel fundamental a desempenhar, alinhando políticas e planos de recuperação com a mais recente ciência climática, mas não podem conduzir apenas uma transformação socioeconômica sistêmica. Para lidar com as crises interconectadas que enfrentamos, precisamos trabalhar juntos como uma comunidade internacional para entregar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris”, disse Lila Karbassi, chefe de programas do Pacto Global da ONU e membro do conselho da SBTi.
Paul Simpson, CEO da CDP, um dos parceiros do SBTi, ressaltou: “O surto de coronavírus é uma forte lembrança da fragilidade do nosso sistema econômico atual. Também nos lembra que a ciência deve ser nosso guia coletivo no caminho para uma economia mais resiliente. Definir e trabalhar em direção a metas baseadas na ciência é a melhor maneira de empresas e governos se protegerem contra futuros negócios relacionados ao clima e interrupções econômicas”.
Conheça os signatários do esforço pelo clima
Além dos brasileiros Movida, Grupo Malwee, AES Tietê, Lojas Renner, Natura e Baluarte, os demais signatários abrangem 34 setores e têm sede em 33 países. São eles: Abdi Ibrahim Pharmaceuticals, ACCIONA, Accor, Adobe, Agder Energi, Arabesque, Arc’teryx Equipment, AstraZeneca, Auchan Retail Portugal, Bayer, Beiersdorf, BIAL, Bonava, Burberry, Capgemini, Cargotec, Carlsberg Group, Cellnex, CEWE Stiftung & Co. KGaA, City Developments Limited, CMA CGM, Coca-Cola European Partners, Colgate Palmolive Company, Corbion, Cranswick, Dalberg Advisors, Dalmia Cement (Bharat) Limited, Danfoss Group, Diageo, Diam Group, dormakaba, Dutch-Bangla Pack, EcoVadis, EDF Group, EDP Energias de Portugal, Electrolux, En+ Group, Enel, ERM, Europcar Mobility Group, Ferrocarrils de la Generalitat de Catalunya, Firmenich, Gleeds, Glovo, Grundfos Holding, Grupo Red Eléctrica, H. Lundbeck, H&M Group, Henkel, Hewlett Packard Enterprise, Husqvarna Group, HP Inc., Iberdrola, ICA Gruppen, Inditex, Ingka Holding, Inter IKEA Group, Intuit, JLL, Kearney, Kelani Valley Plantations, Kuehne + Nagel Management, LafargeHolcim, Legrand, Lojas Renner, Maeda Corporation, Magyar Telekom, Mars, Marshalls, Marui Group, Media 6, MP Pension, Nestlé, Nomad Foods, Novartis, Novo Nordisk, NR Instant Produce Public Company, O. T. Sports Manufacture, Orange, Orbia Advance, Orkla, Ørsted, Pearson, PensionDanmark, Pernod Ricard, PVH Corp., Refinitiv, Ronald Lu & Partners, Royal DSM, RSE (Ross-shire Engineering), Safaricom, Saint-Gobain, Salesforce.com inc., Sanofi, Scania, Scapa Inter, Schneider Electric, Schüco International, SIG Combibloc, Signify, Sky, SkyPower Global, Sofidel, Sonae Sierra, Sopra Steria Group, Stora Enso Oyj, SUEZ, Symrise, Syngenta Group, Takasago International Corporation, Talawakelle Tea Estates, Tate & Lyle, Tech Mahindra, Telefonica, The Co-op, The Lux Collective, TMG Automotive, Unilever, Vattenfall, Vaude Sport, Verbund, Vestas Wind Systems, Vodafone Group, Wipro, Yarra Valley Water, YKK Corporation, e Zurich Insurance Group, entre outros.
As mudanças climáticas podem extinguir espécies de plantas e animais nos lugares mais biodiversos do…
O vidro pode ser totalmente reaproveitado no ciclo produtivo, porém é necessário melhorar sua coleta…
A Bio Mundo lança uma coleção de potes de vidro retornáveis, que visam reduzir o…
Dados de fevereiro de 2021 da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) mostram que o…
Consulta pública pretende colher subsídios para uma proposta de regulação, a ser apresentada ao Banco…
Criado em 2014, o INMA incorporou o Museu de Biologia Prof. Mello Leitão, um dos…