O Greenpeace reagiu às medidas apresentadas nesta quarta-feira (20/11) pelo ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, em Brasília, durante encontro com governadores da Amazônia Legal.
“O Ministro fez um anúncio vazio. Não foram apresentadas metas, prazos, custos e nem mecanismos de implementação. Pelo contrário, propostas como a de regularização fundiária poderão premiar a grilagem de terras e incrementar ainda mais a destruição florestal. De acordo com o que foi dito hoje, fica claro que temos um governo incapaz em lidar com a atual crise do aumento do desmatamento, uma situação que ele mesmo criou”, afirma Marcio Astrini, coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace.
O anúncio do ministro ocorreu após os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) demonstrarem um aumento de 30% da destruição na Amazônia. Porém, meses antes, a crise das queimadas e os alertas dos sistemas de monitoramento já anunciavam um aumento expressivo do desmatamento. Onze meses após o início do governo, as medidas apresentadas são claramente insuficientes e contraditórias com o que o próprio governo vem fazendo.
Greenpeace: “discurso para enganar a plateia”
“Enquanto o Ministro do meio ambiente fez um discurso para enganar a platéia, no mundo real o governo trabalha para implementar medidas que poderão incrementar ainda mais o desmatamento, como a liberação do plantio de cana na Amazônia, a medida provisória de premiação da grilagem de terras, a promessa de abertura de terras indígenas para garimpo e mineração, a proibição do Ibama realizar a queima de equipamentos de criminosos ambientais e a tentativa de redução dos limites de unidades de conservação, entre outros”, completa Astrini.
Com informações do Greenpeace
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