Durante cinco dias, São Paulo sediou, no Parque do Ibirapuera, a conferência Catalisando Futuros Urbanos Sustentáveis, que reuniu, na semana passada, prefeitos, gestores municipais e especialistas do Brasil e do mundo. Liderado pelo Banco Mundial, o evento abordou a necessidade, cada vez mais urgente, de transformação dos centros urbanos em cidades sustentáveis, capazes de enfrentar as mudanças climáticas pela qual passa o Planeta.
Conforme o diretor global para práticas urbanas, de gerenciamento de risco de desastres, resiliência e terra do Banco Mundial, Sameh Wahba, as cidades são os locais onde o futuro esta sendo construído. “A rápida urbanização traz oportunidades, mas também desafios sem precedentes, como o aumento dos riscos de desastres causados pelas mudanças climáticas, para cidades e seus residentes, especialmente os pobres e vulneráveis”, afirma.
Em entrevista para o Blog 4 Elementos, o egípcio, que já trabalhou como líder do setor de Desenvolvimento Sustentável para o Brasil, em Brasília, e como especialista urbano focado em habitação, terra, desenvolvimento econômico local e gestão municipal e prestação de serviços na América Latina, destacou que o mundo precisa se preparar para uma urbanização veloz associada a mudanças climáticas que elevam os riscos de desastres.
“Para o Brasil mitigar os problemas atuais, precisa ampliar a vegetação nas cidades, com construções verdes, reduzir a dependência de veículos individuais, aumentando a oferta de transportes coletivos como VLTs e metrôs, e, ao mesmo tempo, encorajar caminhadas e o uso de bicicletas, por exemplo”, enumera.
Já para o país se adaptar às mudanças climáticas, defende Wahba, necessita de uma combinação de infraestrutura com sistemas de alarmes eficientes para ampliar a resiliência a desastres naturais, como enchentes, furacões e secas. “O Brasil é um país muito grande, com mais de 5 mil municípios. Algumas grandes metrópoles, várias cidades médias e muitos pequenos vilarejos. Há uma enorme diversidade no nível de preparação para enfrentar as mudanças climáticas”, ressalta.
Um dos caminhos para universalizar a eficiência das cidades brasileiras diante do risco de desastres, segundo Sameh Wahba, seria transferir tecnologia das que as detêm para as que ainda precisam desenvolvê-la. “É preciso criar uma rede de ajuda compartilhada”, sustenta.
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