Uma mobilização global pelo clima começa em 100 países e no Brasil. Em Brasília, houve abertura simbólica das 8h30 às 10h no gramado em frente ao Congresso Nacional. Chamada Despertar pelo Clima, a ação convocou atos programados para dezenas de cidades brasileiras. Os manifestantes levaram faixas e cartazes, com objetivo de alertar para a emergência climática e ecológica pela qual passa o Planeta Terra.
Segundo os ambientalistas, o mundo vive uma ameaça planetária. Para eles, o ar, a água, o solo, a comida, a beleza e a diversidade da natureza que nutrem a vida e o bem-estar psicológico estão sendo corrompidos e comprometidos pelos sistemas político e econômico focados no consumismo e no materialismo individualista.
O protesto alerta para necessidade de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. “Nossos líderes e governos fracassam em nos representar, pois só se interessam por lucro e crescimento econômico. Muitos políticos se vendem a lobbies de poderosas corporações”, ressaltam as lideranças.
Brasília e dezenas de cidades no Brasil se somam à Greve Global pelo Clima, convocada em vários países para a semana entre 20 e 27 de setembro. “A mobilização é resposta, também, aos ataques — concretos e simbólicos — que o governo federal lançou contra os povos originários e comunidades tradicionais, contra a Amazônia, o cerrado e todos os biomas. Os retrocessos têm chocado a opinião pública internacional”, afirmam os manifestantes.
Veja o que a mobilização reivindica que as autoridades brasileiras:
1. Neutralizem as emissões de carbono até 2030 e criem políticas públicas de promoção do reflorestamento e investimentos em energias renováveis, além de cumprir o compromisso de Estado assumido no Acordo de Paris de reflorestar 12 milhões de hectares até 2025;
2. Mobilizem recursos, em volume a ser definido pela SBPC, para pesquisa e implementação de iniciativas e soluções voltadas para ações climáticas;
3. Ampliem significativamente, no mínimo dobrando ou até triplicando o que já é ministrado, a educação sobre meio ambiente e sustentabilidade nas escolas, universidades e comunidades;
4. Cobrem grandes devedores do governo no setor empresarial – agronegócio, pecuária, bancos, indústrias, comércio, igrejas – para formar um fundo de combate às mudanças climáticas;
5. Instituam um conselho de combate às mudanças climáticas composto de forma paritária pela sociedade civil, comunidade científica, organizações não-governamentais e representantes do governo.