Depois das polêmicas declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre os dados de desmatamento da Amazônia, que resultaram na exoneração do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, os dois países que financiavam o Fundo Amazônia cortaram a verba.
Primeiro foi a Alemanha. E, nesta quinta-feira (15/8), foi a vez da Noruega anunciar a suspensão do apoio financeiro que destinava ao Fundo Amazônia. O governo do país escandinavo comunicou que não irá mais efetuar os pagamentos de 300 milhões de coroas norueguesas, algo próximo a R$ 133 milhões para o programa. Os noruegueses eram o principais doadores do fundo. Até hoje, o país havia feito aportes que totalizam R$ 3,6 bilhões.
No sábado passado (10/8), o ministério alemão do Meio Ambiente informou que a participação da Alemanha no Fundo Amazônia deveria ser revista. Em nota divulgada na terça-feira (13/8), o país reconheceu que já discutia o futuro do Fundo com outros membros. A declaração foi dada após o país cancelar R$ 150 milhões em investimentos em outros projetos que não integram o Fundo Amazônia.
Devido ao forte aumento do desmatamento na Amazônia brasileira, a ministra do Meio Ambiente da Alemanha, Svenja Schulze, decidiu suspender o financiamento de projetos para a proteção da floresta e da biodiversidade. “A política do governo brasileiro na região amazônica deixa dúvidas se ainda se persegue uma redução consequente das taxas de desmatamento”, declarou a ministra a um jornal alemão, apontando que somente quando houver clareza, a cooperação de projetos poderá continuar.
Criado em 2008 para financiar projetos de redução do desmatamento, o Fundo Amazônia já captou R$ 3 bilhões em doações. O objetivo é financiar projetos de estados, municípios e da iniciativa privada para o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal. Este ano, no entanto, o fundo está paralisado em 2019 e nenhum projeto foi aprovado.
Após o presidente Bolsonaro colocar em dúvida a competência do Inpe, um órgão reconhecido mundialmente, para monitorar o desmatamento, o governo anunciou que realiza um teste gratuito no Ibama de um novo sistema privado.
Conforme o Estadão, o Planet, um sistema de mapeamento em alta resolução que pertence a uma companhia dos Estados Unidos, é fornecido localmente pela empresa brasileira Santiago & Cintra, do interior de São Paulo. Essa empresa, que é responsável por processar as imagens e interpretá-las, já realizou diversas reuniões com representantes do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente neste ano.
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