Sarney Filho critica gestão das unidades de conservação do país

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Em seminário promovido pelo Correio, o secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal, José Sarney Filho, afirmou que o governo de Jair Bolsonaro quer acabar com unidades de preservação e cuida mal da Amazônia. Ele ressaltou a necessidade de se cuidar das bacias e preservar matas ciliares para socorrer os rios e garantir segurança hídrica no país.

“Como sou ambientalista, acho que devemos aprofundar um pouco a questão da segurança hídrica. Grande parte da água é garantida por unidades de preservação. Não poderia deixar de aproveitar este seminário, para dizer que essas unidades estão sob ameaça. E isso pode comprometer a segurança hídrica”, afirmou.

“O presidente (Jair Bolsonaro) quer acabar com estações ecológicas e cuida mal da Amazônia”, criticou. Sarney Filho lembrou que a Amazônia interfere no regime de chuvas, além de ser uma “incomensurável fonte curas, pela sua biodiversidade”.

José Sarney Filho, secretário de Meio Ambiente do DF / Foto: Ed Alves

Bacias

O secretário chamou a atenção para a necessidade de se cuidar das bacias para diminuir a escassez de água no futuro. “A água não nasce no reservatório. Tem muita gente que acha que nasce no reservatório e vai direto para as torneiras”, brincou. “Mas não. A água nasce nas nascentes, depois corre para pequenos riachos, daí para rios, depois grandes rios e, só então, se faz um reservatório”, disse.

Portanto, ressaltou, para se falar em segurança hídrica, em plena mudança climática, a primeira preocupação é cuidar da geração da água, “Precisamos proteger as nascentes, cuidar das bacias, preservar matas ciliares. Todas as grandes nações do mundo e cidades começaram à beira de rios, mas agora os rios precisam de socorro”, alertou.

José Sarney Filho media, nesta quinta-feira (13/6), o painel Segurança Hídrica: Perspectivas, que conta com a participação de Francisco José Coelho Teixeira, secretário de Recursos Hídricos do Ceará, Marília Carvalho de Melo, diretora geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam/MG) e Oscar Cordeiro Netto, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA).

simonekafruni

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