A geração distribuída de energia solar fotovoltaica está chegando com força às empresas do Centro-Oeste, uma das regiões mais favorecidas pela insolação no país, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Entre os segmentos pioneiros na adoção da tecnologia está o de saúde — hospitais, laboratórios, clínicas médicas, odontológicas e veterinárias, que usam muita eletricidade em máquinas e equipamentos.
“Inauguramos em maio e ainda temos poucos pacientes, mas estou satisfeito com o investimento, que vai reduzir o nosso custo fixo”, afirma Ricardo Campos Cruvinel Filho, diretor clínico e sócio do Prover Hospital Dia, de Rio Verde (GO). A instituição adquiriu um sistema fotovoltaico de 158 painéis com potência de 42,66 kWp (quilowatts-pico), projetado e executado pela Engie, maior empresa privada de energia e soluções do Brasil. “Já estamos economizando em torno de 20% no valor da conta”, constata o médico.
O Prover atende as especialidades de otorrinolaringologia, dermatologia, mastologia, cirurgia do aparelho digestivo e cirurgia vascular. Seu principal consumo de energia é com as duas autoclaves do centro cirúrgico e com o equipamento de exames a raio laser. O projeto prevê uma economia aproximada de R$ 42,2 mil para o hospital no primeiro ano e retorno do investimento de R$ 214 mil em um prazo estimado de quatro anos.
Em Goiânia, a Engie instalou, no início de 2018, um sistema fotovoltaico com 39,22 kWp de potência para a Clínica de Anestesia, que congrega cem profissionais. Os 148 painéis fotovoltaicos instalados no telhado podem atender toda a demanda da sede administrativa, gerando 58,9 mil kWh/ano e uma economia mensal aproximada de R$ 3 mil. Os R$ 313,9 mil investidos no projeto, que contou também com melhorias de infraestrutura de rede elétrica, têm prazo de retorno estimado entre cinco e seis anos.
“Atuamos em todo o Centro-Oeste, com equipe própria nas principais cidades e representantes qualificados nas demais”, diz o gerente regional para geração solar distribuída da Engie, Charles Bispo. Ele informa que a maioria dos clientes são dos setores agroindustrial, saúde (clínicas hospitais), comércio (padarias, restaurantes e lojas), atacado e supermercadistas, condomínios e residências.
Diferentemente das regiões Sudeste e Sul, as clínicas e hospitais do Centro-Oeste são favorecidas pela arquitetura, pois todas possuem o perfil de construção horizontal e de prédios baixos. “Isso aumenta a área de instalação do sistema fotovoltaico e deixa o projeto muito mais aderente à solução solar”, explica Bispo. “Além disso, quase todos os clientes possuem um grupo tarifário atraente para a solução fotovoltaica e não se vê crise financeira no setor”.
Este ano o Brasil vai dar um salto de 44% na capacidade instalada de geração de energia solar fotovoltaica, atingindo a marca de 3,3 Gigawatts (GW), projeta a Absolar. Boa parte desse crescimento será puxada pela geração distribuída. O segmento deve adicionar 628,5 Megawatts (MW) ao sistema elétrico nacional, um avanço de 125% em relação a 2018.
Com mais de 2,3 mil instalações realizadas no Brasil, a Engie é uma das principais fornecedoras de sistemas fotovoltaicos, trabalhando com parceiros de qualidade reconhecida. Em 2019 a empresa planeja dobrar a participação no mercado de geração distribuída.
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