O combate ao desperdício de alimentos, iniciativas de segurança alimentar e nutricional e a importância da coleta seletiva para a reciclagem de resíduos foram tema de debate nesta sexta-feira (7/6) na sede da Confederação Nacional do Comércio (CNC), em Brasília. Promovido pelo Programa Ecos da CNC, o evento, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, foi mediado pela repórter do Blog 4Elementos, Simone Kafruni.
O coordenador do Ecos, Elienai Câmara, alertou que é tempo de investir em sustentabilidade por meio da transformação do comportamento das pessoas para que a geração futura receba um mundo melhor. “É um grande desafio. Mas é possível reduzir o consumo do papel num mundo digitalizado e, sobretudo, do plástico, que tem um impacto muito grande nos oceanos”, disse.
A nutricionista do Mesa Brasil Sesc Distrito Federal, Karla Feijão, apresentou a iniciativa do programa nacional de segurança alimentar e nutricional do combate à fome e ao desperdício de alimentos. Desde sua implantação em 2003, o Mesa Brasil já doou mais de 12 milhões de quilos de alimentos.
Só em 2018, o Mesa Brasil entregou 1 milhão de quilos. Produtos que perderam valor comercial, mas, ainda próprios para o consumo, complementaram 8 milhões de refeições para mais de 60 mil pessoas. Alimentos que iriam para o lixo se não fossem doados, separados e distribuídos. “Nós buscamos onde sobra e entregamos onde falta. Pegamos em indústrias, panificadoras, supermercados e destinamos para instituições sociais filantrópicas”, explicou.
O analista da Embrapa Gustavo Porpino, coordenador de uma pesquisa sobre desperdício de alimentos, ressaltou que o levantamento, realizado com 1,7 mil famílias brasileiras, revelou que, por ano, 128 quilos de comida vão parar no lixo apenas em refeições realizadas em casa. “A média na Europa é de 50 quilos por pessoa por ano. No Brasil, é de 41,6 quilos por ano, 114 gramas por dia”, disse. Carne, feijão e arroz são os alimentos mais desperdiçados no país.
O presidente da Associação Recicle a Vida, Cleusimar Andrade, alertou para a necessidade de maior conscientização da sociedade na promoção da coleta seletiva de resíduos. “A nossa cooperativa recolhe 4 toneladas por dia, mas somente 23% é aproveitável”, disse. Andrade lembrou que, além do ganho ambiental, a coleta de materiais recicláveis garante renda para os catadores. “O que para vocês é lixo, para nós é dinheiro”, afirmou.
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