PROS, cujo presidente é procurado pela PF, foi único partido, além do PCdoB, a fazer aliança com o PT

Publicado em Economia

O presidenciável do PT, Fernando Haddad, não está tendo trégua. O fogo amigo faz questão de bombardeá-lo. Não bastassem os torpedos disparados por Cid Gomes, que detonou o PT, agora o partido está tendo que explicar sua forte ligação com o PROS, cujo presidente, Eurípedes Junior, está sendo procurado pela Polícia Federal por desvio de R$ 2 milhões na aquisição de gases medicinais em Brasília e no Pará.

 

 

O PROS foi o único partido, além do PCdoB, que aceitou fazer aliança com o PT nesta eleição. Em troca desse apoio, o partido de Haddad repassou R$ 4,5 milhões à legenda comandada por Eurípedes. Sabe-se que parte desse dinheiro, precisamente R$ 694 mil, foi repassada pelo presidente do PROS para a mãe dele, Dona Cida, que concorreu a deputada federal nessas eleições, conseguiu 38.880 votos, mas não se elegeu.

 

A farra do presidente do PROS com dinheiro público é antiga. Em uma prestação de contas à Justiça, em 2015, o partido informou que usou recursos do Fundo Partidário para comprar um avião avaliado em R$ 400 mil à época. Desde então, o partido entrou na mira da Polícia Federal, que passou a acompanhar os passos de Eurípedes.

 

Em março de 2017, o Correio informou que o presidente do PROS comprou, de forma irregular, um helicóptero. Segundo a PF, as investigações, após a publicação da matéria, constataram que a “tal compra havia sido realizada pelo ex-gestor, através de pessoa interposta, e tal aeronave foi enviada para Goiânia/GO, onde ficou sob responsabilidade da direção nacional de um partido político”.

 

A ligação do PT com o PROS não é boa para Haddad e certamente será explorada por Jair Bolsonaro (PSL), pois cola no petista a pecha de estar próximo de corruptos. O PT rebate que não tem controle sobre pessoas de outros partidos. Curiosamente, o PROS foi criado em 2013 pra abrigar Cid e Ciro Gomes. Cid, inclusive, foi indicado pelo partido para ser ministro da Educação de Dilma Rousseff.

 

Brasília, 14h08min