Preço da gasolina cai mais um pouco e anima motoristas

Publicado em Economia

HAMILTON FERRARI

Os consumidores tiveram uma boa notícia nesta quinta-feira, 15. Alguns postos do Distrito Federal reduziram os preços da gasolina. No Setor de Indústrias Gráficas (SIG), o litro do combustível ficou R$ 0,04 mais barato, caindo de R$ 4,229 para R$ 4,189. É pouco, mas, segundo os especialistas, é um avanço.

 

GasolinaSIG

 

“Fiquei surpreso com a redução do preço. Na minha cabeça, a gasolina só ficaria mais cara”, diz Antonio Seixas, 37 anos, motoristas de um aplicativo de transporte individual. Ele conta que percebeu esse movimento de queda de preços em alguns pontos da cidade. “Em Taguatinga, por exemplo, vi postos vendendo gasolina por R$ 4,09. Uma semana antes, o valor nas bombas variara entre R$ 4,159 e R$ 4,199”, afirma.

 

Seixas, no entanto, não acredita em quedas mais substanciais dos preços da gasolina. “Eu e meus colegas (do aplicativo) sempre conversamos sobre combustíveis e não esperamos muito mais cortes nos preços. Se o litro ficar próximo de R$ 4, ainda vale a pena fazer transporte individual. Nosso maior medo é que a gasolina vá para R$ 5. Se isso acontecer, muita gente terá que deixar os aplicativos de transporte”, acrescenta.

 

Para os especialistas, a tendência é de o litro da gasolina não apresentar grandes variações nas próximas semanas, uma vez que não há forte valorização nas cotações do petróleo no mercado internacional e o dólar se mantém abaixo de R$ 3,30. São esses dois fatores que mais pesam na hora de a Petrobras mexer nos preços dos combustíveis, para cima ou para baixo.

 

A expectativa do governo é de que a Petrobras, que registrou prejuízos de R$ 446 milhões em 2017, não faça tantas mudanças nos preços. Mas a estatal reforça que, se precisar, mexerá todos os dias no valor dos combustíveis nas refinarias. Para a empresa, o grande problema hoje é a elevada tributação que incide sobre os derivados do petróleo.

 

De olho em uma candidatura ao Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, aventou a possibilidade de mexer nos impostos incidentes sobre combustíveis, mas acabou recuando devido à repercussão negativa. Ele disse que havia sido mal interpretado.

 

Brasília, 14h51min