Ex-UnB, funcionário do Banco Central será ministro do Planejamento

Publicado em Economia

Depois de muita negociação política e de fortes embates nos bastidores, o presidente Michel Temer bateu o martelo. Esteves Pedro Colnago Junior, 43 anos, substituirá Dyogo Oliveira no Ministério do Planejamento. Ele é funcionário de carreira do Banco Central.

 

Colnago, que foi escolha pessoal de Dyogo e tem o aval do senador Romero Jucá, nasceu em de Manaus. É economista, mestre em Ciências Econômicas pela Universidade de Brasília (UnB), especialista em contabilidade pública. De 1996 a 1998, atuou como analista de finanças e controle na Secretaria do Tesouro Nacional. Entrou no Banco Central em 1998.

 

O futuro ministro do Planejamento foi coordenador da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 2004 e 2005; exerceu a função de coordenador-geral da secretaria entre 2005 e 2011; foi diretor de programa entre 2011 e 2015, sendo nomeado secretário executivo-adjunto em 2016. Está no Planejamento desde maio de 2016.

 

Colnago passou ainda pelo Conselho Fiscal do BNDESpar, braço do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que atua no mercado de capitais. Foi conselheiro da Fundação dos Economiários Federais de 2009 a 2014, presidente do Conselho de Administração da Casa da Moeda de 2011 a 2015, presidente do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional de 2011 a 2012.

 

Também integrou o Conselho de Administração da Agência Brasileira de Garantias e Fundos Garantidores 2014 a 2016, além de lecionar no Instituto de Ensino Superior de Brasília de 2003 a 2014. Atualmente, é membro do Conselho de Administração da Eletrobras e presidente do Conselho de Administração do BNDES.

 

Na avaliação de Temer, Colnago reúne todas as condições de dar continuidade ao trabalho desenvolvimento por Dyogo Oliveira. Sua nomeação, porém, causou muita ciumeira no Ministério da Fazenda. O quase ex-ministro Henrique Meirelles queria dar o comando Planejamento para Mansueto Almeida, secretário de Acompanhamento Fiscal.

 

Foi preciso uma ampla negociação com Temer para que não prevalecesse a posição de Meirelles. O senador Romero Jucá, que havia indicado Dyogo para o Planejamento, atuou firme para manter sua influência sobre a pasta, que cuida do Orçamento da União.