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Enquanto aumento de preço não vem, postos parcelam gasolina no cartão

Publicado em Economia

Os donos de postos estão atentos a qualquer movimento da Petrobras sobre reajuste nos preços da gasolina. Mas, enquanto o aumento não vem, estão parcelando o valor do combustível no cartão de crédito.

 

Segundo gerentes de vários estabelecimentos, o sinal de alerta sobre preços já foi ligado. Mas a prioridade, neste momento, é acelerar as vendas de combustíveis, uma vez que o consumo, por conta das férias, está fraco. Em média, o litro da gasolina está sendo vendido a R$ 4,399.

 

Há postos parcelando a gasolina em duas e em três parcelas no cartão, sem juros. “Foi a forma que encontramos para reduzir os estoques”, diz um gerente de posto. Ele conta que houve uma certa corrida ao estabelecimento no fim de semana, pois muita gente temeu por reajustes de preços. Mas nada de espetacular.

 

A pergunta que mais se faz nos postos hoje é quando a Petrobras repassará para as refinarias a alta das cotações do petróleo no mercado internacional. O valor do barril do óleo está subindo desde sexta-feira (03/01), depois de um bombardeio dos Estados Unidos no Iraque, que matou o general iraniano Qasem Soleimani.

 

Bolsonaro

 

A preocupação com os preços dos combustíveis não se resume a consumidores e empresários.  O presidente Jair Bolsonaro convocou para esta segunda-feira (06/01) uma reunião com integrantes da equipe econômica e com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para saber como a estatal procederá neste momento.

 

Em nota, a Petrobras afirmou que decidirá “oportunamente” sobre os ajustes nos preços de seus produtos. A empresa diz que não se pauta mais sobre a política de ajuste diário nos valores dos combustíveis, como ocorria no governo de Michel Temer.

 

A maior preocupação de Bolsonaro, na questão dos combustíveis, é com os caminhoneiros. Esses profissionais já fizeram chegar ao Palácio do Planalto informações de que não aceitam reajustes nos preços do diesel, mesmo diante da disparada das cotações do petróleo no mercado internacional.

 

Para Bolsonaro, uma eventual paralisação de caminhoneiros neste momento, por causa da alta dos preços de combustíveis, seria muito ruim. Na visão dele, isso deve ser evitado a qualquer custo. Entre os investidores, o maior temor é de que o governo intervenha na Petrobras para segurar os preços da gasolina e do diesel, como ocorreu na administração de Dilma Rousseff.

 

Brasília, 10h34min