HAMILTON FERRARI
O contexto desfavorável para países emergentes fez com que o dólar superasse R$ 3,90 no Brasil. Como alertado pelos economistas, o desfecho favorável nas eleições para um cenário mais reformista a partir de 2019 não foi suficiente para manter a moeda norte-americana em patamares mais baixos.
Às 10h53, o câmbio subia 1,11% atingindo R$ 3,92. O nível é menor do que o registrado no período eleitoral, quando rondou R$ 4,20, mas acende o sinal de alerta.
Se concretizada a valorização do dólar no fim do dia, será o quarto pregão consecutivo de alta na cotação da moeda. O movimento ocorre depois que o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, se demonstrou otimista com a economia norte-americana, o que influencia na definição monetária no país.
Os investidores estão atentos aos movimentos de alta de juros no país, o que resulta na fuga de capitais de países emergentes, incluindo o Brasil. Até então, o Banco Central (BC) não anunciou qualquer intervenção adicional no mercado de câmbio.
O mercado doméstico ainda fica atento a definição dos cortes na produção de petróleo em reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a divulgação dos dados de emprego dos EUA.
Brasília, 11h08min