Carlos da Costa é o provável secretário da Indústria, Comércio e Serviços

Publicado em Economia

HAMILTON FERRARI

O economista Carlos Alexandre da Costa, que compõe a equipe de transição do governo de Jair Bolsonaro (PSL), deve ser o secretário da Indústria, Comércio e Serviços do Ministério da Economia, que será comandado por Paulo Guedes.

Segundo interlocutores da equipe, o martelo está quase batido e a nomeação pode ser confirmada nos próximos dias. O nome foi ventilado após reunião da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs).

 

De acordo com um representante destas entidades, Carlos da Costa, que antes era cotado para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi citado como o mais provável para assumir a secretaria do super-ministério.

 

Na reunião, o economista Paulo Guedes, guru de Bolsonaro, destacou que Carlos terá condições de tocar a agenda de fomentar o empreendedorismo e ampliação da concorrência.

 

Também se tratou sobre a reforma tributária. Guedes quer reduzir a carga tributária de 36% para 25% em 10 anos, segundo a fonte. “A conversa se baseou no contato com o microempreendedor e retirar todo empecilho atual para abrir um negócio”, disse.

 

A reforma tributária está sendo discutida com vários especialistas da área, incluindo o consultor jurídico Everardo Maciel e o economista Bernard Appy. O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), relator da reforma, tem participado das negociações.

 

O parlamentar disse, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que discutirá alterações no seu projeto, que prevê a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que engloba vários tributos — PIS, Pasep, Cofins, IPI, ICMS estadual e ISS municipal, além da contribuição previdenciária.

 

O economista Marcos Cintra, um dos integrantes da equipe de transição, já se posicionou de forma contrária ao IVA. Hauly destacou, porém, que está em discussão com a área técnica do futuro governo. “Acabamos de bater o martelo que vamos reunir as equipes técnicas para consolidar o texto”, disse o deputado. Sobre a possibilidade de um imposto sobre movimentação financeira, o parlamentar ressaltou que não está descartado.

 

Carlos Alexandre da Costa foi diretor de planejamento, crédito e tecnologia do BNDES até abril deste ano. Também presidiu o Instituto de Performance e Liderança e sócio-diretor do Ibmec Educacional, onde fundou e dirigiu a Faculdade em São Paulo.

 

Com a provável definição de Carlos Alexandre da Costa na Secretaria, Paulo Guedes deve definir mais três cargos nos próximos dias: as presidências dos bancos estatais Caixa e Banco do Brasil, além da Secretaria de Privatizações. Entre os cotados estão os economistas Pedro Guimarães, Rubens Novaes e Ivan Monteiro (atual presidente da Petrobras).

 

Brasília, 20h06min