Candidatos sem apelo

Publicado em Economia

Nenhum assunto tem tomado tanto tempo nas discussões entre investidores quanto as eleições presidenciais de outubro próximo. Os donos do dinheiro não escondem o incômodo com o fato de nenhum dos nomes apontados até agora como compromissados com as reformas — o presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o governo de São Paulo, Geraldo Alckmin — despertar a atenção dos eleitores.

 

Rumo ao centro

 

» Apesar do desapontamento, o mercado aposta firme que os brasileiros optarão por um candidato moderado nas urnas. Nas muitas simulações feitas pelos investidores, fica claro a tendência de os eleitores migrarem para o centro-direita quando as campanhas estiverem nas ruas. A convicção é de que uma onda conservadora prevalecerá, mas sem o extremismo verificado nos Estados Unidos que elegeu Donald Trump, cujo discurso nacionalista se assemelha ao do deputado Jair Bolsonaro.

 

Histórico conservador

 

» Para os investidores, o brasileiro é mais conservador do que parece na hora de votar. Mesmo com as pesquisas mostrando hoje um candidato de extrema esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, e outro de extrema direita, Bolsonaro, na liderança das pesquisas de intenção de votos, à medida que o pleito for se aproximando um nome que não represente riscos de ruptura assumirá a dianteira. Esse quadro tenderá a prevalecer, sobretudo, se o ritmo de crescimento econômico acelerar.

 

Brasília, 12h57min