Alta do dólar aumenta o preço da gasolina nos postos do DF

Publicado em Economia

MARÍLIA SENA

Com a cotação do dólar a R$ 3,86 à venda, o preço do litro da gasolina aumentou nas refinarias. De acordo com dados disponibilizados pela Petrobras, o litro custa R$ 1,7285 para as distribuidoras de todo o país. O valor é o maior desde, pelo menos, o início de 2019, quando o produto chegou a custar R$1,48.

A política de preços da Petrobras é baseada na paridade de importação, que é formado pelas cotações internacionais somadas aos custos de importação, como transportes e taxas. Os preços médios oferecidos às distribuidoras não são os preços finais nos postos, por se tratarem de combustível tipo A (sem adicionais de etanol e diesel) e antecedentes às taxas tributárias.

 

O Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da Secretaria da Fazenda do DF, aumentou o preço médio da gasolina que subiu nas bombas de R$ 4,0240 em 01/02 para R$ 4,0850 na data de hoje 08/03, o que demonstra um aumento de R$ 0,0610 centavos.

 

O Sindicato dos Postos de Gasolina do Distrito Federal (Sindicombustíveis) informou ao Blog que, nos últimos trinta dias, as distribuidoras que fornecem gasolina para o Distrito Federal aumentaram R$ 0,20 no litro do produto, mas os motoristas ainda não pagam o acréscimo porque, devido a guerra comercial entre os postos do DF, os donos dos estabelecimentos seguem fazendo promoções.

 

Segundo o Sindicato, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tem recebido denúncias públicas sobre a prática de dumping — uma atividade comercial que consiste em uma ou mais empresas de um país venderem seus produtos, mercadorias ou serviços por preços extraordinariamente abaixo de seu valor justo para outro país – em Brasília. O CADE ainda não se pronunciou.

 

De acordo com o presidente do sindicato, Paulo Tavares, os revendedores da gasolina estão se sacrificando. Ele informou que vários postos foram fechados em Brasília, mais de três mil frentistas foram demitidos nos últimos dois anos devido a situação.

 

Brasília, 14h21min