Pilotos e comissários aprovam início de procedimentos para greve no final de novembro

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Em votação on-line nesta segunda-feira (25), os pilotos e comissários de voo das empresas de aviação regular associados ao Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) decidiram aprovar a instauração de movimento grevista, caso não seja formalizada a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), até o dia 20 de novembro de 2021

 

Foto: Bianch Pilot Shop

A pauta de reivindicações para a renovação da CCT dos aeronautas tem como único pleito a correção das perdas inflacionárias nos salários de dois anos (24 meses), ou seja, reajuste pelo INPC do período de 1º de dezembro de 2019 a 30 de novembro de 2021.

Nas demais cláusulas, o pedido é justamente a renovação na íntegra do texto vigente, garantindo a manutenção de uma regulamentação mínima para o exercício da profissão sem riscos para a segurança. Uma nova reunião com as empresas está marcada para a próxima quinta-feira (28).

Foram registrados 95,53% de votos a favor, 3,22% de votos contrários e 1,25% de abstenções. Participaram da deliberação 6.178 votantes.

Ultratividade

Na reunião do último dia 20, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) negou a possibilidade de ultratividade da atual CCT, ou seja, não garantiu a manutenção das cláusulas atuais da convenção em caso de um novo acordo não ter sido fechado até a data-base da categoria —1º de dezembro.

“Ressaltamos que o eventual fim da vigência do instrumento coletivo acarreta a eliminação imediata de diversos direitos sociais e econômicos da categoria, além do fim de regramentos operacionais essenciais que se encontram previstos exclusivamente neste documento, com impacto negativo, inclusive, para as próprias empresas”, informa o SNA.

Diante dos graves riscos para a segurança de voo com a possibilidade de queda repentina de normas que regem a profissão, a categoria expressou a indignação com a expressiva votação a favor da possibilidade de um movimento grevista.

“Lembramos ainda que a categoria vem de um período em que se viu obrigada a firmar acordos coletivos para suspensão de contratos, licenças não-remuneradas e redução de jornadas e salários”, reforma o sindicato.

 

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Campanha salarial: empresas aéreas não apresentam proposta adequada para os trabalhadores na aviação

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Forte crescimento do setor aéreo mostra que empresas podem pagar reajuste acima da inflação, destacam a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos (FNTTAA)

O debate sobre o reajuste salarial marcou a 2ª Rodada de negociação da Campanha Salarial Unificada dos Aeroviários e Aeronautas com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), na tarde de terça-feira (24), no hotel Nobile Congonhas, na zona sul da capital paulista. A data-base das categorias é 1º de dezembro.

Neste ano, as negociações da campanha estão sendo unificadas entre a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (FENTAC) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos (FNTTAA).

Durante a rodada, a bancada patronal propôs, segundo as federações,  a reposição da  inflação,  cujo acumulado de 12 meses da data-base das categorias (1º de dezembro) está em torno de 2,16%, segundo estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido pelo IBGE.

Para os dirigentes, a proposta é “insuficiente” e justificaram que dados recentes do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam um forte  desempenho neste ano da aviação.

Durante a negociação, a socióloga e  técnica do Dieese no Escritório Regional São Paulo, Camila Ikuta, apresentou ao SNEA estudos que mostram melhoras significativas no setor aéreo em 2017.

“Houve um aumento forte da demanda de passageiros por quilômetro voado e da oferta, ao mesmo tempo em houve demissão de postos de trabalho, o que acarretou aumento da produtividade do trabalho nestas companhias e no setor aéreo como um todo. Por isso, somente a obtenção do INPC não é suficiente” pontuou.

Ainda segundo a técnica, nos últimos seis anos, os aeroviários e aeronautas só tiveram 1% de ganho real acumulado; enquanto o crescimento da demanda nesse período das empresas foi de  30% e da produtividade, mais de 40%. “Como notamos, existe uma dificuldade em equipar todo esse ganho que os trabalhadores deram para o setor”, explica a socióloga.

Só nos primeiros sete meses deste ano  foram extintos 590 postos de trabalho. Em 2016 foram perdidos 4.656 postos, 6,8% de queda em relação a 2015. Os custos com o pessoal representavam 15,3% das receitas das empresas em 2016.

60% das categorias profissionais no 1º semestre obtiveram ganho real

Outro dado apresentado pelo Dieese que reforça que as empresas aéreas têm condições em pagar além do INPC integral e o ganho real nos salários se refere às negociações salariais no primeiro semestre deste ano. Segundo o órgão, das 300 negociações salariais realizadas, 60% conquistaram ganho real nos salários.

“Os dados do Dieese comprovam que as empresas melhoraram muito seu desempenho econômico. Essa melhora justifica que, além da reposição da inflação, as empresas podem avançar e construir uma proposta com ganho real para os trabalhadores, inclusive para compensar a produtividade do setor que o trabalhador da aviação sabe, que nas últimas demissões no setor, a produtividade aumentou muito. Vamos continuar a luta por 5% de reajuste salarial”, frisa o secretário-geral da Fentac e diretor dos Aeroviários de Porto Alegre, Celso Klafke.

Termo de Garantia de Data-base

Durante a negociação, as Federações de Trabalhadores cobraram do SNEA uma decisão sobre o Termo de Garantia de Data-base, entregue na primeira rodada, que propõe o compromisso de as empresas manterem todos os direitos conquistados na data-base até o final da negociação.

A bancada patronal propôs que só assinaria esse Termo se tivesse a validade até 1º de março de 2018 e os sindicalistas não aceitaram.

“Como nós não pretendemos passar do mês de novembro a nossa negociação, seria contraditório aceitar uma garantia apenas até março. As empresas não assinaram o Termo. Vamos deixar essa discussão mais para o final do mês de novembro”, explica Klafke.

O sindicalista disse que se as empresas não assinarem nenhuma garantia de data-base e se não chegarem a um bom termo de negociação, os aeroviários e aeronautas “darão uma resposta forte”. “Até o final de novembro, se as empresas não mudarem essa posição tomaremos providências”, finaliza o dirigente.

Negociação continua no dia 31 de outubro

Na próxima rodada agendada para o dia 31 de outubro, as Federações esperam que o SNEA entre na pauta social e avance na proposta econômica com ganho real.

Também estão agendadas rodadas nos dias 7 e 21 novembro. Todas estão previstas para acontecer às 14h30 em locais a serem combinados entre as entidades.

Campanha salarial dos aeronauta e aeroviários

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Categorias reivindicam INPC na data-base mais 5% de aumento real, manutenção dos direitos nas CCTs e melhorias nas cláusulas sociais

Começa a campanha salarial 2016 dos aeroviários e aeronautas da base da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil, filiada à CUT, (Fentac). Após um mês da entrega das pautas de reivindicações das categorias, o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA) agendou nesta  quinta-feira (20), às 13h30, na sede da entidade patronal, a 1ª rodada de negociação.

Na ocasião, os dirigentes da Federação e dos sindicatos filiados dos aeronautas e dos aeroviários de Campinas, Guarulhos, Porto Alegre, Recife e do Nacional de Aeroviários vão conhecer o novo presidente do SNEA, Ronaldo Bento Trad, executivo com 27 anos de carreira direcionada à Gestão de Pessoas, Relações Sindicais, atuou no setor de energia, no Grupo CPFL.

“Desejamos sorte ao novo negociador do SNEA e esperamos manter uma boa relação. O diálogo é o melhor caminho para dirimir conflitos e avançar em soluções que possam atender aos anseios de ambas as partes”, destaca Sergio Dias,presidente da FENTAC.
Reivindicações 

Os aeroviários e aeronautas  reivindicam a reposição integral da inflação da data-base, 1º de dezembro, e mais 5% de ganho real (produtividade), a garantia do nível de emprego nas bases da Fentac, manutenção dos direitos nas Convenções Coletivas de Trabalho e a ampliação e melhorias nos direitos econômicos e sociais.

Estão em campanha salarial cerca de 70 mil profissionais da aviação comercial e a data-base é 1º de dezembro.A Fentac e os sindicatos filiados já deixaram claro às empresas aéreas que a campanha salarial deste ano tem que encerrar no mês da data-base, em dezembro.
Comissões Paritárias 

A Fentac cobrará do SNEA o posicionamento sobre as reivindicações das categorias profissionais referentes às Comissões Paritárias, propostas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) na campanha salarial de 2015, que busca incluir melhorias em direitos sociais propostos pelos trabalhadores nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCT).

 

Mote da Campanha é “Profissional Fadigado, Seu Voo Ameaçado”

A preocupação com a segurança de voo é o mote da Campanha Salarial 2016/2017 da Fentac/CUT, que traz o slogan “Profissional Fadigado, Seu Voo Ameaçado”  que tem o objetivo de mostrar que as empresas aéreas têm adotado políticas severas de redução de custos, que querem acabar com a profissão de mecânico de aeronave e em alguns casos estão substituindo esses profissionais altamente qualificados por trabalhadores não habilitados para essa função. Esse fato somado  às escalas exaustivas e cansativas dos tripulantes com o aumento da terceirização de atividades essenciais, como agente de rampa e bagagem, geram um enorme perigo para segurança de voo dos passageiros que voam nas aeronaves.

“A precarização e a terceirização comprometem todo o sistema operacional e isso afeta a segurança de voo. Nem nós e muito menos as empresas querem que isso aconteça. Por isso é fundamental que as companhias aéreas remunerem bem esses profissionais e invistam em treinamento, que são imprescindíveis para garantir um voo seguro”, explica Sergio Dias, que também preside o Comitê Regional da Aviação Civil da América do Sul e Caribe da Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF) Américas.

Já foram realizados atos de lançamentos no GRU Airport, em Guarulhos, no dia 21 de setembro, no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre,no dia 3 de outubro e no Aeroporto Internacional Gilberto Freyre, em Pernambuco, no dia 13 de outubro.

Fentac/CUT cobra do SNEA início da negociação da campanha salarial de 2016

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A Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil manifesta preocupação com a demora da bancada patronal do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA), que representa todas as companhias, inclusive a LATAM, GOL, Azul e Avianca, que, até o momento, não agendou nenhum­­­­a rodada de negociação da campanha salarial dos trabalhadores na aviação civil comercial.

Com o objetivo de iniciar o diálogo com antecedência, a Federação e os Sindicatos filiados dos aeroviários de Campinas, Guarulhos, Porto Alegre, Recife, Nacional de Aeroviários e dos Aeronautas entregaram, em 15 de setembro, as pautas de reivindicações e após quase um mês, informou a Fentac, o SNEA permanece em silêncio.

A bancada patronal, tampouco, respondeu às reivindicações das categorias profissionais referentes às Comissões Paritárias, propostas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) na campanha salarial de 2015, que busca incluir melhorias em direitos sociais propostos pelos trabalhadores nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCT).

Estão em Campanha Salarial cerca de 70 mil aeroviários e aeronautas na base da FENTAC e a data-base é 1º de dezembro.

As categorias reivindicam a reposição integral da inflação da data-base, 1º de dezembro, e mais 5% de ganho real (produtividade), a garantia do nível de emprego nas bases da Fentac, bem como a manutenção dos direitos nas Convenções Coletivas de Trabalho e a ampliação e melhorias nos direitos econômicos e sociais.

A Fentac e os sindicatos filiados já deixaram claro às empresas aéreas que a campanha salarial deste ano tem que encerrar no mês da data-base, em dezembro.

Na campanha salarial de 2015, as negociações se alongaram, tiveram mediações do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e só encerraram após grande paralisação nacional dos aeronautas e aeroviários, em todos os aeroportos do país, no dia 3 de fevereiro deste ano.

O encerramento da campanha salarial 2016 no mês da data-base é uma vontade soberana dos trabalhadores na aviação civil, aprovada em assembleias.

Os aeroviários e aeronautas da base da Fentac seguem mobilizados nos aeroportos do Brasil e aguardam com urgência o início das negociações com o SNEA.