O avanço tecnológico no atendimento em saúde no Brasil

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“É fato: a tecnologia afeta diretamente o atendimento e tratamento dos pacientes, a começar pela sala de espera. Softwares de agendamento online e check-in automático, por exemplo, tornam a experiência do paciente mais ágil, além de cooperar para sua independência dentro dos hospitais. O fenômeno da telemedicina também tem muito a acrescentar, já que os profissionais de saúde podem tomar decisões mais assertivas com base nas informações geradas pelos dispositivos”

*Fernando Soares

O Brasil possui serviços de saúde e bem-estar gratuitos disponíveis em todo o território nacional, concomitantemente à disposição do usuário as opções privadas. Além de soluções às suas dores, esses usuários buscam atendimento rápido, tratamentos humanizados por parte dos médicos e procedimentos modernos. Mas o que é encontrado não é, infelizmente, o serviço perfeito.

Pensando na saúde suplementar no Brasil, os motivos que fazem do sistema nacional algo insatisfatório para a maioria da população são vários. Lidera a longa espera para marcar uma consulta, seja em clínicas particulares ou públicas, seguida pelo descaso durante o processo de check-in, conferência e validação do plano de saúde; e a postura médica, já que os processos geralmente não são tão humanizados.

É para trabalhar falhas como estas que o mercado das chamadas health techs (startups da área da saúde) tem ganhado espaço. Atualmente, segundo dados da Associação Brasileira de Startups, há 238 startups no Brasil com foco em produtos para saúde e bem-estar, disponibilizando soluções diversas. É uma tendência que se materializa na abertura crescente das instituições de saúde às ferramentas tecnológicas, como comprovado pela pesquisa CM Search 2018, realizada por nós e colhida com 198 profissionais do campo sobre a administração, prestação de serviços e modernização de entidades médicas ao redor do Brasil. Entre as respostas, uma chama atenção: 68,6% dos entrevistados acreditam que só é possível agregar valor em saúde por meio do fator tecnológico.

É fato: a tecnologia afeta diretamente o atendimento e tratamento dos pacientes, a começar pela sala de espera. Softwares de agendamento online e check-in automático, por exemplo, tornam a experiência do paciente mais ágil, além de cooperar para sua independência dentro dos hospitais. O fenômeno da telemedicina também tem muito a acrescentar, já que os profissionais de saúde podem tomar decisões mais assertivas com base nas informações geradas pelos dispositivos. Dentro dos laboratórios, a tecnologia ajuda a identificar os resultados com maior precisão e automatizar processos que a mão humana demoraria muito para fazer. Segundo a Forbes, para 2019, o esperado é que os avanços mais significativos no campo da medicina venham da inteligência artificial, machine learning e deep learning, enquanto a consultora IDC já adianta: haverá um aumento de 44% nos investimentos nessa área nos próximos 12 meses.

É um caminho benéfico e sem volta. As health techs surgem para identificar o que o sistema de saúde precisa e desenvolvê-lo. Felizmente, a aposta dos investidores no ramo tem sido consequência de um mercado que aceitou bem os softwares e plataformas tecnológicas, já que o cenário brasileiro sempre foi marcado por suas limitações. A entrada de startups de saúde em cena, nesse sentido, tem representado a chance do segmento se atualizar, entregando uma experiência melhor para o paciente.

Ao final, todos agradecem: quem marca uma consulta e a realiza mais rápido, o médico, que identifica melhor os problemas com base na tecnologia, e o gestor de saúde, que desafoga parte dos setores do hospital graças ao tech. Ou seja, uma cadeia positiva, em que a saúde e a boa experiência ficam no foco onde sempre deveriam estar.

* Fernando Soares – CEO da CM Tecnologia, startup de health tech especialista na Jornada do Paciente.

Com ação civil pública, Procon quer impedir cobrança de marcação antecipada de assentos

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O Procon/MA protocolou, nesta semana, na Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, uma ação civil pública para garantir a suspensão da cobrança de marcação antecipada de assento por parte da GOL Linhas Aéreas. Na ação é requerida, também, multa de R$ 12 milhões por danos morais coletivos

No dia 22 de fevereiro, os consumidores brasileiros foram surpreendidos com a notícia de que a empresa aérea passaria a realizar cobrança para marcação de assento fora do prazo de check-in – marcações realizadas com antecedência superior a sete dias da data da viagem –, criando ainda uma nova classificação de tarifas.

A companhia defendeu que a mudança permitiria a oferta de passagens mais baratas, com descontos de até 30%.

Os consumidores que comprarem passagem nas duas tarifas mais baratas da empresa não terão direito a despacho de bagagem gratuito nem a escolha de assento de forma antecipada. Eles poderão, no entanto, contratar os serviços separadamente, pagando taxas adicionais.

Ao implementar a cobrança por marcação antecipada de assento, a companhia aérea deixou de reconhecer a vulnerabilidade do consumidor, permitindo que ele fique ainda mais exposto aos interesses exclusivos dos fornecedores, sem garantia concreta de qualquer benefício ou melhoria na prestação do serviço. A referida cobrança configura, ainda, as práticas abusivas disciplinadas no art. 39, V e X, do Código de Defesa do Consumidor, caracterizando uma vantagem manifestamente excessiva e elevação sem justa causa no preço dos serviços.

“Quando houve o fim da franquia gratuita de bagagem, as companhias aéreas garantiram que as passagens seriam barateadas, o que não ocorreu na prática. Por isso, estamos atuando para garantir a anulação de cobranças abusivas e que os direitos dos consumidores sejam assegurados”, concluiu o presidente do Procon/MA, Duarte Júnior.

Na ação é requerida, também, multa de R$ 12 milhões por danos morais coletivos. O consumidor que se sentir lesado pela referida cobrança deve formalizar sua reclamação nos canais de atendimento do órgão, a exemplo do aplicativo, site ou nas unidades fixas.

Aeroviários e aeronautas lançam campanha salarial nesta segunda (30) nos principais aeroportos do País

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Acontecerão atos e panfletagens para conscientizar os passageiros sobre a importância das empresas valorizarem os trabalhadores da aviação

Com a hastag #JuntosFazemosaDiferença, os sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT (Fentac-CUT) e à Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos (FNTTA), da Força Sindical, lançarão nesta segunda-feira (30) a campanha salarial 2017 dos trabalhadores da aviação civil.

O objetivo do  lançamento é valorizar os trabalhadores e também mobilizá-los para participar da campanha. Estão programados atos e panfletagens nos maiores aeroportos do Brasil (abaixo a relação) que iniciarão a partir das 5h da manhã nos check-ins das empresas aéreas e nas áreas de embarque e desembarque de passageiros.

Neste ano, a campanha é unificada com as duas Federações que buscarão sensibilizar as empresas aéreas sobre a importância de valorizar o trabalho dos aeroviários (atendentes de check-in, limpeza dos aviões, mecânico de manutenção de aeronaves, auxiliar de rampa e bagagem, despachante de voo entre outras funções em solo) e dos aeronautas (tripulantes, que são os comissários de voo e comandantes), que são responsáveis pela segurança das operações e de voo de milhões de passageiros todos os dias.

“Estamos lutando pela manutenção dos direitos conquistados e por avanços nas pautas econômicas e sociais. O país vive um cenário de incertezas trazidas pela Reforma Trabalhista, diante disso, essa negociação precisa ser justa com os trabalhadores”, explica o aeronauta, Sergio Dias, presidente da Fentac.

Dias disse também que no último ano ocorreram diversas demissões no setor, mas em contrapartida houve um aumento da produtividade e a recuperação econômica das empresas aéreas. “Isso é fruto do esforço dos aeroviários e aeronautas e deve ser recompensado pelas empresas nessa Campanha Salarial”, destaca.

Começam negociações com as empresas aéreas

Até agora, foram realizadas duas rodadas de negociações entre as Federações de Trabalhadores e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA). Na última, realizada na terça-feira (24), o debate foi sobre o reajuste salarial.

A bancada patronal propôs repor a  inflação,  cujo acumulado de 12 meses da data-base das categorias (1º de dezembro) está em torno de 2,16%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido pelo IBGE.

Para os dirigentes, a proposta é “insuficiente” e justificaram que dados recentes do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam um bom desempenho da aviação, citando o aumento forte da demanda de passageiros por quilômetro voado e da oferta.

Outro dado que reforça que as empresas aéreas têm condições em pagar o INPC integral e o ganho real nos salários são as negociações salariais ocorridas no primeiro semestre deste ano. Segundo o órgão, das 300 negociações salariais realizadas 60% conquistaram ganhos acima da inflação.

Além disso, nos últimos seis anos, os aeroviários e aeronautas só tiveram 1% de ganho real acumulado; enquanto o crescimento da demanda nesse período das empresas foi de  30% e da produtividade em mais de 40%.

A  próxima rodada com o SNEA acontecerá, no dia 31 de outubro, e as Federações esperam que o SNEA entre na pauta social e avance na proposta econômica com ganho real. Em novembro acontecerão reuniões nos dias 7 e 21 novembro.

Reivindicações 2017

Estão em campanha salarial nas bases da Fentac/CUT e FNTTA cerca de 70 mil aeroviários e aeronautas, que são funcionários das empresas Latam, Gol, Avianca e Azul. As pautas foram entregues às empresas no dia 22 de setembro.

As categorias reivindicam a reposição integral do INPC da data-base (1º de dezembro) e ganho real no salário que totaliza 5%.  Os trabalhadores também apresentaram uma pauta social com a inclusão de cláusulas sociais que vão contribuir para a melhoria nas condições de trabalho, saúde e qualidade de vida dos aeroviários e aeronautas.

Atos e panfletagens acontecerão nos seguintes aeroportos

Quem são os aeroviários: (funcionários nas empresas aéreas que trabalhadores em solo, como check-in, despachante de voo, limpeza de aeronave, mecânico de pista, agente de proteção, entre outros)

Aeroporto Internacional de São Paulo (SP)- GRU Airport

A partir das 6h da manhã

Aeroporto Internacional Gilberto Freyre (PE)

A partir das 6h da manhã

Aeroporto Internacional Salgado Filho (POA)

A partir: 5h da manhã e 11h na TAP-ME

Aeroportos da base do Sindicato Nacional dos Aeroviários

Estão programadas atividades nos aeroportos durante os turnos no Rio de janeiro, Salvador, Fortaleza, Brasília, Belém, Curitiba, Aracaju, João pessoa-PB, Navegantes-SC, Campo Grande, Macéio-AL, Vitória-ES, Maranhão, Joinville/SC, São Luiz/MA, Macapá/Amapá, Foz do iguaçú/PR, Palmas/Tocantis, Florianópolis/SC, Santarém/PA, Imperatriz/MA, Natal/RN entre outras.

FNTTA-Força Sindical

Segundo a Federação, as panfletagens e atos acontecerão entre 6h e 21h nos Aeroportos de São Paulo (Congonhas), Minas Gerais (Confins), Rio Janeiro (Galerão e Santos Dumont), Campinas (Viracopos) e no Aeroporto Internacional de Manaus.