Aprovados no concurso do BRB-2019 farão manifestação por convocações

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Além do protesto, amanhã (07), às 9 horas, a comissão de aprovados do BRB também fará ação solidária de doação de cobertores arrecadados em campanha online. A ação solidária é uma forma de chamar a atenção para o atraso nas convocações do concurso de escriturário, paralisadas desde fevereiro.

Aprovados do último concurso do Banco de Brasília (BRB) fazem manifestação em frente ao Palácio do Buriti e na sede do BRB, nesta terça-feira (07). O protesto começa às 9 horas, no Palácio do Buriti, e será encerrado com a entrega de cobertores arrecadados pela comissão de aprovados ao Instituto BRB, no setor bancário sul.

A meta da comissão de aprovados do BRB era arrecadar recursos para 665 cobertores, por meio de uma vaquinha online. Tal quantidade representa o número de aprovados no último concurso, que aguardam para somar ao quadro de funcionários do banco. A meta foi superada. Até 3 de julho, quando as doações foram encerradas, a comissão arrecadou R$ 12.801,00, o suficiente para adquirir 753 cobertores. O excedente será destinado a outras instituições, a serem definidas pela comissão de aprovados.

Por causa dos cuidados necessários para evitar a transmissão do coronavírus, apenas um pequeno grupo de aprovados participará da manifestação presencial, mantendo a distância de mais de um metro. Com faixa e cartazes de reivindicação, eles representarão os mais de 600 candidatos que aguardam a convocação, informa a comissão.

Concurso
Desde que o resultado final do concurso saiu, o banco realizou apenas duas convocações, totalizando 70 contratados. A primeira foi em janeiro deste ano, quando foram chamados 20 aprovados na lista de pessoas com deficiência. Em fevereiro, mais 50 escriturários foram convocados. Destes, 20 eram do cadastro de reserva da lista das pessoas com deficiência e 30 eram da lista de ampla concorrência.

O edital previa que as primeiras contratações aconteceriam ainda em dezembro de 2019, devido à carência de pessoal. De acordo com o Sindicato dos Bancários de Brasília, parceiro da comissão de aprovados nesta ação solidária, só o déficit de escriturários é de aproximadamente 400 pessoas. Ainda segundo o sindicato, isto acontece porque, nos últimos anos, o BRB desligou mais de 300 funcionários, que aderiram a três programas de demissão voluntária (PDV) no anos de 2016, 2018, 2019. Além disso, o banco continua estimulando a adesão de funcionários ao PDV em vigor, o que pode diminuir ainda mais o quantitativo de empregados, agravar a sobrecarga de trabalho e causar adoecimento da equipe.

Para o integrante da comissão de aprovados, João Gabriel Barbosa, o número de serviços que passou a ser oferecido pelo Banco de Brasília desde o início da atual gestão reforça a necessidade de mais nomeações. Além de convocações imediatas, os aprovados pedem a publicação pelo BRB de um cronograma de contratação como previa o edital.

“São oito anos sem concurso público para escriturário. Nesse período, houve muitas demissões, aumentando a necessidade de contratações. No concurso de 2011, mais de 500 aprovados foram convocados durante os primeiros seis meses, após a homologação do certame. Do nosso concurso, oito meses depois, só foram chamados 70”, destaca João Gabriel.

Para diminuir os impactos da pandemia na economia do DF, o banco foi o principal executor da estratégia do Governo do Distrito Federal com o lançamento da linha de crédito Supera-DF, que até 18 de maio concedeu mais de R$ 2 bilhões em empréstimos. Além disso, o banco também é responsável pelos programas sociais do GDF de renda emergencial e prato cheio que juntos beneficiaram quase 12 mil pessoas, garantindo renda e segurança alimentar.

“Os resultados positivos da instituição também mostram que é possível efetivar a contratação dos aprovados. No primeiro trimestre de 2020, o BRB teve um lucro líquido de R$ 107,6 milhões. Recentemente, o banco fechou uma parceria com o Flamengo, que prevê a abertura de conta digital, comercialização de cartões e seguros para os cerca de 40 milhões de torcedores do time”, reforça a comissão.

Sindicato dos Bancários – Compensação dos dias parados na greve do BRB

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A nova diretoria do Sindicato se reuniu, no Edifício Brasília, na manhã da terça-feira (9), com o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. Durante o encontro, que contou com a participação da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), os representantes dos trabalhadores cobraram respostas para diversas questões

“Nesse primeiro encontro, dentro de uma estratégia do Sindicato de estabelecer um canal de diálogo permanente com a instituição, cobramos respostas para diversas questões, como a defesa do banco enquanto público, PLR e valorização dos talentos dos bancários, entre outras”, explica o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.

Defesa do banco público

Logo no início da conversa, os dirigentes reivindicaram o compromisso com a defesa do BRB como banco público, ressaltando a importância da instituição para o desenvolvimento social e econômico da região. A direção do banco pontuou que seu projeto converge nesse propósito. Os dirigentes cobraram uma agenda efetiva que representasse a estratégia de defesa do banco contra as ameaças privatistas e o avanço do fortalecimento institucional nesse sentido.

Publicação do balanço e PLR

Os dirigentes cobraram uma resposta efetiva sobre quando seria publicado o balanço de 2018, que está sob auditoria forense, e também o balanço do 1º semestre de 2019. A não publicação impede o pagamento da PLR integral do segundo semestre de 2018 e também do primeiro semestre de 2019. O presidente disse que a auditoria forense está em fase final e espera publicar os dois balanços o mais rápido possível, porém não pode ainda precisar datas.

“Estes valores são frutos do trabalho e empenho diário dos trabalhadores. Apesar de não haver previsão de data para publicação, o Sindicato já reivindica que o pagamento da PLR ocorra imediatamente após a divulgação” diz Cristiano Severo, diretor do Sindicato.

Valorização dos bancários

O Sindicato cobrou o reconhecimento da “prata da casa”, dos talentos dos bancários do BRB que, com compromisso e qualidade, desempenham suas funções. Diante disso, cobrou resultado da seleção para diretor ocorrida ainda em fevereiro. Paulo Henrique disse que a empresa contratada não identificou ninguém com o perfil para a diretoria em questão, e que realmente deveria ter tornado isso público à época, para evitar mal entendidos.

“O Sindicato reiterou que é fundamental que a direção do banco reconheça a competência dos seus trabalhadores e os priorize nos processos seletivos, que não devem sofrer descrédito. Os bancários e bancárias do BRB são qualificados e têm forte compromisso profissional. O banco precisa adotar uma política, para além do discurso, que aproveite seu quadro de funcionários. Cada trabalhador é indispensável para o alcance dos objetivos da instituição”, frisou Ronaldo Lustosa, diretor do Sindicato.

Jornada de trabalho

O Sindicato relatou que diversos bancários estão sendo convocados ou acessados fora do horário de expediente, se obrigando a ficarem de prontidão, em um completo desrespeito à pessoa e à sua jornada. Foram relatados ao Sindicato ainda situações em que empregados ficaram até altas horas da noite à disposição, em um claro atentado ao próprio contrato de trabalho – situações que, além do desgaste físico e emocional dos empregados, geram passivos trabalhistas para o banco.

O banco, em resposta ao Sindicato, afirmou que, infelizmente, alguns excessos ocorreram no passado, porém tem sido tomado todo o cuidado para que situações como estas não se repitam. Os representantes dos bancários afirmaram que estão atentos a isso.

Futuro do BRB

A direção do banco informou que fará, em breve, reunião com os gestores para explicitar projetos futuros e celebrar resultados, e convidou o Sindicato para participar. Enquanto representante de todos os bancários, a nova diretoria do Sindicato se colocou à disposição, mas reforçou a importância do diálogo com todo o quadro de funcionários, já que são todos que constroem o banco dia a dia e são fundamentais para o fortalecimento e o crescimento do BRB.

Recolhimento de celulares corporativos

O Sindicato questionou quanto ao mérito e ao modo repentino dessa recolha, alertando para possível quebra de direito e garantias individuais. A direção do banco afirmou se tratar de medida prevista pela auditoria forense e assumiu que seriam atos em conformidade administrativa e legal.

“O Sindicato acompanhará atentamente os desdobramentos, desde já ressaltando a disponibilidade do seu jurídico para consulta individual relativa ao caso e a quaisquer outras dúvidas quanto a eventuais abusos nessas apurações”, diz André Nepomuceno, diretor da Fetec-CUT/CN.

BRB pela diversidade

Na última semana, a Justiça do DF determinou que o BRB concedesse licença-maternidade a bancária companheira de gestante. Para o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, a decisão “é uma oportunidade do BRB marcar posição enquanto empresa cidadã, plural, que dialoga e respeita a diversidade, pacificando o reconhecimento via negociação, em vez de combatê-lo apelando à via judicial”.

Aproveitando a ocasião, o secretário de Combate à Discriminação do Sindicato, Edson Ivo, solicitou que o banco se comprometesse a incentivar os funcionários a serem agentes da diversidade, uma importantíssima conquista que se agrega ao 3º Censo da Diversidade Bancária, realizado pela Fenaban a pedido do movimento sindical, a ser lançado no próximo dia 15.

Oportunidade de treinamento e desenvolvimento aos funcionários em agências

O Sindicato cobrou ainda a liberação dos bancários de agência para participarem dos cursos diurnos oferecidos pelo banco. “Trata-se de medida fundamental ao alcance da estratégia e desafios do banco, bem como uma ferramenta para ascensão dos funcionários”, destaca Ivan Amarante, diretor da Fetec-CUT/CN.

Abono dos dias de greve

O Sindicato também cobrou o abono dos dias da greve geral de 2017 e a de 2019. Sobre a paralisação de 2017, o BRB informou que as horas serão compensadas e será feito estorno do desconto referente aos reflexos do final de semana. Quanto a 2019, as horas também serão compensadas. “Buscamos os mesmos princípios que, durante as campanhas nacionais, são negociados na mesa da Fenaban (Federação dos Bancos)”, destaca Alexandre Assis, diretor do Sindicato.

Participaram da reunião, pelo Sindicato, o presidente, Kleytton Morais, e os diretores Cristiano Severo, Edson Ivo, Ronaldo Lustosa e Alexandre Assis. Pela Federação, participaram os diretores André Nepomuceno e Ivan Amarante. Pelo banco, participou também a diretora Cristiane Bukowitz (Gestão de pessoas e Administração).